Oh gentinha...
Sue Amado
setembro 03, 2020
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Dedico este post, cheia de boa vontade, aos zangados que gostam genuinamente de se zangar com tudo e com todos, até com eles mesmos, não vá sobrar algum azedume que já não poderiam multiplicar, nem o fel que as suas bílis produzem em demasia. Existem pessoas que apenas andam por aqui, a fazer voltas e mais voltas às mesmas "piscinas", mas sem nunca se atreverem a um único mergulho. Temos cada vez mais entupidos cerebrais, mesmo que aparentemente sem cérebro e nem os espirros os aliviam de sintomas da maldade intrínseca. Alguns não sabem, porque nunca o saborearam, qual o verdadeiro sabor do respeito, do cuidado com o outro, dos sorrisos sem segundas intenções e da generosidade que chega camuflada de outras vontades, mas bem explícitas por sinal. Uns quantos, e parece que estes estão a proliferar qual cogumelos, aprenderam a querer o que os outros têm, não importa o quê, desde que seja novo, diferente e aparentemente melhor. Tenho que reservar algum "tempo de antena" aos mal-amados, aos incultos por escolha, porque desfolhar umas páginas dum bom livro obriga a paz interior; aos que respingam até com um bom-dia simples e inequívoco e aos que não têm nada que os aborreça a não ser eles mesmos.
Não me queria estar a rir, juro que não, porque até deveria levar a sério este novo flagelo, mas é mais forte do que eu, é que por mais que me esforce não encontro paralelo com nada que se pareça remotamente com o que alguma vez tenha sentido. Não sei do que padecem realmente e como consegue repousar as almas cansadas. Eu só me autorizo bons sentimentos, daqueles que me levam em pedacinhos até aos que precisam de mais amor, mel, sonhos e verdades, o resto, aos desumanos por escolha; aos patenteados da burrice emocional, a esses devoto o meu total alheamento, mesmo que hoje me digne a reservar-lhes umas quantas linhas.
Não sei até que ponto as máscaras descartáveis e afins, não estarão de alguma forma relacionadas com estas dores lacinantes de que padecem alguns, mas com tantas provas de estupidez natural e de concílios que já nem se circunscrevem ao Vaticano e que agrupam ainda mais estúpidos, porcos e maus, tenho que me vergar e anunciar que estou oficialmente a lixar-me para quem não traz qualquer bem ao mundo, ao meu, ao dos meus e ao de todos os que apenas querem inspirar e expirar sem que os planetas tenham que girar ao contrário. Declarei-me incompetente para aturar quem, e por mais que os dias cresçam, não consiga crescer para além da idade biológica. Até que lhes pediria que se fossem encher de moscas, mas respeito demasiado a vida animal