9.4.17

Somos cada vez mais...

abril 09, 2017 0 Comments
Greyscale Photo of People Going Up and Down the Stairs
Feelme/Somos cada vez mais...Tema:Relações!


A multidão de corações partidos agiganta-se e somos cada vez mais!

Quando nos juntamos, uma, duas ou três almas perdidas, queixamo-nos, invariavelmente do mesmo. Já não sabemos mais o que dizer e mantemos imensas perguntas no ar, com receio de as fazer e de não gostar das respostas. De cada vez que tentamos lavar-nos por dentro, saímos ainda mais desmoralizados e vazios, porque o que me perturba e acompanha, como uma segunda pele, também parece afligir muitos outros.

Somos cada vez mais, os que escolhem estar sozinhos por não terem com quem permanecer. Somos cada vez mais a fugir de relações que nos poderão consumir até que nada de nós, reste, porque não parecemos ser capazes de entender ou de dominar o que quer que seja. Somos cada vez mais a não conseguir ler nas entrelinhas e a acusar um cansaço que acabará por nos votar à solidão. Somos cada vez mais os desistentes e os fracos, porque apenas a fraqueza nos poderá levar a não querer viver o melhor sentimento que existe. Somos cada vez mais os solitários e num futuro bem próximo, não saberemos como fomos lá parar sem que tivéssemos, de alguma forma, tentado, pelo menos tentado.

Não estar sozinha em tudo isto não me passa qualquer conforto, deixa-me, sim, muito preocupada. Perceber que a cada dia sei menos o que dizer, por não ter forma de comparar ou analisar comportamentos que chegarão a todos, deixa-me com um frio na barriga. O que andamos afinal a fazer? Que responsabilidade acatamos perante esta desistência colectiva. O que queremos afinal, se é que queremos alguma coisa?

Somos cada vez mais os mal-amados e os de coração empedernido e cedo ou tarde saberemos qual a factura a pagar!

Para quem te viras?

abril 09, 2017 0 Comments
Woman With Denim Jacket Walking in the Crowd of People
Feelme/Para quem te viras?Tema:Sentimentos!

Quando acordas vazia e com menos coragem, mesmo que o sol brilhe, para quem é que te viras?

Quando tens certezas e vitórias para celebrar, tudo o que te deixa de sorriso aberto e alma cheia, para quem é que te viras?

Quando caminhas segura e determinada, mas assim mesmo o que pareces precisar não chega, para quem é que te viras?

Quando o teu amor não te ama de volta e não consegue ver-te quando te olha, para quem é que te viras?

Quando precisas de abraços sentidos para não te deixares cair, para quem é que te viras?

Quando o teu corpo te pede, ansioso, por alguém que o toque e o faça explodir de prazer, para quem é que te viras?

Quando adormecer e acordar carrega a mesma rotina solitária e as tuas lágrimas ameaçam cair descontroladas, para quem é que te viras?

Se antecipas que para cada pergunta a resposta será sempre a mesma, "para ninguém", então alguma coisa precisa de ser mudada, não te parece?

E quando esperas demasiado?

abril 09, 2017 0 Comments
Woman In Black Brassiere Lying Down on Bed With Rats
Feelme/E quando esperas demasiado?Tema:Sentimentos!

Se escolheres esperar demasiado, de ti, dos outros e das situações, apenas vais sentir-te desgastar e corroer. Quando esperas demasiado, o que é que te espera? Frustrações. Cansaço, Dor e muita vontade de desistir.

Os outros são os outros, bem como tudo o que carregam, e ao qual desesperadamente se agarram, como se de uma bóia de salvação se tratasse. Os outros não podem influenciar o que construíste, não de forma a que desistas de ti e do que representas. No amor, ao contrário do que se apregoa, não existem cedências, ninguém cede nada em prole do outro. No amor alinhamo-nos e encontramos meios-termos, não paramos, de repente, de viver e respirar para que o faça o outro.

Analisem bem a dificuldade que a cada dia existe mais, para que dois seres se "encaixem" e perceberão porque está, afinal, meio mundo de pantanas. Na escola não nos ensinam nada disto, mas deveriam. Talvez com um pouco menos de Camões e mais sobre o olhar para o outro, de forma atenta e generosa.

E quando esperas demasiado, o que achas que vais, mesmo, receber? Terás que ser tu, primeiro, a fazer acontecer e a escolher os caminhos certos, porque depender de alguém significa sofrer golpes fortes e profundos. O mundo não gira à tua volta e não se compadece da tua velocidade. O tempo que te destinas deve ser usado para te melhorar e não para mudar os outros, porque apenas eles terão esse poder. Não te desgastes em vão. Não esperes pelo que apenas tu poderás prometer, mesmo sabendo que também te falhas. Não desistas de ti, nunca, mas não esperes demasiado dos outros, aceita-os como te chegarem e faz as tuas escolhas. Não te deixes iludir, sonhando em cores irreais, porque no final de cada sonho, mesmo que não o desejes, chegará a realidade!

8.4.17

Sou eu que sou estranha?

abril 08, 2017 0 Comments
Resultado de imagem para mulher deitada na areia
Feelme/Sou eu que sou estranha?Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet


Sou eu que sou estranha? Se a resposta for sim, então gosto e não me importo NADA!

Não sei do que são feitas as pessoas agora e porque consideram que são mais importantes do que todas as outras. Não sei porque acreditam, piamente, que têm razão em tudo e nem chegam a ouvir do que falam os outros. Não sei se planeiam, a médio prazo, ficarem sozinhas e a falarem para o boneco, porque monólogos já têm. Não sei nada e cada vez menos, dos muitos que andam por "aqui" e com os quais, inevitavelmente tenho que conviver.

Sou eu que sou estranha? Que seja, porque não vou mudar uma vírgula ao meu comportamento e não se trata de arrogância, mas a realidade é que eu não piso, não me imponho, não invado e não menosprezo. Se me deixarem quieta e sossegada, passo entre os pingos da chuva e nem dão por mim. Eu respeito o tempo dos outros, sou capaz de me calar para que falem e não entro de rompante nos seus espaços. Não roubo e não minto. Omito para não me maçar demasiado e para não ter os ouvidos cheios de lérias, porque falar, juntar letras, umas às outras para formar palavras, parece ser cada vez mais uma incapacidade para muitos.

Se houver por aí alguém que diga que me impus, que exigi ou que entrei a matar sem apelo nem agrado, pode já por a mãozinha no ar. O que certamente existirão e muitos, são os desagradados com as minhas recusas e falta de paciência, é que nem eu sou de ferro.

Educação e respeito pelos meus pares até tenho, e aos magotes, mas quanto à tolerância, já estou a aprender a contar em japonês...