Feel Me

Feelme/Tirar-te da minha pele seria arrancá-la!Yema:Sentimentos!

Não quero deixar de te querer assim. Não posso, porque ainda não estou pronta, deixar-te ir seria arrancar-te de mim, à força e com danos irreparáveis. Tirar-te da minha pele seria arrancá-la, expondo todas as feridas que o teu desamor causou. Tirar-te da minha pele seria arrancá-la, sem garantias de que me pudesse regerar e recomeçar.

Não me imagino sem ti para sempre. A dor seria demasiado definitiva e já me assusta o bastante imaginá-la sempre e para sempre. Quero, desesperadamente adiar o que já se instalou, de mansinho, sem aviso prévio, mas rasgando todos os sonhos que anotei no caderno que planeava levar para o nosso futuro. Quero que me possas voltar a querer como antes, quando te senti tão próximo. tão meu e tão pronto. Quero que repitas que me amas de forma a que eu acredite outra vez. Quero manter-me assim, corajosa o bastante para que a coragem nunca me falte e te convença sem ter que te implorar. Quero tudo, mas também queria deixar de querer, seria tão mais fácil.

Tirar-te de mim seria desistir de ti. Tirar-te de mim seria esquecer cada noite de amor e cada dia começado por ti e contigo. Tirar-te de mim seria aceitar que falhei. Tirar-te de mim far-me-ia desistir até do que já construí.

Podes ficar a saber já e a partir deste momento, que continuas tão dentro de mim, que não tenho forma de te tirar, nem da pele, nem do coração!

Feelme/Por vezes sou testada até ao limite!Tema:Me!

Não são raras as vezes em que sinto que sou testada, mesmo, até ao meu limite. Talvez pretendam apanhar-me desprevenida, distraída o bastante para deixar passar o que é importante.

Quem é que sabe no que me transformei?

Não sei responder, e até arrisco dizer que não existe ninguém, uma única alma que saiba quem sou desde que decidi que teria que ser apenas eu, hoje e sempre, ao leme da única coisa que me pertence verdadeiramente, a minha vida. Sou afortunada o bastante para o poder dizer, porque sou livre, não pertenço a ninguém que me escravize a mente ou o corpo.

Não sei qual o propósito, juro que ainda não entendi, por que é que por vezes sou testada até ao limite. Também tenho fragilidades e também sinto vontade de desistir quando as ondas são demasiado altas, mas escolho mergulhar e esperar que rebentem, até porque nado bem, sobretudo quando se trata de me salvar.

Gostava de poder, como todas as outras pessoas, descansar, sossegando-me e desacelerando, mas pelo que já entendi essa opção não existe no meu manual, fui fabricada para "trabalhar" em rotação constante e certamente que apenas pararei quando avariar de vez.

Se o que faz sentido é eu conhecer os meus limites, então vamos lá, sem grandes abusos por favor que eu tenho pavio curto.

Feelme/De onde vieste tu afinal?Tema:Relaçºoes!

Porque é que te aceito, assim, de forma tão natural como se soubesse onde estaremos no futuro? Porque é que nada do que deixes por fazer me sabe a vazio? De que forma é que me enches e preenches, mesmo quando não te tenho?

Prometi que não nos prometeria nada, mas a cada dia que passa sem que nos consigamos esgotar, sei que o que te dou te faz dar-me de volta o que nos servirá aos dois. A tua passada é mais lenta e compassada, mas leva-nos para os mesmos lugares. A tua vontade de mim é visível até quando pareço não a ver, e é dela que me alimento para continuar a alimentar-me de ti. A forma como me sentes já se sossegou, mas apenas porque as certezas chegaram.

De onde vieste tu afinal?

Ainda não sei quem nos ligou e permitiu reencontrar. Já não faço muitas perguntas, mas continuo à espera das respostas. Sinto, sem qualquer receio ou dúvida, que fomos arrancados de pedaços iguais, os mesmos que acabaram por se voltar a juntar Contigo vejo o sol, a lua e até os rios que não banham os nossos lugares. Contigo os sorrisos sabem a sinais e os toques a verdades que alguém guardou até que nos voltássemos a ligar.

De onde vieste tu afinal e porque não antes? Já sentia a tua falta antes mesmo de te ter. Queria recuperar o irrecuperável, mas estou a aprender a saber esperar, porque tu és a parte que não cabe a mais ninguém e eu tenho a que já se te entrou tão dentro, que não me teres será deixares de ser.

Algumas pessoas simplesmente têm que acontecer juntas e isso já sabemos, eu e tu!

Feelme/Quando o cansaço é bom, nunca me canso!Tema:Sentimentos!

Quando é que se cansam de nós?

Se formos amadas, nunca. Ninguém se farta de carinho, cuidados e atenção. Ninguém se solta dos beijos e dos toques que nos embrulham em muito mais. Ninguém diz que não quer mais abraços, daqueles de mais de 3 minutos, porque é assim que nos passamos por completo.

É claro que o amor muda tudo. Basta que estejamos cheios de um sentimento que não se refreia, e nada do que está à nossa volta se iguala. Não existe palavra mais desejada e temida e é por isso que repeti-la nos recorda do quanto somos abençoados e a sua falta nos arrepia e coloca no chão.

Quando o cansaço é bom, nunca me canso. Tu sabes que por vezes me esgotas e sugas até o que pareço não ter, mas mesmo que o meu corpo reclame, o cansaço será sempre bom e estarei pronta para repetir, todos os dias da nossa vida, o que não paras de me pedir. Sabemos sempre quando é que o cansaço é bom, porque dentro de nós fica apenas o que vamos continuar a precisar. Mesmo que o meu coração pareça reclamar, porque o enches e preenches tanto, ele apenas ai carregando o que a minha alma já viveu e continuará a ter enquanto nos reconhecermos. Nesta vida e em muitas outras que também serão nossas, só me poderei cansar de te procurar, mas assim que te encontrar, nada mais me impedirá de sentir TUDO e de TODAS as maneiras.

Quando o cansaço é bom, nunca me canso, certamente que não de ti!

Feelme/Sentir o que nos rodeia, mantém-nos acordados!Tema:Sentimentos!

Quem é que quer passar pela vida sem a sentir?

Iam ficar surpreendidos com a quantidade de exemplos que tenho. Na verdade, muito mais pessoas do que o que seria desejável, apenas andam por aqui, adormecidos e sem quaisquer objectivos que os arranquem do marasmo. Deixam-se arrastar pelas ondas mais pequenas e nem sequer aproveitam as maiores para surfar. Temos que saber usar o que nos chega às mãos, parando de nos parar de cada vez que a vida não nos seja favorável.

Para começar e temos que o fazer por algum lado, devemos sentir o que nos rodeia, mantendo-nos acordados e por acordados entenda-se alertas, atentos, curiosos e observadores. O que importa realmente já existe e já foi inventado e não acarreta quaisquer custos olharmos e vermos o que está à nossa volta, de cada vez que somos afortunados o bastante para acordarmos e conseguirmo-nos mexer. Tomamos sempre tudo por garantido. Protestamos perante as coisas mais pequenas e quase que saímos de órbita quando os problemas são graves. Nunca temos a verdadeira dimensão do que nos rodeia e do que a vida nos pede, porque andamos continuamente desatentos.

Do que é que reclamamos quando não temos do que reclamar?

O não deve ser das palavras mais usadas no planeta. Escolhemos sempre a visão negativa para explicar tudo o que temos ou nos falta. Mas quando temos que, verdadeiramente dizer não, fugimos, supostamente para não nos aborrecermos, ou para fingirmos que somos fortes o suficiente para aguentar até o que nos magoa. Lá está a tal da desatenção, sobretudo connosco, porque quando sabemos o que queremos, sabemos por onde ir e o que recusar a quem o tente impedir.

Sentir o que nos rodeia, mantém-nos acordados?

Sem qualquer dúvida e evita-nos muitos amargos de boca, porque quando conseguimos usufruir só que seja do sol, as noites mais escuras acabarão por se suportar melhor!