29.11.21

O que esperas ainda do teu ontem?

novembro 29, 2021 0 Comments



Por onde andam os amores que carregam entrega, compromisso, dádiva e respeito? 

Não nos devemos demarcar da realidade, da história que nos trouxe até ao hoje com que nos presenteou a vida e da verdade de que somos todos feitos, porque a premente necessidade de sonhar e embelezar o que até foi feio, pode passar-nos rasteiras que nos custarão muitas mais horas sem sono.

"Que haja hoje para tanto ontem" - exclamou Paulo Leminski num poema. Se o "passado" resolver bater-te à porta, abre-a, escuta-o, mas não te demarques do presente, dourando de forma ingénua o que aconteceu realmente. Não te agarres demasiado ao que não tiveste forma de viver, achando que o farás agora. Usa o teu livre arbítrio e coloca no lugar tudo o que já lá deveria estar há muito. Sê razoável e consciente, acordada e pronta para encerrares, de vez, o que o presente te exige, de contrário nunca viverás em pleno o futuro.

Onde estavas verdadeiramente quando até te provei que te deverias manter por perto para que fossemos ambos completos e mais felizes? O que terias que ter sentido mais, para que não precisasses de me querer enganar? Para onde achaste que iríamos ambos, depois de nos afastarmos do que já era o nosso lugar? Somos histórias com capítulos que não se complementaram, apenas obrigaram a mais páginas, mas as restantes foram todas escritas por mim, por isso cuidado com o que achas poder trazer, porque na verdade deixaste de me fazer falta, tal como tanto parecias desejar.

Para onde vão os amores que não vingaram, mas que insistem em não morrer?


Places I still need to be in!

novembro 29, 2021 0 Comments
Sue Amado´s photo


O frio chegou e instalou-se. O inverno corre a todo o vapor, mas estou finalmente a usufruir de cada estação sem reclamar demasiado, é que no final das contas, tudo importa e faz parte do nosso percurso.

27.11.21

Mais um Natal sem ti!

novembro 27, 2021 0 Comments


Mais um Natal a caminho e mais umas quantas lembranças de quem nunca saiu de mim verdadeiramente!

É no Natal que pareces fazer-me mais falta. É em cada um que recordo, com um sorriso tímido, as gargalhadas que me oferecias e todos os abraços com que me envolvias, sussurrando-me que era o amor da tua vida. É a cada Natal, e já se passaram uns quantos, que sinto falta dos beijos que nos asseguravam do que nem nós podíamos, mas que desejávamos mais do que à vida que tivéramos até nos pertencermos. Será em mais um Natal, sem ti, que te voltarei a sentir a falta e a tentar colocar em perspectiva tanta recusa, tantos medos infundados e tanta falta de entrega e coragem. Será neste Natal que pedirei para que a espera termine e para possa finalmente aceitar que nunca mais teremos um Natal juntos.

Mais um Natal com o frio a colar-se à alma que ainda terá que viajar muito para te reencontrar. Mais um Natal em total silêncio e tendo TANTO para te dizer. Mais um Natal para que me recorde, com ainda mais firmeza, de todos os momentos em que nos tivemos, mas em todos os que nos negámos, tu por falta de um amor verdadeiramente grande, maior do que o teu ego e eu por me recusar a implorar-te pelo que acreditava ser nosso por direito. Mais um Natal de coração vazio, mas já sem a mente a florescer de sonhos que nunca passarão disso mesmo. Mais um Natal a desejar que termine rapidamente e com ele todas as lágrimas que já não correm, mas que me escureceram tanto, que deixei de ver as cores que me iluminavam os dias e faziam brilhar os olhos. Mais um Natal a pedir que me seja concedido o direito de deixar de te amar.

Que o próximo Natal me renove a certeza de que ainda terei muitos com a pessoa certa e que nesses já não me roubarás os sorrisos.

Por onde anda a felicidade?

novembro 27, 2021 0 Comments


De uma forma ou de outra, acredito que buscamos todos o mesmo, amor, colo, companheirismo, amizades sinceras e verdade, sempre a verdade, não importa a dor associada e o tempo que a levamos a encaixar. Somos algo diferentes na resiliência e coragem, mas no final de cada somatório diário, a felicidade é tudo o que nos move.

Quem ainda a procura, a tal da felicidade? Quem não desiste de a encontrar, até quando parece ter emigrado para um planeta distante? Quem já percebeu que a felicidade é não mais do que um estado de espírito?

Somos todos fruto duma história única e talvez por isso tenhamos linguagens distintas dentro do que até deveria ser uma língua universal. Não nos entendemos por escolha e não raras vezes até padecemos do mesmo. Somos, a cada dia, mais individuais e menos habilitados a sonhar no colectivo, talvez por isso os sonhos sejam TÃO difíceis de conquistar. 

De que forma poderíamos deixar ir o que não nos permite estar verdadeiramente "aqui", o único lugar que temos? De que forma arranjaremos forma de reconstruir o modelo que deixámos partir? De que forma ainda nos poderemos salvar de nós mesmos?

25.11.21

A natureza no seu melhor!

novembro 25, 2021 0 Comments
Sue Amado´s photo


As cores arranjaram forma de compensar o frio polar. Nada como a natureza para nos colocar no nosso lugar, que por sinal é BEM pequeno!

Será que já te dás tempo?

novembro 25, 2021 0 Comments



De quanto tempo precisas para que o tempo já não seja uma questão e possas simplesmente usufruir do outro?

As desculpas que procuramos de forma a deixar passar o que deveria ser vivido activamente, sonega-nos a vontade de mudar padrões. Somos demasiado céleres a aceitar o inaceitável e quando "acordamos", já perdemos a passada, deixando tantas experiências por viver. Testa-te de quando em vez. Arrisca a ver o mundo de uma outra perspectiva e atira para o alto programas mentais que te sabotam a capacidade de crescer e melhorar como ser humano.

De quanto tempo precisas mais para amares verdadeiramente? Não serás bafejado mutas vezes, ao longo da vida, por amores que valem a pena, por isso e de cada vez que esbarrares num, vive-o intensamente e sem arrependimentos, porque o maior será sempre o de nunca tentares.

24.11.21

Sol ou lua?

novembro 24, 2021 0 Comments


De que forma se limpam as pessoas tóxicas e carregadas de tudo o que não lhes serve? De que forma sobrevivem aos olhares sempre tão negativos que devotam aos outros, quando na verdade apenas se estão a reflectir, vendo o que lhes "suja" a alma e escurece o coração?

Deve ser absurdamente difícil nunca estar de acordo, nunca ter qualquer empatia, ou sequer alguma felicidade pelo bem-estar dos outros. Deve magoar e derrubar, sentir que nunca se sente da forma certa e que a cabeça nunca se permite pousar e usufruir do simples e natural. Deve matar cada célula boa apenas procurar o pior de todos.

Os nossos dias nunca são iguais e a nossa disponibilidade emocional nunca estará sempre em alta, mas viver num eterno inferno autoimposto, só pode gritar masoquismo ou maldade pura. Criar uma identidade que nos classifique e com a qual possamos fazer o restante percurso até ao final indesejado, tem que ser consciente e diário. Libertarmo-nos da pele que nos esconde do mundo ao final de cada dia, sem que nos sintamos desprotegidos, tem que ser um item da agenda, de contrário seremos nós contra tudo e tudo será sempre muito.

De que forma ajudamos os mal-amados se serviço e escolher o brilho do sol ao invés da escuridão sem lua?