10.6.17

Para quê o amor, se não se amar?

junho 10, 2017 0 Comments
Heart Shape Sea Shells on Brown Beach Sand
Feelme/Para quê o amor, se não se amar?Tema:Sentimentos!

De que serve os que chegam e nos fazem sentir o que não teremos de volta? Para quê o amor, se não se amar quem nos ama? Para quê tanto empenho, tantos ajustes e sonhos, se nada do que queremos contar e bastar para o outro? Para quê sermos apenas um numa batalha perdida mal começa? Para quê encontrarmos quem nos serve se não servirmos e não chegarmos sequer a ter voz?

A vida não deveria ser apenas para nos dar duras lições. O que sentimos como único faria mais sentido se tivesse um propósito maior. Aprender depois de uma queda recorda-nos sobretudo da dor sentida, mas na realidade ensina-nos a evitar mais quedas. Eu sei, tu sabes e sabemos nós que é para isso que o que não fica chega.

Porque é que não posso querer diferente?

Close-up of Man Touching Hands

Eu quero as mãos que acolherão as minhas sem as pressionar demasiado. Quero um amor que me deixe de respirar tranquilo e descompassado. Quero certezas, mesmo quando não parecer existir nenhuma. Quero tudo e sobretudo a ti. Quero querer-te à minha maneira, sem precisar de me dosear, porque o meu muito seria o teu bastante. Quero tanto que até sinto medo de nunca poder ter nada...

Para quê o amor, se não se amar? Para quê vires e deixares-me assim, sem muito de mim para que o tudo de ti caiba? Para quê tantos passos se nunca serão na mesma direcção? Para quê perder-te se já te tinha?

Quando comecei era apenas eu...

junho 10, 2017 0 Comments
Brown Wooden Desk
Feelme/Quando comecei era apenas eu...Tema:Sentimentos!

Quando comecei era apenas eu, o que estava a viver, a forma como aprendia a amar, a deixar-me amar e as minhas tentativas de permitir que alguém passasse a fazer parte de mim, sempre e em todos os instantes.

São demasiados os corações doridos pelas dúvidas que se instalam e perante a incapacidade de perceberem do que fala o outro. É demasiada a espera, o que os faz recuar, do que fogem, ou o que tanto desejam que os deixa assustados e a escolher mostrar as costas, escondendo as palavras que poderiam sarar tanto.

Do que sei eu afinal?

Tanta gente que me fala como se eu soubesse de todos e de cada um, mas apenas posso usar de alguma sensibilidade e bom senso, porque mesmo que não saibamos legendar conversas mudas, deveremos falar connosco e ouvir-nos, porque a nós, do que queremos e do que não pretendemos voltar a ter, apenas nós mesmos. Não sei das suas vidas, só oiço partes das histórias que não misturo porque não as tenho. Sei que tiveram sentimentos que poderiam ter mudado tudo, mas não puderam, porque não podiam decidir por dois.

Quando comecei, estava longe, muito longe de saber e de sentir que o que escrevo chega de forma intensa e real, a tantas pessoas anónimas. Quando comecei não tinha noção de que existia tanta falta de pele e que a falta de amor criava dependência e dor. Quando comecei percebi a quantidade de amor que existe por espalhar. Quando comecei estava eu a tentar perceber se amava da forma certa e se teria capacidade de cuidar do outro como de mim mesma. Quando comecei girava tudo em torno de mim, agora são "vocês" que me completam e é por cada um que dedico todas as palavras, na esperança de que vos consiga colocar de volta ao caminho que terão que percorrer. Espero que quando o amor já estiver nos vossos lábios, me consigam provar que vai valer a pena continuar a procurar o único sentimento que ainda faz mover o mundo!

O que vamos ter de nós?

junho 10, 2017 0 Comments
Woman Looking at Camera
Feelme/O que vamos ter de nós?Tema:Sentimentos!

O que vamos ter de nós?

Se nos dermos espaço, será que conseguimos depois voltar a casa?

Quando pedimos momentos apenas nossos, sem que o outro faça falta, e quando tudo o que ele representa nos começa a deixar frágeis, então não estamos em tempos de dar espaço, temos que nos espaçar, deixar ir, seguindo cada um para o lugar onde já não cabe o outro...

Se olhasses nos meus olhos, saberias que ainda gosto de ti da mesma maneira, que continuo a precisar de ti em todos os segundos da minha vida e que nunca terei como me fartar, porque eu sim já estou em casa, eu já percebi do que é feito este sentimento que gostaria de ver em ti.

O que poderíamos ter, se não nos tivéssemos a nós?

Nada pode ser mais importante, do que estarmos, um no outro e um com o outro, em todas as etapas. Para nos podermos receber e ter a cada momento, precisamos de mostrar que ninguém faz falta, mas que o que temos pode ser tão bom, que trará o melhor dos outros e aí sim, ficaremos mais completos.

O que vamos ter de nós, se não nos tivermos?

Algumas pessoas querem tudo, eu sou uma delas, e querer-te será o meu tudo, o que me chega para ser quem te dará o que agora dizes já não te bastar. Deixo-te ir e dou-te, uma vez mais, o que não terás de mais ninguém. Vou-te dar o silêncio que te impedirá de explicar o que não consegues. Vou-te soltar para que não tenhas que olhar para trás e vou-te devolver o que pareces ter perdido!

Não tenho medo!

junho 10, 2017 0 Comments
Grayscale Photo of Woman Smiling
Feelme/Não tenho medo!Tema:Sentimentos!

Não tenho medo. e não é por isso que te mantenho, é porque queria que fosse à minha maneira, mas se não dá, se não pode, se não me aceitas, então é altura de eu seguir sozinha e de continuar a tentar, mantendo tudo o mais real possível. Não tenho medo e um dia deixará de importar que eu tivesse razão, que tivesse escolhido a minha maneira e que estivesse certa. Um dia apenas importará o que consegui viver, o sabor que consegui tirar de cada experiência, a vontade que soube fazer à minha vontade de apenas ir, quando ficar tiver deixado de ser opção. Já não tenho medo, não de estar sozinha, mas ainda preciso de aprender a soltar-me, a mostrar o que tanto me assusta aos outros, a não fugir do que sinto, do que tenho dentro, mesmo que expluda, que rebente e que seja demasiado.

O que sei agora, é que voltar para trás já não é possível, que já estou demasiado na nova pele, na que quer experimentar, na que precisa de fazer, sozinha, o que tem que ser feito. Não tenho medo que tenha terminado, mas que não tenha vivido o que me cabia e que não tivesse saboreado as coisas à minha maneira. Se perdi o medo, então é agora que vou, esperando ter aprendido alguma coisa e esperando que a minha bagagem me baste.

Já não tenho medos, não de ti, porque afinal deixaste de ser real, se é que o foste alguma vez!

Estou eu, mas em metades!

junho 10, 2017 0 Comments
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Feelme/Estou eu, mas em metades!Tema:ASentimentos!

Estou a fazer amor com outra pessoa. Estou eu, mas em metades. Eu, mas sem muito de mim!

O que poderá vir depois de algum prazer?

Vamos começar pelo início. Como é que posso falar de prazer? Como deixar que o meu corpo sinta um outro que me deseja, se é em ti que penso e se é o teu nome que me apetece gritar?

Não tenho talento, nem distanciamento para deixar a minha mente lá atrás e apenas sentir prazer, deixando que me cuidem, sobretudo do desejo que por vezes quase que me rebenta por dentro. Cada pedaço de mim pede e precisa de toque, mas cada metade de todo o corpo que me consome, quer que seja o teu no meu.

Estou eu, em metades, mas estou realmente a fazer amor com outra pessoa, que mesmo sendo meiga e sabendo como e onde me tocar, não és tu, e é por isso vou responder agora à pergunta, depois do prazer virá o vazio e a emoção sem emoções que a classifiquem.

Estou eu em metades agora, porque não me consegui deter, porque cedi aos instintos, mas acabei mais vazia do que antes, acabei nua, mesmo quando a roupa me cobriu. Vi-me como não me imaginara antes e odiei ter-me odiado desta maneira.

9.6.17

Como será que nos imaginamos?

junho 09, 2017 0 Comments
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Feelme/Como será que nos imaginamos?Tema:Sentimentos!

Como será que nos imaginamos, cada um de nós, quando estamos activamente a construir a imagem de quem nos começa a conhecer por dentro? De que truques mentais nos munimos para mantermos acesa a chama da procura e da construção do outro?

Quando iniciamos o percurso, quando permitimos que alguém entre e se "aninhe" em nós, é inevitável que o fantasiemos e que acabe envolto em imagens pouco claras, mas que eventualmente destaparemos para ver realmente. Os começos trazem a motivação, o brilho, as borboletas na barriga, os sonhos que se prolongam, que galgam as noites e acrescentam os dias.

Sabes do que gosto mesmo?

Gosto desta sensação de gostar outra vez, de acordar de mente aberta e de adormecer preenchida e pronta. Gosto de pertencer a alguém e de saber que me pertence, sem quaisquer dúvidas. Gosto de poder gostar de forma descontraída e sem cobranças. Gosto do sabor da tua boca na minha, porque parecem ter sido feitas para se beijarem.

Eu sei de que forma te imaginei, talvez por isso tenhas chegado e provado que o fiz da forma certa!