30.9.20

O que é a vida para ti?

setembro 30, 2020 0 Comments



A vida vai rodando e rodando, até que chega o dia (apenas para alguns infelizmente) em que percebemos estar a fazer umas quantas voltas ao contrário e então paramos, reavaliamos e valorizamos o que tem verdadeiramente valor. Nunca como hoje dei tanta importância ao silêncio e aos momentos passados com aqueles que me estão mesmo na pele e sem os quais não vivo, apenas sobrevivo, querendo apenas estar envolta no que me melhora e faz pensar, sim porque pensar resolve os problemas do mundo. Estou em total sintonia comigo e com o que me rodeia e relativizo ainda mais, mesmo que tal já me parecesse impossível, os pormenores técnicos, as picardias humanas envoltas em tanta desumanização, a pequenez e a inveja que ataca os desarredados de generosidade e respeito pelos outros. A vida tem-me levado muitos para bem longe, mas eu apoio-a sem questionar, porque é mesmo verdade que quem não está comigo, sabendo de que forma me ler e respeitar, não estará de todo. Assim o proclamo em edital!


A vida é muito mais simples do que nos parece, mas parece que decidimos acreditar que complicar faz parte e que só seremos parte de algo e de alguém se olharmos para o todo com preocupação desmedida e medos infundados. A vida é o agora se o soubermos respirar, mas será igualmente o depois, o que entretanto passou e nos fugiu sem que nos déssemos conta. A vida é o amor que podemos colocar em tudo, porque sem ele não somos muito mais do que o pó em que nos tornaremos. A vida és tu quando mereces ser reconhecido por mim e sou eu porque me valorizo o bastante para que desejes saber quem sou. A vida é isto que tens, porque não almejaste a mais, ou é tudo o que finalmente conquistaste, porque nunca te inibiste de sonhar, criar e fazer acontecer. A vida, para mim, tem que ser a cada dia muito mais e tem que me dar muito mais do que já visualizo, porque é na grandeza que descobrimos o que engrandece todos os outros e nos coloca na única posição desejada, bem à frente.

29.9.20

Não há melhor disfarce do que o medo!

setembro 29, 2020 0 Comments



Não há melhor disfarce do que o medo, porque dele ninguém se quer aproximar demasiado, não quando já tanto abunda por aí. Do medo foge-se como que da morte e no entanto há por aí tanta gente a morrer de medo do que supostamente os deveria manter mais vivos. O medo de perceber e sentir o medo dos outros só amplia o nosso e isso já o saberemos todos!

Ter medo e mostrar medo, encolhe as possibilidades e afasta as oportunidades, até as que estariam visíveis se ao menos não fugíssemos da vida. Mostrar medo empodera quem nos diminui por determinação e enfraquece quem nem chega a perceber porque razão sente medo, mas que se cola ao conforto que ele provoca. Provocar medo, ui, isso já muda muita coisa, muda sobretudo os alvos e as reacções. Provocar mais medo em quem já o bebe mal acorda e adormece a desejar que ele não se afaste demasiado, diz muito de cada um.

Não há melhor forma de vencer uma luta desleal do que usar o medo, mas vezes há em que ele riposta e origina toda a confusão que se instala e recusa a sair. Tenho por isso cada vez mais medo da forma como poderei reagir ao medo que os outros tentarem incutir em mim, porque a acontecer verão uma faceta assustadora de quem sabe como se manter à tona de qualquer "sujidade" emocional, porque mesmo que nunca o tenha usado para me valorizar, sei bem ao que sabe.

Nada como um bom medo de estimação para passar ao lado de tudo o que viver de forma livre representa, por isso escolho a valentia até nas dúvidas, de contrário não adiantaria andar por aqui.

28.9.20

Deixámos de ter medo os dois!

setembro 28, 2020 0 Comments



Deixámos de ter medo os dois, mesmo que tenhamos ainda muito para recear. Aproximámo-nos tanto agora, que todas as falhas de antes deixaram de fazer sentido. Impedimos todos os outros de nos estragarem o ar que só respiramos porque existimos, porque pensamos os pensamentos que já eram partilhados muito antes de existirmos e existir só faz sentido se permanecermos. Deixámos de apenas querer, agora queremos justificando todos os movimentos que os amantes coordenam porque de outra forma ficariam descoordenados. Deixámos o mundo com pouca margem de manobra e começámos a manobrar o nosso tempo, os nossos momentos e todos os olhares que nos devemos. Deixámos de ter o que responder aos que nada têm, porque para nos termos realmente, o que não serve terá que ficar demasiado longe. Deixámos para lá tudo o que não nos melhora, mas não deixamos de nos dizer o que passou a importar demasiado para não ser dito.

25.9.20

Mesmo que mude a frequência...

setembro 25, 2020 0 Comments



Mesmo que me diga que não deves ser a razão pela qual todos os meus desejos nascem, o meu coração galga os muros emocionais e reencontra-te em cada sonho. Mesmo que a minha cabeça lute contra a vontade que tenho de te segurar as mãos que tantas vezes me retiras, continuo a querer remendar o que quebraste, mas apenas para quebrar ainda mais uns quantos desejos. Mesmo que a tua responsabilidade seja nula no que diz respeito à minha felicidade, responsabilizo-te pelo amor que me implantaste e que tanto quis fazer crescer. Mesmo que já não sejas capaz de entender que preciso de ti para ter uma razão para continuar, continuo determinadamente à espera te transformes na pessoa que criei e que nunca será real. Mesmo que o tempo me fustigue o olhar cansado de te procurar, escolho ver o que escolhi quando te encontrei, porque a verdade é que o amor só existiu num dos nossos corações e não foi decididamente no teu. Mesmo que doa sentir que nunca sentirás nada por mim, continuarás a manter este sonho inteiro até ao dia em que alguém sonhe comigo e mudemos a frequência e as batidas dum coração que sempre soube o poder que carrega. Mesmo que sangre hoje, amanhã o dia trará os sorrisos que me curarão de ti. Mesmo que já nada mais me possa dizer que te apague, vou esperar que me diga o que é certo e deixes de ser a energia que me movimenta e alimenta o que ainda me restou. Mesmo que ainda saiba muito pouco, vou certamente saber que o final de ti apenas representa novos inícios e estou claramente a precisar que cheguem...

23.9.20

E se terminasses hoje?

setembro 23, 2020 0 Comments



E se terminasses hoje? E se o que te faltava já não tiver forma de ser feito? E se o teu amanhã nunca mais amanhecesse? E se os planos que adiaste por cobardia e para que não desiludisses os que te desiludem a cada dia, fossem indefinidamente adiados? E se começasses mesmo a perceber que afinal nunca percebeste nada e que agora também já de nada te adianta?

Começa hoje. Resolve-te hoje. Avança hoje e desiste hoje de seres apenas uma metade do teu todo. Hoje é um dia tão bom quanto qualquer outro, até porque podes já nem ter um amanhã...

O que é que já aprendeste com a idade?

setembro 23, 2020 0 Comments



O que é que já aprendeste com a idade? O que é que te permites agora que sabes quem és e que te reconheces em cada sentimento? O que é que o mundo te consegue ainda dar e de que forma te dás agora, retirando o que já não deve permanecer?

Mais velho, mais sábio! Deveria ser desta forma, mas o formato de muitos que escolhem envelhecer mal por não serem capazes de largas as amarras que os prendem à angústia e à culpa que arremessam aos outros, não lhes acrescenta qualquer sabedoria. Crescer emocionalmente resolve tantas questões, das pequenas às aparentemente gigantes, porque elas terão sempre a dimensão de quem as olha. Olhar para o agora, quando resolvemos o antes, imprime uma certeza absurdamente coerente ao amanhã e no meu amanhã vou querer-me bem maior e muito mais capaz de me superar neste desafiador e frágil equilíbrio a que chamamos de vida.
O que é que acreditas ter armazenado que te possa verdadeiramente servir enquanto continuas a tua caminhada? O que é que vês enquanto te olhas e prossegues ainda mais determinada? O que é que te falta ser e saber? O que é que ainda não saboreaste e que lugares ainda não te acompanharam? O que é que podes refazer enquanto fazes acontecer tudo à tua volta? O que é que ainda esperas para começar?

22.9.20

Muda-te para mudares!

setembro 22, 2020 0 Comments



Deixa-te ir devagar e embalada num ritmo que te faça sentido. Permite-te respirar de forma tranquila, deixando para depois o que não precisas de resolver agora. Aprende novas habilidades e usufrui do talento que afinal também tens. Reconhece-te nos silêncios, mas usa os sons para te dizeres o que precisas de ouvir. Procura o teu equilíbrio, ou permite que te encontre enquanto te manténs disponível para este estranho, mas maravilhoso mundo novo. Faz diferente, faz melhor, faz com alma e entrega. Faz o que apenas faz bem e nunca te faças mal, esquecendo-te de que és a pessoa que importa mesmo. Faz por saberes como se faz, mas não deixes de fazer por ainda não saberes.

Permite-te apreender o que te rodeia e percebe, em cada novo acordar, o que precisas verdadeiramente de mudar para que mudes da única forma possível, a que estará sempre certa. Permite aos outros que te entendam e reconheçam e facilita o processo que te facilitará o percurso. Permite-te ser mais e melhor, porque mesmo que tenhas deixado de acreditar, poderás ter sempre uma nova versão e ser a pessoa que a tua pessoa interior identifica.
Fica contigo mais vezes e abstrai-te dos que apenas te consomem e te impedem de estar alinhada com a tua energia. Fica no teu lugar seguro, mas arrisca novos, porque até os mais distantes e irreconhecíveis se poderão tornar surpreendentemente naturais. Fica em cada momento como se fosse o único e estarás a replicar muitos mais.