Feel Me

Feelme/Não te quero assustado!Tema:Sentimentos!

Não te quero assustado, não gosto da sensação que nos fica, aos dois quando duvidamos, quando sentimos medo, quando nos deixamos levar por pensamentos que quase nos impedem de funcionar. Não te quero assustado, a achar que me podes perder, porque eu sou quem foi esperando anos a fio, por alguém como tu e tu chegaste.

Não posso, nem devo fracassar, ou deixar-me tomar por movimentos mais lentos e por sentimentos tolos que me tolham a capacidade de pensar pelos dois. Não posso deixar-te sem rumo, com o olhar perdido que acabei a ver, porque és tão importante para mim, que magoar-te seria desferir cortes profundos em mim mesma. Não posso e não o voltarei a fazer, impedir-te de me sentires, porque sem os pedaços de que sou feita, ficas tão perdido que acabo a perder-me eu mesma.

Tu sabes, tens que saber, a importância que tens na minha vida. Tu sabes que no meu agora o que havia antes de ti, era muito pouco. Tu sabes que sou diferente, mais tranquila e preparada, desde que entraste de mansinho, mas tão determinado, que eu só poderia fazer o que faço agora, querer-te da mesma forma, ou mais ainda.

Não te quero assustado meu amor, porque já estás instalado no que conheço como vida!

Feelme/ No meu futuro queria-te a ti!Tema:Sentimentos!

Vamo-nos enganando, achando que estaremos sempre firmes, fortes e capazes de nos cuidarmos, mas virá o dia em que estar só já não será uma escolha, mas uma inevitabilidade!

Sonhei-te no meu futuro. Desejei que as nossas mãos pudessem estar uma na outra, cuidando da pele que se arrepiaria com o toque, sentindo que nos pertenceríamos sempre e que bastaria estender a minha e a tua viria ao meu encalço para nunca mais nos largarmos.

Se repetimos os mesmos erros, só poderemos terminar amargurados e apenas nos restará olhar para trás tentando ver o que falhámos fazer. O meu coração acelera apenas com a possibilidade de ter encontrado o que necessitava, mas de não ter sido reconhecida, de não ser afinal a que precisavas para ficar completo. Não era eu e vou ter que o aceitar.

Não me apetece continuar à procura, mas não me visualizo sem a outra metade de mim, mesmo a que não se encaixe totalmente. Não me quero sentir cair e lamentar o que deixei por fazer, mas o meu corpo retrai-se, diz-me que já não quer e que preciso de parar de o motivar para apenas o deixar mais vazio no final. Não queria precisar de me sentir em constante luta, de ter que me armar de escudo e espada para te provar que comigo daria certo. Não me apetecia desistir, mas acabei a fazê-lo e quem sabe não encontro o amor, aqui mesmo onde já não o procuro.

No meu futuro queria-te a ti e que o sol brilhasse até quando não estivesse visível. Queria que o coração disparasse quando o teu olhar pousasse no meu. Queria que a minha força te fortalecesse e nos preparássemos para quando os passos já seguissem mais devagar, mas determinados, porque estaríamos a ir ambos para o mesmo lugar. No meu futuro queria-te a ti e via-te a ti, porque já sabia ao que saberias, mas escondemos ambos as mãos e o presente esmagou a nossa capacidade de olhar para além do agora. No meu futuro queria-te a ti, mas se te perdi, talvez nunca te tenha tido realmente!

Feelme/Tudo ajuda a seguir em frente!Tema:Sentimentos!

Tudo ajuda a seguir em frente. Os olhares externos a nós, aqueles que não sabem como estamos por dentro, que apenas ouvem a torrente de palavras que derramamos na mesma sintonia do que estamos a sentir, por vezes ajudam a relativizar e a que aceitemos o que de forma tão obstinada decidíramos, ajudam a que nos ajudemos a nós, sendo mais felizes.

Guardar para nós o que nos magoa. Guardar dentro medos que se agigantam porque nos recusamos a ceder ao óbvio, só trará resultados negativos e poderemos acabar a sofrer de males bem maiores, dos que se colarão à alma, perturbando o corpo. Falar ajuda. Ouvir bem mais, mas a verdade é que todos acabam a aceitar que eu fiz o que poderia e deveria ser feito e que o que saiu das minhas mãos, mesmo que me tenha deixado mal, passou a não poder ser resolvido por mim. Quem me conhece sabe que não dispenso as palavras, que não nego a ninguém, nunca, as explicações que poderão consertar mágoas. Sabem que não fujo de mim, mas que sei quando devo sair de cena, sei e percebo quando já não sou desejada e é nessa altura desisto.

Já tenho "quase" tudo resolvido, só me falta perceber porquê desta forma e que propósito veio servir, mas já prometi a mim mesma que acontecerá em breve, e que nessa altura voltarei a ter a luz que tanta falta parece fazer aos outros. Nessa altura estarei, de novo inteira e pronta para aceitar quem há muito tenta entrar no meu espaço, acabarei a receber a pessoa que ficará do meu lado e a fazer os percursos que nos levarão a ambos ao lugar certo.

Tudo ajuda a seguir em frente, sobretudo aceitar que se não o foi, então é porque não teria que ser mesmo!

Feelme/O primeiro de todos!Tema:Sentimentos!

O primeiro de todos. Sim ainda me lembro, do primeiro namorado, do primeiro beijo e da sensação totalmente nova, de pertencer a alguém.Nunca mais poderá ser repetida, porque quando se tira a virgindade à alma, ficamos mais alertas para o que devíamos ignorar. O primeiro beijo foi complicado, muito trabalhado e ensaiado com amigos a ajudarem na preparação, saindo e voltando à sala várias vezes, sempre com a mesma pergunta, "já está"? Ríamos ambos, num nervosismo que antecipava o que iria ser bom, mas que não tínhamos forma de descrever ou comparar com o que quer que fosse, e que teria simplesmente que ser experimentado. Quando os nossos lábios se encostaram e sim, foram apenas lábios, aos 12 anos não se dava beijos de língua, nem sabíamos que se lhe podia dar esse uso, mas o que senti eu, e arrisco a dizer que também ele, foi mais intenso e inexplicável do que a primeira vez que fiz amor. Nada se poderá jamais comparar ao meu primeiro beijo e se fechar os olhos, vejo o lugar, as caras, sinto os cheiros no ar e quase que sinto os lábios de novo nos meus.

A magia acontece de cada vez que temos a primeira vez do que amamos. Sempre que nos afastamos do mundo real e apenas deixamos os poros encherem-se do prazer que nos causa o amor, o outro, o toque que nos proporciona, os sons que nos entram tão dentro que passarão a ser recordados enquanto nos conseguirmos nós, recordar-nos do que foi importante.

O meu primeiro beijo foi como o gostaria de poder recordar, e guardo-o como se de uma jóia se tratasse, porque até ter acontecido, não teria forma de saber que existem momentos que nos marcarão para sempre, implantando-se em nós e estando presentes de cada vez que nos atrevermos a achar que não tivemos tudo o que merecíamos!

Feelme/Esbarrar em alguém!Tema:Sentimentos!

Esbarrar em alguém. Estar no lugar certo, na única hora possível e encontrar quem de outra forma jamais chegaria até nós, faz-me pensar nas coincidências, nos acasos e no destino.

Será que comandamos alguma coisa, ou seremos apenas peões neste Universo de sentimentos?

Ainda não tenho todas as respostas. Ainda não descobri como se chega até à pessoa, supostamente certa, e porque nos tornamos "naquela", porque nos aceitamos e nos encaixamos. Ainda não sei nada que valha mesmo a pena documentar.

O que sei foi que esbarrei em ti, e que  aceitei que nos mantivéssemos, o tempo suficiente, para termos algo mais para dizer, algo do que falar e para que a nossa história possa crescer e consolidar-se. Já não questiono porque gosto de ti desta forma, mas pergunto-me, algumas vezes o que teria acontecido se simplesmente não te tivesse aceite, se o meu tempo não me deixasse dar-te a ti tempo, e isso sim preocupa-me, porque acabo a entender que a linha que separa a pessoa que procuramos, da que nunca chegará, é demasiado ténue.

Esbarrar em alguém. Esbarrar em ti, ou nós um no outro, mas já que começámos quero que não termine, não demasiado cedo, porque ainda preciso tanto das respostas quanto de ti!

Feelme/Já lá estive, obrigada!Tema:Sentimentos!

Já lá estive, obrigada, mas os pensamentos teimam em voltar, uma e outra vez, para me testarem a resistência e tenho sempre uma de duas opções, ou cedo e afundo-me no vazio que crio eu mesma, ou resisto e afasto-os, estoicamente!

Ser eu dá uma trabalheira que nem vos passa!

Tenho esta dualidade que me afronta, porque espero sempre receber tudo da forma que dou e a verdade é que nem todos o conseguem. Sabê-lo já deveria ser um passo para a minha pacificação interior, mas o que acontece? Fervo, grito, e esperneio, mas para quê, expliquem-me? Para me endireitar e continuar, porque de cada vez que cedo e volto atrás, sou de imediato esbofeteada para ver se aprendo. Não deveria fazer mal que eu fosse apenas humana, carregada de defeitos, sem precisar de saber sempre tudo, mas não, o Universo entende que se já evoluí não devo regredir e eu que me aguente. Já o percebi, mas que tal "ele" também ser um nadinha mais exigente com os outros, aqueles que também povoam o nosso planeta, é que não ando apenas eu por aqui, se assim fosse não teria do que protestar.

Algumas pessoas não têm permissão para errar, porque são de imediato apontadas e chamadas à razão. Já outras, "embora lá, façam merda à vontade", assim como assim também não importam nada, ou muito pouco. Será que é por aí, ou será porque eu é que tenho a mania que valho mais e sei ser melhor? Se for, então aguenta. Suck it up!

Vou criar uma frase própria para afugentar os fantasmas, um mantra ou outra designação mais pomposa, para me livrar dos pensamentos mórbidos, e vou ver se começo a agradecer de cada vez que vierem, mas informando-os, gentilmente que já lá estive, e não preciso de regressar, muito obrigada. Dividam-nos pelos outros que eu não sou egoísta.

Feelme/Também já tinha tão pouco!Tema:Sentimentos!

Julguei que fosse mais difícil. Julguei que te fosse sentir a falta e que não conseguisse funcionar por já não te ter, mas a verdade é que também já tinha tão pouco!

Tu só chegavas aos pedaços, da forma que te dava jeito, quando te dava jeito. Eu era a que esperava, paciente, para que te anunciasses, para que me fizesses ter a certeza que estavas do meu lado, mesmo que longe. Tu só chegavas quando precisavas muito de mim. Tu só chegavas se o resto do teu mundo já estivesse resolvido e depois, depois então vinha eu.

Não posso sentir assim tanto a tua falta, porque na verdade nunca estiveste, não comigo e não por inteiro. Não posso sentir assim tanto a tua falta, porque nunca me fizeste sentir a única, a que precisavas e a que te bastaria. Não posso sentir assim tanto a tua falta, porque provavelmente tudo fizeste para que nunca sentisse.

Quando paramos e quando olhamos para trás, para cada segundo de todos os minutos que tivemos que esperar, tudo se torna tão claro e tão evidente, que nem nos atrevemos a sentir falta. Não do que não era. Não do que não tínhamos. Não de quem nunca tinha sido.

Não te imaginei, tive-te, senti-te, toquei-te e fui tua, mas esfumaste-te demasiado rápido e sem qualquer esforço, porque a verdade é que não se perde quem nunca se teve. Não se sente a falta de quem apenas nos sussurrou, de quem nunca sequer prometeu, e de quem até ao beijar deixou pouco sabor. Foste sempre tão pouco. Fugiste sempre, com tanta mestria. Procuraste, sempre estar tão ausente, que só me poderias ter deixado com o que tenho agora, com NADA.

Não arrisquei, achar que jogaste o tempo todo, que me mentiste, o tempo todo, que me usaste, o tempo todo e que nunca me quiseste como te queria eu, o tempo todo. Não o arrisquei para não ter que pensar em ti e no que cheguei a desejar que fosses. Escolhi deixar-te ir, sem te sentir muito a falta, e aceitando que teria que ser assim, porque até já o fora antes, e porque também já tinha tão pouco...