24.9.22
Se não sabes fazer, podes aprender!
Se não sabes fazer, podes aprender!
Há muito que me deixei de desculpas e por isso quando visualizo e acabo a desejar, ponho-me a caminho e faço acontecer. Tudo o que parece fácil, aos olhos dos outros, está a ser bem feito, mas o tempo, os momentos e todos os percursos, esses serão inteiramente nossos, muito difíceis alguns, mas com um sabor que mais nada nem ninguém consegue passar.
Quando o que sou precisa de mais "viagens" emocionais, inicio cada uma e vou com medo mesmo, mas indo sempre, de contrário nunca ficarei a saber se valeria a pena. Quando sentir da forma certa me acerta todos os ponteiros internos, reconstruo-me melhor e faço-o todos os dias, regredindo em alguns, mas compensando-os logo de seguida. Quando o que já tenho deixa de me bastar, corro atrás do que me preencherá um pouco mais e foco-me no que serei depois e por norma é bem maior.
Há muito que passei a perceber do que não percebem os outros, por incapacidade natural, ou por falta de vontade e amor próprios, mas também há muito que os deixo seguir com as suas vontades, fazendo com que as suas energias não dissipem as minhas. Há muito que sei que ser muito não passa pelo que mostro e a verdade é que me mostro pouco, mas pelo que me certifico que tenho para que continue a ter-me, até porque no final serei apenas eu com as minhas escolhas e continuo a fazê-las.
23.9.22
O Outono está aí!
Relacionamentos de caca!
Estou a uma unha de escrever uma dissertação sobre relacionamentos atuais. Os termos são mais do que muitos, é só escolher:
São as relações abertas, o poliamor, as trocas de casais, swings e outras variantes, mas até aqui tudo bem, desde que seja com o acordo das partes, cada um é livre de viver como deseja, onde a porca torce mesmo o rabo, é nas constantes traições emocionais e físicas, disfarçadas de "normalidade". Agora os chamados "normais" são considerados retrógrados. Pronto e parece ser este o caminho da evolução humana!
No meu estudo, a acontecer, terei que referir a insatisfação natural e constante de grande parte dos seres que povoam este universo, quer homens, quer mulheres. Só estão bem onde não estão (seguramente que isto vos faz recordar de uma música). Querem quem não têm e têm quem até deu algum trabalho a conquistar, mas após a conquista, o cansaço. Voltamos à história dos predadores, o que importa mesmo é a caçada, porque a caça em si...
Temos muita gente danificada por aqui, tanta que deveriam vir com um chip, ou algo que nos permitisse detetá-los a léguas. Não sabem do que padecem, por isso "medicam-se" a torto e a direito, mas sem prescrição adequada vão apenas atenuar a doença. Que se queiram manter doentes, é escolha própria, mas o constante arrastar de quem não deu para esse peditório, é que me remexe os fígados. Parecem ratos a sair da toca, mais desesperados do que os ditos cujos animais e só conseguem ver para a frente. "Quem é a próxima"?
Valha-me Nossa Senhora da Agrela, de onde vieram tantos imberbes? Não sei muito bem o que vos dizer ainda, mas prometo chegar lá, só tenho que os conseguir catalogar devidamente. Um dia volto.
22.9.22
Gostava de apenas querer!
Gostava de poder aceitar que qualquer forma de amor é amar, mas sou tão mais exigente agora. Gostava de poder simplesmente gostar, sem demasiados tratados ou esforços para que me soubessem aceitar. Gostava de entender do que ainda não entendem os que afinal até querem amar, mas estou quase a desistir.
Carregamos todos emoções que nos movem os sentimentos da forma certa, ou tão distorcida, que o resultado só poderá ser cada vez menos resultados e muita mais solidão. Parecemos andar em terrenos demasiado sinuosos e o fôlego quase que se vai, impedindo-nos de respirar de forma a termos o formato que serve. Sonhamos mais, mas queremos tão pouco dos sonhos que até nos manteriam vivos, que acabamos a morrer a cada sono adiado. Partimos de metas ilusórias e raramente chegamos a algum lugar e por isso os finais serão sempre os inevitáveis inícios.
Gostava de poder sorrir para os sorrisos que chegam até mim, sem duvidar das intenções. Gostava de poder ouvir exatamente o que as palavras carregam, sem que precisasse de as legendar. Gostava de poder manter o coração no lugar que lhe cabe, mas a cada dia é tanto o que deixa de caber, que vou deixando de o considerar, endurecendo a cada desistir. Gostava que querer fosse tão mais simples...
20.9.22
It´s raining on me!
Já te magoaram para lá da tua capacidade?
Já alguma vez te sentiste tão rasgada por dentro, mesmo após um amor que parecia rondar e te enchia do que desejavas conquistar? Alguma vez te sentiste tão enganada, usada e descartada, mesmo e quando supostamente estarias acompanhada e com a pessoa que vias como certa? Já alguma vez te doeu, verdadeiramente, a dor que te infligiram, quando apenas estarias a dar o melhor de ti?
Sei que nunca conhecemos alguém até supostamente a conseguirmos conhecer, mas algumas pessoas virão até nós com tantas máscaras, jogos injustos pelo desequilíbrio e tanto desamor, que até o que sentíamos nos deixa em pedaços difíceis de juntar. Sei que algumas almas andarão por aqui perdidas, mas ainda me custa entender o motivo pelo qual as atraio, sendo que mantenho a minha limpa e generosa para com os que amo. Sei que sinto demasiada dor por tanto desamor e uma enorme vergonha pela permissão que dei para que me magoassem.
Tenho um frio que se colou desde o momento em que todas as palavras que troquei se estilhaçaram pela falta de um dos lados, porque o que aparentemente existia, na verdade foi apenas muito desejado por mim. Tenho, agora, um olhar tão vazio depois de uma alma aparentemente tão cheia, que dificilmente voltarei ao ponto de partida, aquele onde ainda não perdera a fé no mundo.