10.6.17

Não tenho medo!

junho 10, 2017 0 Comments
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Feelme/Não tenho medo!Tema:Sentimentos!

Não tenho medo. e não é por isso que te mantenho, é porque queria que fosse à minha maneira, mas se não dá, se não pode, se não me aceitas, então é altura de eu seguir sozinha e de continuar a tentar, mantendo tudo o mais real possível. Não tenho medo e um dia deixará de importar que eu tivesse razão, que tivesse escolhido a minha maneira e que estivesse certa. Um dia apenas importará o que consegui viver, o sabor que consegui tirar de cada experiência, a vontade que soube fazer à minha vontade de apenas ir, quando ficar tiver deixado de ser opção. Já não tenho medo, não de estar sozinha, mas ainda preciso de aprender a soltar-me, a mostrar o que tanto me assusta aos outros, a não fugir do que sinto, do que tenho dentro, mesmo que expluda, que rebente e que seja demasiado.

O que sei agora, é que voltar para trás já não é possível, que já estou demasiado na nova pele, na que quer experimentar, na que precisa de fazer, sozinha, o que tem que ser feito. Não tenho medo que tenha terminado, mas que não tenha vivido o que me cabia e que não tivesse saboreado as coisas à minha maneira. Se perdi o medo, então é agora que vou, esperando ter aprendido alguma coisa e esperando que a minha bagagem me baste.

Já não tenho medos, não de ti, porque afinal deixaste de ser real, se é que o foste alguma vez!

Estou eu, mas em metades!

junho 10, 2017 0 Comments
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Feelme/Estou eu, mas em metades!Tema:ASentimentos!

Estou a fazer amor com outra pessoa. Estou eu, mas em metades. Eu, mas sem muito de mim!

O que poderá vir depois de algum prazer?

Vamos começar pelo início. Como é que posso falar de prazer? Como deixar que o meu corpo sinta um outro que me deseja, se é em ti que penso e se é o teu nome que me apetece gritar?

Não tenho talento, nem distanciamento para deixar a minha mente lá atrás e apenas sentir prazer, deixando que me cuidem, sobretudo do desejo que por vezes quase que me rebenta por dentro. Cada pedaço de mim pede e precisa de toque, mas cada metade de todo o corpo que me consome, quer que seja o teu no meu.

Estou eu, em metades, mas estou realmente a fazer amor com outra pessoa, que mesmo sendo meiga e sabendo como e onde me tocar, não és tu, e é por isso vou responder agora à pergunta, depois do prazer virá o vazio e a emoção sem emoções que a classifiquem.

Estou eu em metades agora, porque não me consegui deter, porque cedi aos instintos, mas acabei mais vazia do que antes, acabei nua, mesmo quando a roupa me cobriu. Vi-me como não me imaginara antes e odiei ter-me odiado desta maneira.

9.6.17

Como será que nos imaginamos?

junho 09, 2017 0 Comments
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Feelme/Como será que nos imaginamos?Tema:Sentimentos!

Como será que nos imaginamos, cada um de nós, quando estamos activamente a construir a imagem de quem nos começa a conhecer por dentro? De que truques mentais nos munimos para mantermos acesa a chama da procura e da construção do outro?

Quando iniciamos o percurso, quando permitimos que alguém entre e se "aninhe" em nós, é inevitável que o fantasiemos e que acabe envolto em imagens pouco claras, mas que eventualmente destaparemos para ver realmente. Os começos trazem a motivação, o brilho, as borboletas na barriga, os sonhos que se prolongam, que galgam as noites e acrescentam os dias.

Sabes do que gosto mesmo?

Gosto desta sensação de gostar outra vez, de acordar de mente aberta e de adormecer preenchida e pronta. Gosto de pertencer a alguém e de saber que me pertence, sem quaisquer dúvidas. Gosto de poder gostar de forma descontraída e sem cobranças. Gosto do sabor da tua boca na minha, porque parecem ter sido feitas para se beijarem.

Eu sei de que forma te imaginei, talvez por isso tenhas chegado e provado que o fiz da forma certa!

Um salto de fé!

junho 09, 2017 0 Comments
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Feelme/Um alto de fé!Tema:Sentimentos!

Um salto de fé, será que o consigo dar contigo?

Estou a deixar-me ir, ao teu ritmo e a não pensar muito, mas a pensar-te cada dia mais. As pessoas entram, de mansinho por vezes, de rompante outras, mas entram porque precisamos, porque queremos e porque nos fazem bem, de contrário não as reconhecíamos. Já sei que funciona assim, que atrás de ti virá sempre alguém novo, diferente, grande, grande para o que preciso e trazendo-me de volta à vida .

Será que vamos os dois? Eu sei que também tens medo, que eu mexo com os teus dias já. Sei que te abano as estruturas, mas que te encho e preencho, que sou o que pediste mesmo sem o saberes.

Vamos ver qual será a altura do salto, não da queda, porque dessa trataremos mais tarde!

Os meus Nãos!

junho 09, 2017 0 Comments
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Feelme/Os meus Nãos!Tema:Sentimentos!

Não tenho como voltar a não ser eu. Não consigo mudar nada do que vejo e quero agora. Não sei quem é aquela que deixei lá atrás, mas que ainda me faz falta, porque ainda tem coisas para me repor. Não sei quem me guia e porque decido de forma tão decidida. Não sei porque já não tenho medos e como consegui deixar de me refrear. Não consigo ser uma mulher amarga. Não sei como odiar mesmo quando odeio, porque é tudo demasiado resolvido. Não me deixo atrapalhar, encontro os nomes certos e continuo no meu percurso sabendo que caminho sempre mais um pouco.

Quando me olho, deixo de ter a escuridão por companhia e arrisco mais passos, sentindo logo no início que me vou dar bem. Acho que encontrei a fórmula certa, a que me cura de qualquer mal de alma e mesmo que me contorça, e que por vezes me sinta rasgar por dentro, rapidamente fecho as feridas, uma a uma e descubro, ou pelo menos aceito, que o que me chegou tinha uma razão de ser.

Sabem o que não vou fazer?

Não vou aceitar porque sim. Não vou receber respostas que não respondam às minhas dúvidas. Não vou entregar o meu destino a quem não me consegue conhecer, não poderia e não saberia como o fazer.

Não são todos os meus "nãos" que mudam o que sou por dentro, é tão-somente a certeza de que apenas aprendi a dizer que não quero ao que não me serve!

Não tenho dúvidas!

junho 09, 2017 0 Comments
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Feelme/Não tenho dúvidas!Tema:Sentimentos!

Não tenho dúvidas, já não. Já sei que os meus gloriosos vinte e os maduros 30, se foram para nunca mais voltar, e que agora por muito que tenha vitalidade, experiência, talento e garra, já não terei muito mais anos em que poderei caminhar solta e determinada. Não tenho dúvidas de que já não terei o corpo que carrego ainda hoje, nem a capacidade de me envolver fisicamente com todas as emoções que ele me sabe proporcionar!

O que é que eu já sei?

Sei que o tempo se está a esvair, rapidamente, como a areia fina que se recusa a ficar nas mãos. Sei que preciso de "te" conseguir conhecer, tendo-te intensamente, redobrando o que me faltará, porque já não poderei viver "contigo", de forma bem completa, e com o vigor que ainda carrego, mais um quarto de século. Sei que se não me apressar, não verei todos os nascer e por de sol que a nossa relação precisará para nos unirmos, um ao outro sem dúvidas. Sei que a minha experiência me diz que devemos ceder, amando bem mais do que sabíamos, para que o outro pare de ter medo e nos aceite. Já sei tantas coisas, mas a mais importante é que o meu tempo escasseia, e tenho que o gastar com quem tenha vontade de estar nos meus planos. Já sei que se não estás pronto ainda, jamais estarás. Já sei o que preciso e já não me falta mais nada, apenas tempo.

Não tenho dúvidas de que preciso de me amar muito, envolvendo-me no respeito imenso que tenho pelo meu percurso, assim como não tenho dúvidas da forma como te amo, isso é tão claro quanto passou a ser que nunca ficaremos juntos.

8.6.17

29 dias!

junho 08, 2017 0 Comments
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Feelme/29 dias!Tema:Sentimentos!


29 dias foi o tempo que Ana demorou a fazer o luto. Foram os dias em que o seu corpo, pela primeira vez, desde que se conhece por gente, se lhe negou, não quis funcionar e se recusou a obedecer-lhe, remetendo-a para segundo plano.

A Ana, tal como muitas outras que cruzam o meu caminho, são verdadeiras sobreviventes. Sempre conseguiu focar-se no que era importante, para o que a fez a mulher que demorou a construir. Nunca baixou os braços a nada. Já chorou, tal como outras 100 Anas, em total desespero, com um medo atroz de nunca mais conseguir tocar alguém. A Ana sabe agora, depois de 29 dias de chão, frio e isolado, que no final, tudo o que antes magoava, se vai tão rápido quanto chegou. Agora sabe que tudo tem uma razão de ser, e que o que fabricou, era apenas isso, uma invenção de um cérebro povoado do que falta aos outros. A Ana entendeu que para a manterem, terão que ser bem mais fortes e determinados do que ela já é capaz, porque de contrário terá que desligar o botão. 

Sempre soube o que esperava de um companheiro, e assim sendo, também sabe que não voltará a tentar contornar as esquinas vivas. A Ana esteve numa espécie de retiro espiritual, apenas não foi voluntário. Comeu pouco, orou bastante e deixou para trás quem amou, no tempo que lhe foi oferecido e da única forma que sabia.

Hoje, 29 dias depois, levantou-se como já aprendera a fazer, e quem a comandou foi o cérebro. Ele ordenou ao corpo e ao coração que parassem com as lamechices, e tomou o volante de volta. Chegou-lhe, foi uma lição de vida, e sabe que depois disto, depois de um amor, que até poderia ter sido grande, permaneceu quem importa, ela mesma!