Feel Me

Feelme/Não importa o que sentes...Tema:Sentimentos!

Não importa o que sentes nem de que forma, o que vai sempre importar e cada vez mais, é o que consegues fazer do que sentes!

Alguns de nós terão sempre como destino falhar. Alguns de nós poderão apenas desejar, mesmo que muito, mas nunca poderão ter. Alguns de nós deambularão por este mundo, à espera que outro chegue e se encaixem. Alguns de nós serão tão diferentes quanto é a diferença que os afasta, inevitavelmente de todos os outros.

Não importa o que sentes, se sentir não chega. Não importa o que sentes e alguém te irá lembrar disso mesmo um dia. Não importa o que sentes, nem que música cantes, porque a letra será diferente e não tocará quem a escutar.

Por vezes, nos dias bons, sentirás que não é assim tão mau. Já noutros, o desgaste a que te obrigas, obrigar-te-á a desistir de seres sempre e apenas tu. Por vezes conseguirás dançar a tua tristeza para bem longe, movendo o teu corpo como mais ninguém parece conseguir. Por vezes, o lado de cá, o da tua vida, perderá o brilho até quando te sentes brilhar por dentro. Por vezes é bem mais fácil seres apenas tu.

Não importa o que sentes, tens apenas que saber segurar-te. Não te exponhas demasiado, protege-te de ti e nunca precisarás de te proteger dos outros. Não importa o que sentes se não houver quem o sinta contigo...

Feelme/Amar é como tu decidires!Tema:Sentimentos!

Amar não tem apenas uma versão. Amar não se explica e é bom que nem se tente. Amar é a máxima representação daquilo que conseguimos ser. Amar é como tu decidires quando te sentires capaz!

Ninguém está fora do nosso alcance, mesmo que distante, física e emocionalmente. Ninguém pode ou deve ser descartado, porque o tal do amor chega quando menos se espera e ocupa o corpo de quem nunca vimos. Ninguém ama apenas porque não tem nada melhor para fazer e acredita, mesmo, tal como faço eu, que os que amam são os excepcionais.

Amar é como tu decidires, na tua forma própria, que ninguém copia ou repete. Amar, de cada vez que ames, vai levar-te mais longe, e mais rápido que qualquer avião supersónico e ainda assim trazer-te de volta. Amar também se tenta, uma e outra vez, até que encontremos quem seja capaz de amar na mesma proporção e durante o mesmo tempo. Amar é como tu decidires durante o tempo que fores capaz...

Feelme/Não saber não desculpa nada!Tema:Sentimentos!

Não podemos, realmente saber tudo, mesmo que estejamos a falar do que é importante ou até vital na nossa vida, mas quando não sabemos, devemo-nos a obrigação de procurar respostas, porque sem elas nada irá para onde desejamos.

Não saber não desculpa nada, muito menos a nossa ambiguidade, a mesma que vem sempre quando decidimos querer alguém. Não sabemos quem é nem de onde vem, e assim mesmo permitimos que entre na nossa vida, na nossa "casa" , colocando todos em perigo, até os que menos tiveram a dizer sobre o assunto. Não saber não desculpa nada. Não desculpa o nosso fracasso, nem a burrice cega, porque apenas cegamos pelo tempo que decidirmos. Não saber não desculpa nada, não desculpa sobretudo a nossa negligência ou facilitismo, de cada vez que decidimos que o que sentimos basta.

Estamos a viver épocas conturbadas e ninguém está a salvo de "predadores". Temos, por vezes mesmo do nosso lado, quem nos usa e larga com a mesma facilidade com que compra bens num hipermercado. Já nada se planeia. Já nada é para durar. Tudo são embalagens e limitamo-nos a encher os sacos, estes sim recicláveis, de tudo o que nunca nos fez falta. Estamos, a cada dia, mais vulneráveis e propensos a sermos magoados, mesmo que nunca o pretendamos fazer aos outros.

"És apenas e enquanto me servires"!

Este é o novo lema e já não há contemplações, porque eu sou mais importante. Eu preciso. Eu quero assim ou assado. Eu, eu e eu...

Já eu, que não sou NADA egoísta, nem egocêntrica, tenho a certeza que um dia me vou cruzar com uns quantos "eus" que agora ainda se movem de forma segura por aí, mas que no futuro sofrerão da mesma fragilidade que impuseram e aí, aí já não vão poder dizer que não sabiam, porque não saber não desculpa nada!

Feelme/Estarmos errados!Tema:Sentimentos!

Já percebi que estarmos errados é bem mais comum do que parece. Talvez tenha sido demasiado mimada pelo teu amor e por cada um dos teus toques que vinham das mãos que sabiam como me percorrer, toda e inteira. Talvez porque estarmos errados nos deixa a navegar entre o remorso e o medo. Estarmos errados passa uma sensação de impotência, porque nada do que fizermos, depois do erro, consegue remediar o que tínhamos.

Tu até sabias o que queria e precisava para me sentir livre e protegida do resto do mundo, contigo. Tu até que sabias como saber de mim, mostrando-me quem era até quando insistia em não ver. Tu até sabias como me fazer sossegar, sempre e de cada vez que desatava a querer mais, muito e depressa.

Estarmos errados deixa-nos mais humildes, mas deixa-nos no chão. Sair de lá. Levantar e seguir é o que teremos que fazer depois, essa inevitabilidade não se pode contornar.

Não sou louca apenas porque o determinei, a minha loucura está colada a ti e ao que representas. Não sou assim tão louca que não entenda que os erros se pagam caros, à custa de menos umas quantas vidas, as que já não terei como viver quando te voltar a encontrar, porque eu sei que serás meu, outra vez.

Julguei que substituir-te seria tão fácil quanto foi amar-te. Julguei que mudar de ideias, das que tornaram tudo mais difícil à minha volta, viriam numa semana ou duas, mas já se passou um ano e o que eras antes ainda manténs depois.

Estarmos errados não ajuda a que aceitemos que o que não vamos ter, nos permitará termo-nos, pelo menos a nós. Não chega. Não preenche. Não ajuda.

Feelme/Ouvir o teu nome dói!Tema:Sentimentos!

A cama que até era pequena tornou-se tão gigante que escolhi não a escolher. Agora rolo e rebolo num sofá que me acolhe, mas não resignado, porque entende que não deveria ser ali, não sozinha e não durante todas as noites.

Agora dói-me ouvir o teu nome, o mesmo que me repetem mesmo que tente não te manter em mim, não durante todos os restantes segundos de todos os outros nos quais teimas permanecer. Dói saber que sabem, os outros, de tudo o que já não me pertence. Dói não te poder tocar nem ouvir e dói numa dor que se recusa a passar.

Eu sei que vais sair de mim, Eu sei que tudo o que me contam e recontam tem um fundo de verdade, mas apenas eu sei o que preciso de fazer para deixar de precisar de ti. Eu sei que não tenho qualquer poder e que até a forma como te amo deixou de ser do formato certo. Mas saber não ajuda. Saber não me serena as noites, sobretudo as noites porque de cada vez que chegam, mais um dia se passou e tu não estiveste em nenhum.

Ouvir o teu nome dói, mas eu repito-o para mim de cada vez que choro. Ouvir o teu nome dói, tanto, que pagava o meu peso em ouro para o esquecer, para me esquecer de tudo o que existiu contigo e antes do agora. Ouvir o teu nome dói porque já não carrega certezas, agora é apenas um soprar silencioso, um escutar que ninguém parece ouvir, não enquanto me falam em ti e eu me magoou por dentro. Ouvir o teu nome ainda dói e não sei como te deixar ir...