11.6.17

Agora já sei!

junho 11, 2017 0 Comments
bride, cake, ceremony
Feelme/Agora já sei!Tema:Sentimentos!

Agora já sei porque é que nos davam sopa na infância, afinal era sobretudo para nos irem deitando uns pós que nos "ajudassem" a acreditar na eterna felicidade que passava pelo modelo certo de família. Casamento, casa, filhos, férias, família alargada e tudo por esta ordem. Então e os que não foram feitos para casar?

Sabem qual é o resultado disto?

Muita gente a sentir dificuldades em aceitar que falhou, que deixou alguém mal e que já não terá direito ao seu cantinho no céu. Mas será que alguém sabe, mesmo, qual é o modelo ou a receita para se ser um adulto realizado e feliz? Pelo amor da santa, não estamos a falar de confeccionar bolos, "aqui" pode-se inventar, adaptar, trocar os ingredientes e sobretudo arriscar. Se correr mal, fazemos ajustes na próxima, pronto.

Se alguma criança lesse este post, ia encontrar mais uma razão, sólida, para nunca mais olhar para a sopa, quanto mais comê-la.Trazemos inputs que nos condicionam sem muitas vezes nos darmos conta, no entanto e para tudo, devemos usar de bom senso e aprender a trilhar os caminhos certos, para o não menos certo assunto das relações.

Comeram muita sopa em crianças?

Então está explicado, agora são todos felizes e bem casados, certo?

Para que lugar fugirias?

junho 11, 2017 0 Comments
Blue Eyed Man Staring at the Mirror
Feelme/Para que lugar fugirias?Tema:Sentimentos!

Para que lugar fugirias se TUDO começasse a correr mal? Que parte de ti conseguirias manter viva, a sentir, a desejar e a procurar, se tudo o que és de repente te fosse roubado?

Tomamos sempre tudo por garantido, achamos que o dia seguinte deverá seguir na onda do anterior, que o que sabíamos nos levará onde tínhamos antecipado, mas de repente, sem que o esperássemos, tudo muda. De repente e já atordoados, deixamo-nos a questionar se o que julgávamos saber e ter aprendido, nos permite mais algumas alternativas, que não as que passámos a ver de forma negra e desfocada.

Do que adianta então planear?

Podem perguntar, eu até que entendo, mas a verdade é que mesmo com percalços e reveses, se não nos conduzirmos à nossa maneira, no final restará muito pouco e acabaremos a questionar até a nossa origem, nome e descendência.

Estou a olhar para dentro. Estou a sentir-me de forma intensa, porque agora os dias são bem mais difíceis do que aqueles em que os males dos outros, que poderiam muito bem ser os meus,  não me permitem sentir o que quer que seja.

Sou uma controladora nata, gosto de saber onde e como vou, por isso preciso de poder contar sobretudo comigo, numa emergência. Não fez grande sentido? Se pensarem bem verão que até faz e que preocupa.

Para que lugar fugirias se nada de ti te acompanhasse?



10.6.17

Para quê o amor, se não se amar?

junho 10, 2017 0 Comments
Heart Shape Sea Shells on Brown Beach Sand
Feelme/Para quê o amor, se não se amar?Tema:Sentimentos!

De que serve os que chegam e nos fazem sentir o que não teremos de volta? Para quê o amor, se não se amar quem nos ama? Para quê tanto empenho, tantos ajustes e sonhos, se nada do que queremos contar e bastar para o outro? Para quê sermos apenas um numa batalha perdida mal começa? Para quê encontrarmos quem nos serve se não servirmos e não chegarmos sequer a ter voz?

A vida não deveria ser apenas para nos dar duras lições. O que sentimos como único faria mais sentido se tivesse um propósito maior. Aprender depois de uma queda recorda-nos sobretudo da dor sentida, mas na realidade ensina-nos a evitar mais quedas. Eu sei, tu sabes e sabemos nós que é para isso que o que não fica chega.

Porque é que não posso querer diferente?

Close-up of Man Touching Hands

Eu quero as mãos que acolherão as minhas sem as pressionar demasiado. Quero um amor que me deixe de respirar tranquilo e descompassado. Quero certezas, mesmo quando não parecer existir nenhuma. Quero tudo e sobretudo a ti. Quero querer-te à minha maneira, sem precisar de me dosear, porque o meu muito seria o teu bastante. Quero tanto que até sinto medo de nunca poder ter nada...

Para quê o amor, se não se amar? Para quê vires e deixares-me assim, sem muito de mim para que o tudo de ti caiba? Para quê tantos passos se nunca serão na mesma direcção? Para quê perder-te se já te tinha?

Quando comecei era apenas eu...

junho 10, 2017 0 Comments
Brown Wooden Desk
Feelme/Quando comecei era apenas eu...Tema:Sentimentos!

Quando comecei era apenas eu, o que estava a viver, a forma como aprendia a amar, a deixar-me amar e as minhas tentativas de permitir que alguém passasse a fazer parte de mim, sempre e em todos os instantes.

São demasiados os corações doridos pelas dúvidas que se instalam e perante a incapacidade de perceberem do que fala o outro. É demasiada a espera, o que os faz recuar, do que fogem, ou o que tanto desejam que os deixa assustados e a escolher mostrar as costas, escondendo as palavras que poderiam sarar tanto.

Do que sei eu afinal?

Tanta gente que me fala como se eu soubesse de todos e de cada um, mas apenas posso usar de alguma sensibilidade e bom senso, porque mesmo que não saibamos legendar conversas mudas, deveremos falar connosco e ouvir-nos, porque a nós, do que queremos e do que não pretendemos voltar a ter, apenas nós mesmos. Não sei das suas vidas, só oiço partes das histórias que não misturo porque não as tenho. Sei que tiveram sentimentos que poderiam ter mudado tudo, mas não puderam, porque não podiam decidir por dois.

Quando comecei, estava longe, muito longe de saber e de sentir que o que escrevo chega de forma intensa e real, a tantas pessoas anónimas. Quando comecei não tinha noção de que existia tanta falta de pele e que a falta de amor criava dependência e dor. Quando comecei percebi a quantidade de amor que existe por espalhar. Quando comecei estava eu a tentar perceber se amava da forma certa e se teria capacidade de cuidar do outro como de mim mesma. Quando comecei girava tudo em torno de mim, agora são "vocês" que me completam e é por cada um que dedico todas as palavras, na esperança de que vos consiga colocar de volta ao caminho que terão que percorrer. Espero que quando o amor já estiver nos vossos lábios, me consigam provar que vai valer a pena continuar a procurar o único sentimento que ainda faz mover o mundo!

O que vamos ter de nós?

junho 10, 2017 0 Comments
Woman Looking at Camera
Feelme/O que vamos ter de nós?Tema:Sentimentos!

O que vamos ter de nós?

Se nos dermos espaço, será que conseguimos depois voltar a casa?

Quando pedimos momentos apenas nossos, sem que o outro faça falta, e quando tudo o que ele representa nos começa a deixar frágeis, então não estamos em tempos de dar espaço, temos que nos espaçar, deixar ir, seguindo cada um para o lugar onde já não cabe o outro...

Se olhasses nos meus olhos, saberias que ainda gosto de ti da mesma maneira, que continuo a precisar de ti em todos os segundos da minha vida e que nunca terei como me fartar, porque eu sim já estou em casa, eu já percebi do que é feito este sentimento que gostaria de ver em ti.

O que poderíamos ter, se não nos tivéssemos a nós?

Nada pode ser mais importante, do que estarmos, um no outro e um com o outro, em todas as etapas. Para nos podermos receber e ter a cada momento, precisamos de mostrar que ninguém faz falta, mas que o que temos pode ser tão bom, que trará o melhor dos outros e aí sim, ficaremos mais completos.

O que vamos ter de nós, se não nos tivermos?

Algumas pessoas querem tudo, eu sou uma delas, e querer-te será o meu tudo, o que me chega para ser quem te dará o que agora dizes já não te bastar. Deixo-te ir e dou-te, uma vez mais, o que não terás de mais ninguém. Vou-te dar o silêncio que te impedirá de explicar o que não consegues. Vou-te soltar para que não tenhas que olhar para trás e vou-te devolver o que pareces ter perdido!

Não tenho medo!

junho 10, 2017 0 Comments
Grayscale Photo of Woman Smiling
Feelme/Não tenho medo!Tema:Sentimentos!

Não tenho medo. e não é por isso que te mantenho, é porque queria que fosse à minha maneira, mas se não dá, se não pode, se não me aceitas, então é altura de eu seguir sozinha e de continuar a tentar, mantendo tudo o mais real possível. Não tenho medo e um dia deixará de importar que eu tivesse razão, que tivesse escolhido a minha maneira e que estivesse certa. Um dia apenas importará o que consegui viver, o sabor que consegui tirar de cada experiência, a vontade que soube fazer à minha vontade de apenas ir, quando ficar tiver deixado de ser opção. Já não tenho medo, não de estar sozinha, mas ainda preciso de aprender a soltar-me, a mostrar o que tanto me assusta aos outros, a não fugir do que sinto, do que tenho dentro, mesmo que expluda, que rebente e que seja demasiado.

O que sei agora, é que voltar para trás já não é possível, que já estou demasiado na nova pele, na que quer experimentar, na que precisa de fazer, sozinha, o que tem que ser feito. Não tenho medo que tenha terminado, mas que não tenha vivido o que me cabia e que não tivesse saboreado as coisas à minha maneira. Se perdi o medo, então é agora que vou, esperando ter aprendido alguma coisa e esperando que a minha bagagem me baste.

Já não tenho medos, não de ti, porque afinal deixaste de ser real, se é que o foste alguma vez!