25.11.21
Será que já te dás tempo?
De quanto tempo precisas para que o tempo já não seja uma questão e possas simplesmente usufruir do outro?
As desculpas que procuramos de forma a deixar passar o que deveria ser vivido activamente, sonega-nos a vontade de mudar padrões. Somos demasiado céleres a aceitar o inaceitável e quando "acordamos", já perdemos a passada, deixando tantas experiências por viver. Testa-te de quando em vez. Arrisca a ver o mundo de uma outra perspectiva e atira para o alto programas mentais que te sabotam a capacidade de crescer e melhorar como ser humano.
De quanto tempo precisas mais para amares verdadeiramente? Não serás bafejado mutas vezes, ao longo da vida, por amores que valem a pena, por isso e de cada vez que esbarrares num, vive-o intensamente e sem arrependimentos, porque o maior será sempre o de nunca tentares.
24.11.21
Sol ou lua?
De que forma se limpam as pessoas tóxicas e carregadas de tudo o que não lhes serve? De que forma sobrevivem aos olhares sempre tão negativos que devotam aos outros, quando na verdade apenas se estão a reflectir, vendo o que lhes "suja" a alma e escurece o coração?
Deve ser absurdamente difícil nunca estar de acordo, nunca ter qualquer empatia, ou sequer alguma felicidade pelo bem-estar dos outros. Deve magoar e derrubar, sentir que nunca se sente da forma certa e que a cabeça nunca se permite pousar e usufruir do simples e natural. Deve matar cada célula boa apenas procurar o pior de todos.
Os nossos dias nunca são iguais e a nossa disponibilidade emocional nunca estará sempre em alta, mas viver num eterno inferno autoimposto, só pode gritar masoquismo ou maldade pura. Criar uma identidade que nos classifique e com a qual possamos fazer o restante percurso até ao final indesejado, tem que ser consciente e diário. Libertarmo-nos da pele que nos esconde do mundo ao final de cada dia, sem que nos sintamos desprotegidos, tem que ser um item da agenda, de contrário seremos nós contra tudo e tudo será sempre muito.
De que forma ajudamos os mal-amados se serviço e escolher o brilho do sol ao invés da escuridão sem lua?
23.11.21
Frio no exterior de mim!
22.11.21
O que é que ainda temos?
Temos todos muitas vidas numa mesma vida. Temos momentos que transportamos, porque disso depende o crescimento, mas que por vezes, quando olhamos de soslaio, parecem estar a anos luz do hoje; Temos pessoas que nos acompanham durante todo o caminho e outras que apenas espreitam, mas que nunca chegam a ficar; Temos dores que permanecem e que só a terapia limparia, mas temos sucessos que nos fazem esquecer o pior de cada uma; Temos alguns amores que se fixam na memória e os quais relembramos com carinho, mas outros tantos dos quais nos envergonhamos pela dependência e cegueira temporárias; Temos uma voz forte e audível quando sabemos o que dizer e uma total ausência de palavras quando permitimos que falem por nós; Temos saudade do que não pudemos viver e uma desilusão imensa perante momentos mal vividos. Temos certezas que mais não são do que dúvidas camufladas e umas quantas dúvidas que rapidamente passarão a certezas, entre elas à conta do que nos mostram os outros; Temos tanto tempo para recuperar e tanto tempo perdido em vão, sobretudo com quem nada nos acrescenta; Temos e teremos sempre, em algum momento da vida, situações desafiadoras e que nos testarão, mas também temos, os mais afortunados , as pessoas certas para nos verem cortar a meta. Temos, hoje ainda, a possibilidade de fazer o amanhã de forma diferente.
21.11.21
Dias de sol na alma!
Bastas-me tu e o resto aguento!
Basta a chegada de alguém, um olhar diferente e uma determinação que quebre teimosias para que se mude e melhore. Basta a inocência nos sentimentos e a verdade nas palavras para que se desista de desistir do amor e se recomece, uma vez mais, desejando que seja a última. Basta que tudo seja suave, sem lutas internas nem demoras em lugares escuros, para que a vida clareie e os sorrisos se ampliem. Bastarás tu, aqui e neste meu momento, para que não precise de mais ninguém.
As capas que usamos para nos escondermos dos outros, por vezes impedem-nos de simplesmente mostrar a "pele" e de baixar os braços, parando de lutar contra o vento, males emocionais e invisíveis, aceitando o abraço que nos salvará. O passado, ao qual vamos concedendo demasiado poder, encolhe o nosso presente e arrasta-nos para invernos que se colam à alma e ameaçam permanecer para sempre.
Basta um toque, uma mão estendida e a segurança que engana os medos, para que tudo o resto valha a pena!