29.12.22

Porque é que me olhas assim?

dezembro 29, 2022 0 Comments

O teu olhar move-me!


Porque esperas que o meu corpo não reaja, ou que não se arrepie quando me tocas? Sabes que sem ti não avanço, que o meu sal não se dissolve, que deixo de ser mulher e de permitir que escorra pelo meu corpo todo o prazer que me ofereces. Vem agora. Não me olhes assim. Entra em mim, toma-me, deixa que sinta o teu peso e que me afogue nos beijos que prolongas até que pare de respirar. 


Não me olhes assim, pega-me, leva-me, inunda-me de tudo o que tens e sem o qual apenas sobrevivo. Não é possível nem humano que necessite ainda mais de ti. Bastam-me as tuas mãos para que te obedeça, para que me entregue e pare de lutar. Estou a sorrir-te e a dizer-te com tudo o que tenho dentro e fora de mim que apenas tu consegues o que julgava esquecido. Estou a sonhar-te, másculo, pronto e inteiro só para mim, para me dares uma e outra vez, tantas quantas aguentar, dor, sangue, calor, pecado, tu!

Sinto o meu corpo subir, porque o teu colo preparou-se para o que sei que virá a seguir. Estou pronta e sei que amanhã ainda nos enroscaremos mais em nós mesmos. Amanhã ainda sentirei a tua boca que cobrirá cada infinito pedaço de um corpo que é meu, mas que já te pertence.

Não me olhes assim que me enlouqueces de um prazer que apenas acontece contigo. Estou quieta, mas pronta, porque depois do teu olhar o mundo lá fora deixa de existir!

28.12.22

Será que teremos forma de controlar a vida?

dezembro 28, 2022 0 Comments

Tudo o que não sabemos!


Nunca teremos forma de controlar o que nos chega, quem nos entra coração dentro, nem nenhuma das possíveis pedras que possam surgir, porque a questão não será SE, mas QUANDO, no entanto temos escolha quanto à forma como reagiremos a tudo o que nos for sendo "oferecido". Nunca saberemos de que forma nos comportaremos perante o desafiante e menos generoso, não até que o vivamos e sintamos na pele. Nunca poderemos ou deveremos dizer nunca, porque a vida arranjará sempre forma de nos provar o contrário. 

O que não nos mata torna-nos mais fortes, mas também nos desgasta, impedindo-nos de provar convenientemente de qualquer sabor novo, talvez porque nos tornemos menos crédulos e passemos a duvidar até da sombra que projetamos. Este constante testar de forças. As perguntas ininterruptas que a vida nos coloca para que tenhamos certezas. O subir e baixar de muros emocionais e as idas e vindas para e de lugar nenhum, envolve-nos de mais sombra do que luz, mas tudo fará parte do percurso e ele será seguramente mais leve se já soubermos o que ser, quando e para quem.

Nunca poderemos encontrar respostas às perguntas que nos escudamos a fazer. Nunca saberemos do que sabe verdadeiramente o amor se não o tivermos desejado. Nunca teremos o sempre se ele nos assustar e fizer fugir do que afinal até nos sossegaria a alma. Nunca mais voltaremos a ficar prontos se duvidarmos de nós e dos outros.

27.12.22

Parts of me seem to have been ripped out!

dezembro 27, 2022 0 Comments

Empty hands and broken heart


Parts of me seem to have been ripped out. Time stopped running, or maybe it just went wild and free without me handling it right. Parts of my soul will never feel the world the same again, but that was probably meant to happen. Parts of my heart were glued to a new reality, to some of the bitterly sweet feelings that I need to absorb or let go. 

My deepest fears were tested to the limit. My hability to understand the floods, big waves and intense droughts, became noticeably weak. I never felt I could be on top of the world, so I kept on falling, deep into the darkness, failing to breathe properly, so afraid of never returning to life as I know it. My skills, the ones I thought I had, never showed up, and I let myself down every time. My tears had no taste, but my mouth was filled with flavours I don´t want to try ever again. My eyes saw the unthinkable, and my hears heard all the ugly words I dared to repeat. My hands became empty and so is everything else, for now.

26.12.22

Quero a minha vida de volta!

dezembro 26, 2022 0 Comments

Ucranian artist Tashe/Living my own life


Quero a minha vida de volta agora que já me encontro de novo em pé. Quero apenas voltar a querer tudo o que me é permitido querer e que cada olhar e palavra me enfeitem o coração de sorrisos. Quero a pessoa com quem já tinha aprendido a conviver, sem esforços, sem questões existenciais e com todo o conhecimento que o tempo consegue trazer. Quero a minha vida de volta para que a possa verdadeiramente viver, sentindo-me grata por cada acordar sem mágoas externas e sem as mentiras que sempre usam os que não gostam da força que a verdade carrega, porque não a reconhecem ou porque receiam a clareza e a luz que as ofusca. Quero a minha vida de volta estando no exato ponto e momento em que a perdi a troco de uma ilusão.

Já consigo ver a mão que estendo para abrir a porta da minha casa emocional, porque é lá dentro que não preciso de me refugiar dos que me ameaçam a sanidade e impedem de amar sem condições. Já consigo voltar a ser eu, tranquila, pronta para me sarar das feridas autoinfligidas e de todas as lágrimas que derramei quando me sentia incapaz de voltar a sentir. Já não anseio pelos abraços que me eram oferecidos qual presentes envenenados e que quase me marcaram para sempre o corpo e a mente. Já não desato a colorir o que sempre foi negro e dúbio e já não me demarco do meu papel em tudo o que permiti.

Quero a minha vida de volta, porque agora sei que não voltarei a subestimar os que ainda não sabem o que fazer com o amor que lhes chega.

25.12.22

Se este fosse o meu último chorar!

dezembro 25, 2022 0 Comments

Se ao menos amar não doesse!


Se este fosse o meu último chorar e se todas as lágrimas que derramasse me lavassem desta vez e nunca mais precisasse de as ver correr. Se o que ficou na minha mente e me encolheu o coração, hoje, simplesmente se esfumasse, terminando com o que parece querer acabar comigo. Se as minhas emoções me deixassem provar novos sentimentos, sentindo sem que a força tivesse que ser continuamente testada. Se a vontade de ser a tua mulher, sem qualquer pedido, porque o amor não se pede, e sem nenhum dos receios que nem as lágrimas lavam, fosse mais do que apenas vontade. Se sentisse que estaria a dar o melhor de mim, quem sabe não acabaria a receber o melhor de ti. Se chorar muito resolvesse, choraria tudo de uma vez só.

Tenho escolhas, teremos todos, por isso posso escolher parar e desistir sem olhar para trás. Tenho o que já sei de mim e de cada uma das coisas que me movem, levando-me para os meus lugares certos. Tenho certezas quanto ao que consigo continuar a sentir, mas também tenho uma enorme vontade de estar errada.

Se este fosse o meu único passo errado e se já não pudesse voltar aos lugares que me assustam pelas evidências. Se a minha coragem voltasse, intacta, pararia de esperar pelo que nunca chegou e que por consequência deixou de fazer parte das esperas que permanecerão apenas isso. Se este fosse o meu último amor, sei que teria amado como sempre desejei que me amassem de volta.

23.12.22

Quando é que escolhes acreditar?

dezembro 23, 2022 0 Comments

Quando acreditas, aceitas


Quando acreditas no que existe para além de ti, vês acontecer. Quando entendes que apenas acreditando te levarás até ao lugar há muito antecipado, escolhes o que não te poderá derrubar. Quando acreditas, e de alguma forma acabarás por o conseguir fazer, metade do trabalho ficará feito.

Quem é que te roubou os sonhos e arrefeceu o coração? Até onde te autorizaste ir para que continuasses a sentir-te parada, no mesmo lugar e ainda sem a pessoa que a tua precisa de ter? Quem é que te acordaria e permitiria adormecer de coração cheio, com todas as coisas boas que o amor provoca? Quem é que te deixa com vontade de cometer loucuras, subindo bem alto, até ao ponto no qual mais nada ficará por ver?

Quando acreditas que tens o que precisas para que te aceitem e acolham o que acumulaste, os obstáculos param de crescer de forma desmedida e tudo do que já és feita faz com que dê certo. Quando acreditas que o amor deverá colocar-te os sorrisos no rosto, arrancando-te os inúmeros franzir de sobrancelhas que te escurecem por dentro, passas a amar sem fronteiras intransponíveis. Quando acreditas que apenas deixarás de estar só se te permitires ver acompanhada, arredas os lugares únicos à mesa e na cama e abres os braços para quem te irá inevitavelmente receber.