30.11.22
Ninguém escolhe amar!
Ninguém escolhe amar, mesmo que seja o sentimento mais desejado, quando é genuíno e recíproco. Ninguém escolhe a quem amar, até quando alguém nos entre olhos dentro e quase se recuse a abandonar o coração que vamos fustigando, usando e abusando da sua capacidade de se restaurar. Ninguém espera ser escolhido apenas porque sim, por norma romantizamos os comportamentos, esperando demasiado das emoções. Ninguém espera pelo momento em que não terá a quem amar, simplesmente por ser TÃO difícil ser amado.
Mesmo e quando permitimos que os sentimentos entrem e se instalem pelo tempo que entenderem, precisamos de entender que mandamos muito pouco, gerimos quase nada e apenas sabemos do que vai acontecendo à velocidade da vida, porque ela sim tem os planos bem definidos. Mesmo que queiramos acreditar que o amor que nos serve chegará eventualmente, a verdade é que nada nem ninguém se atreveu a garanti-lo.
Soluções? Não tenho, lamento, mas sempre podem ir vivendo e esperando aprender algo no processo.
29.11.22
Estou claramente diferente!
Sei que estou diferente, mas para melhor. Sinto que passei a sentir da forma certa, sem precisar de me cobrar em demasia, porque sou sempre muito mais exigente comigo e em primeiro lugar. Estou diferente porque precisei de dar alguns passos atrás para avançar com mais determinação ainda, mas já estou a conviver melhor com as minhas diferenças, até porque deixei de gostar do que parece tornar os outros demasiado "iguais".
Sei que o lugar onde me posiciono diz tudo sobre quem sou e do que consegui aprender comigo e com os que também andam por aqui. Sei que já não me perco em olhares que não deixam ver o que interessa e sei que saber demasiado incomoda os preguiçosos mentais. Sei o que preciso de saber de cada pessoa que cruza o meu caminho e o que permitirei que saibam de mim.
Estou diferente para alguns, é um facto e para uns quantos nunca mais voltarei a ser igual!
28.11.22
Já sei do que me vou arrepender!
Já sei do que me vou arrepender e de quantas saudades sentirei do que não fui capaz de manter!
27.11.22
Como é que se volta a confiar?
Como é que se volta a confiar quando tudo o que sabíamos ser errado nos é erradamente dado a provar?Onde é que se define a linha, cada vez mais ténue, entre o que é certo e o que será inequivocamente distorcido e impossível de aceitar, mas apenas para alguns? Como é que se sobrevive ao desamor consentido?
Vamos ter que permanecer no percurso que nos trouxe até ao que fizemos por construir e do qual afastámos o que não poderia fazer parte dos nossos dias. Vamos ter que nos manter firmes no propósito de não ceder ao comum, sendo positivamente diferentes, mas bons. Vamos ter que usar de toda a força que sempre acreditámos possuir, para que ninguém nos quebre, mesmo quando nos vergarem. Vamos ter que acreditar que um dia tudo valerá a pena.
26.11.22
25.11.22
Já me disse muitas coisas...
Já me disse muitas coisas, que ficaria bem e que saberia de que forma aceitar o que não me serviu. Já me disse que apenas iria querer quem me quisesse, saboreando o verdadeiro sabor do que é real, mas também me disse que nunca terei como controlar de que forma os outros desatam a querer. Já me disse que não precisava de ser salva por ninguém e prometi-me um chão firme e menos solitário até quando me sentisse sozinha. Já me importei mais com os que chegavam, mas passei a sentir-me assustadoramente indiferente e egoísta, porque apenas assim pareço ser capaz de me proteger. Já me disse as palavras que outros deveriam ter soprado, mas fi-lo sempre e de cada vez que precisei de me reerguer. Já me disse que era muito, mesmo que vá precisando de me recordar de quem sou na realidade. Já usei palavras duras comigo, para que não me contentasse com o pequeno e já quase que aceitei migalhas para justificar o amor que apenas eu sentia. Já me disse que tudo acabará por ficar bem, porque assim será e porque continuo a saber o que preciso de ser para ter. Já me disse tudo, agora preciso apenas de o começar a fazer.