Como vês o mundo?
O mundo tem tudo o que precisas e até o que achas que não te faz falta. No mundo estarão as pessoas que te mudarão a vida, desde que te decidas dar a importância que acreditas merecer, olhando-te bem para que te vejam ainda melhor. Para o mundo tens que enviar o que já não te couber dentro, tirando dele o que ainda te faltar ser, ter e entender, por que andar por aqui será sempre uma troca em tempo real. Este mundo tem-te como referência, mas para que te considere mesmo, terás que já saber que papel pretendes desempenhar.
As palavras continuam a conseguir separar continentes e a juntar almas que sempre se esperaram, mas que ainda assim demoram a encontrar-se. Podemos dizer tudo ou escolher deixar o importante por dizer, mesmo que os resultados resultem em lugares diferentes, pessoas novas e extraordinárias, ou seres tão comuns que acabem por passar sem deixar rasto, cheiro ou um olhar mais atento. As palavras mudam as pessoas que julgamos ser e de cada vez que as ousamos oferecer, oferecemo-nos a possibilidade de virar as páginas do único livro que guardará a nossa história. As palavras que escolho usar comigo e que dispenso aos que amo, levam-me em cada sílaba, representando-me até quando nada mais parecer acrescentar.
O mundo como o sinto e no qual pretendo viver, carrega palavras que elevam os que precisam de crescer e ainda buscam o que os define. O mundo sem sons e sem as emoções que as palavras seguram, apenas gira, inevitavelmente para o mesmo lado, mas sem conseguir fazer girar os que também o povoam. O mundo, este, o único que reconheço, tem de mim exatamente o que nunca me inibo de dizer, por que digo sempre o que o silêncio não teria forma de oferecer.