19.6.17

Quem procurou quem?

junho 19, 2017 0 Comments
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Feelme/Quem procurou quem?Tema:Sentimentos!

Quem procurou quem? Quem encontrou o que procurava? Quem soube, sempre o que precisava para estar completo? Quem acabou a chegar mais perto, mesmo estando mais longe que muitos?

Eu não te procurei, já o sabemos os dois, mas também sabemos a razão, quais eram os meus medos e dúvidas. Tu não me pertencias e não era a mim que querias.
Eu até que quis saber de ti, mas ao de leve, apenas para olhar e recordar, não esperando muito mais e estranhando TUDO o que chegou.

Quem procurou mesmo, foste tu e acabaste a encontrar-me. Por tua causa, os meus dias nunca mais foram iguais, mudaram como mudei eu, em todos estes anos, tantos que até custa repetir. Quem procurou, tu neste caso, sabia porque o fazia.

Não sei para onde vamos, nem se vamos bem, mas para já o percurso promete. Fácil? Não, não será mesmo. Desafiante? Muito, e obrigará a imensos ajustes e jogos de cintura, mas eu danço bem, espero que tu também.

Quem procurou quem?

TU, mas eu estou-te grata, porque a cada dia vou sentindo a falta que me farias se já não estivesses aqui.

Vamos dançar?

junho 19, 2017 0 Comments
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Feelme/Vamos dançar?Tema:Sentimentos!

Vamos dançar?

Chamaste-me com o olhar, senti-te na minha nuca e virei-me. O teu sorriso e a mão estendida disseram-me que querias dançar comigo, e eu fui devagarinho, a mover o corpo que já sentia agarrado por ti, que eu iria encostar tanto, que se fundisse no teu, que sentíssemos ambos, todos os pedaços que são de cada um, mas que pertencem aos dois.

Ainda só tenho a tua mão, mas estou tão próxima, agora, que a tua respiração chega aos meus cabelos e entra na minha boca aberta para ti, misturando-se para que passemos a ser apenas um.

Sei que te estou a deixar desconfortável, excitado, com um desejo que depois não poderei conter, mas insisto, jogo um pouco e finalmente permito que me abraces, pela cintura, puxando-me com uma força que controlaste, mas que fez com que os meus pés quase saíssem do chão.

- Estás a picar-me miúda, olha que depois vingo-me.

Já não oiço a música, quero apenas que não me largues, que me mordas, assim, dessa forma tão suave, e ao mesmo tempo a passar-me uma dor que me liga por dentro e me dá um prazer que o meu corpo conhece tão bem.

- Já te disse que és tu e que só te quero a ti?

Sorris-me de volta como resposta. Tu sabes. Tu sentes. Toda eu falo, mesmo quando não uso palavras e sobretudo quando não o faço. Já me apertaste um pouco mais, quase que não sinto o ar correr.

- Queres fazer amor aqui comigo?
- Não peças duas vezes, olha lá.

O que a música faz quando as pessoas são certas!




O que quero dizer quando já disse tudo?

junho 19, 2017 0 Comments
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Feelme/O que quero dizer quando já disse tudo?Tema:Sentimentos!

O que quero dizer quando já disse tudo?

Haverá sempre mais um pouco de nós, umas quantas pontas soltas que me farão recordar de tudo o que tivemos, do amor que sentimos e como foi que o vivemos. Nunca poderei dizer tudo mesmo que já tenha dito muito. Não imagino o silêncio entre nós, não enquanto aqui dentro do que me move, as palavras ecoarem num grito que me ensurdece.

Quero dizer que me lembrei de ti num pequeno grande pormenor. Quero dizer e foi o que fiz, que a importância do que tivemos não morreu, não como o amor que deixaste ir. Quero dizer que foi de ti que me lembrei assim que pisei o chão do local que tantas vezes nos recebeu. Quero dizer que ainda continuas em mim, mesmo que de forma mais tranquila, mas a seres a pessoa que gostaria de poder abraçar quando feliz e de olhar quando não soubesse o que fazer. Quero dizer que a tua serenidade me faz falta, até na distância que nos impuseste. Quero dizer e foi o que disse, com outras palavras, que te amo e isso ainda se vai manter, pelo tempo que nem eu pretendo determinar.

18.6.17

Estou de volta!

junho 18, 2017 0 Comments

Estou realmente de volta e pareço ter vivido numa bolha durante dois dias e meio. O que tanto parecia precisar aconteceu realmente e foi, por incrível que pareça, às portas da minha casa. Abstraí-me das ninhas dores diárias e deixei-me levar, sem pressas, para um tempo bem anterior ao meu.


Depois de um gentil convite feito pela Biblioteca Municipal, Câmara e direcção do Convento de Cristo, alguns autores do concelho participaram de um seminário de escrita num ambiente completamente surreal. Nem eu de mente fértil seria capaz de imaginar um cenário tão digno de um romance épico. Pernoitar no Convento. Ter como guia o curador do nosso património mundial, o arquitecto Álvaro Barbosa, passando-nos explicações e histórias apaixonadas, comoventes devido a tanta entrega e verdadeiro respeito pelo legado dos que já pisaram cada pedra bem antes de qualquer um de nós, fez-nos sentir, a todos como os seres mais privilegiados do planeta.

Não estou a exagerar e muito provavelmente não terei forma de vos passar o que vivi, rodeada, horas a fio, de pessoas tão diferentes, mas igualmente desejosas de mais matéria e explicações do que até se explica. Estar em lugares que mais ninguém visita. Ver, com verdadeira atenção e entrega, os cantos e recantos deste grandioso monumento e deitar-me na cama à espera, porque vou ter que vos confessar que esperei sempre e até à última, que um Templário irrompesse de uma das paredes e se materializasse, foi viver uma experiência de quase fora de corpo.

Demos connosco a tocar as pedras. A olhar em silêncio o Claustro. A testar a acústica do auditório e a percorrer corredores intermináveis de pura arte e sabedoria. Demos connosco a confirmar o que já sabíamos, que afinal fomos um povo grandioso e totalmente capaz de deixar a nossa marca no mundo. Mas não foi apenas história, foram desafios literários bem desafiantes e complexos e foi a franca convivência em total despojamento, porque ali, nós não éramos os mais importantes, o que sairia de cada "pena" diria tudo o que valerá a pena manter para um futuro onde parte da nossa história será contada em muitas histórias.

Obrigada ao Universo pelo que proporciona aos de alma pura!

17.6.17

Se deixares, eu mostro!

junho 17, 2017 0 Comments


Deixa-me mostrar-te quem sou de cada vez que te sinto. O que tenho dentro é bem maior do que se vê e entende, mas posso sempre tentar.

Não queiras explicar tudo, reserva um pouco ao destino, ao acaso e até a coisa nenhuma, mas vive enquanto sentes, e sente enquanto aceitas.

Se me deixares eu mostro qual o tamanho do que armazenei para ti!



16.6.17

Quem és tu?

junho 16, 2017 0 Comments
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Feelme/Quem és tu?Tema:Sentimentos!

Quem és tu?

Já me fiz essa pergunta vezes sem conta. Já analisei, olhei por dentro e por fora, durante muito tempo, mas não demasiado e a resposta passou a ser clara, tu és quem eu quero, mas não és de quem preciso.

Tens o poder de me tirar o ar e de me deixar sem rumo. Consegues desviar-me do importante e levar-me a desistir até de mim, apenas para te poder ter. Incendeias o meu desejo de ser amada, porque isso sempre soubeste fazer bem, tão bem que acabei a querer-te mais do que realmente precisaria de te ter. A verdade é que quero ter-te mesmo que não dependa de nada que venha de ti, nem para ser feliz. Quero poder sentir o que sentias por mim. Quero ver-me no reflexo que vem de mim através de ti. Quero saber que sou a pessoa que movimenta a tua pessoa e que te leva até onde mais ninguém conseguiu. Quero tanto, até de precisar de ti, sempre e para sempre, mas a verdade é que não preciso.

Não preciso de quem me vire do avesso e me faça questionar tudo o que faço. Não preciso de quem duvide da palavra, amo-te, a mesma que esbanjo como sinto. Não preciso de quem não me escolha sempre e que apenas veja nuvens negras quando não me consegue ver. Não preciso que não entendas que terei que ser mais importante do que tudo o que é importante e que apenas assim quero ser amada. Não preciso que escolhas o que não me inclui, porque quero estar incluída em tudo.

Quem és tu?

De que forma consegui querer-te mais do que precisava, é que na verdade não preciso de dor, apenas de muito amor no formato que me vendeste. Não sei quem eras quando chegaste, mas sei-o agora e é por isso que continuo a não precisar de ti, já não...