14.4.12

Os três As...



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- Porque estás tão triste e abatida, o que foi que correu mal ontem Ana?

- Não quero falar sobre isso, desculpa, foi mau demais.

- Como assim mau? Explica. Foi o Artur? O que te fez esse estafermo?

Andreia nunca gostara muito deste relacionamento de ambos, Ana e Artur. Na faculdade eram muito próximos os três e chamavam-lhes os 3 As, mas nunca se tinham relacionado para além da amizade. Ficavam horas a fio a estudar e acabavam por vezes a dormir os 3 na mesma cama exaustos e Artur jamais olhara para qualquer uma delas com segundas intenções. No entanto agora já licenciados a trabalharem na área da publicidade, os dois As, Ana e Artur, começaram uma relação que parecia querer recuperar de todos os anos em que se conheciam. Artur estava a fazer um mestrado em Nova Iorque e tinha vindo passar duas semanas a Portugal, ficando em casa de Ana.

- Artur, pára amor assim magoas.
- Não vim de tão longe para parar, agora vais aguentar a minha fome de ti.

Agarrou-lhe o pescoço que começou a mordiscar, a lamber, e a procurar avidamente a orelha esquerda e depois a direita. Ana implorava-lhe que a beijasse, mas ele recusava, encostava os lábios aos dela, mas não permitia que as línguas se tocassem. Estava a enlouquecê-la e sabia-o. Sentou-a na mesa da sala derrubando tudo o que lá se encontrava com as mãos e ficou a olhá-la estarrecido, como era possível que nunca a tivesse visto antes? Sentado também ele numa cadeira, afastou-lhe as pernas e começou por lhe beijar os joelhos, sentia-a estremecer cheia de vontade dele.

- Quando estiveres sozinha… - Pegou-lhe na mão direita e colocou-a firmemente entre as pernas dela.
- Quando sentires falta de mim… disse colocando a mão dela no clítoris. – É isto que quero que faças.

Ana fechou os olhos e deixou que ele lhe movesse a mão. Era a mão dela, mas os movimentos eram dele e conseguia cheirá-lo e ouvir a sua respiração. Ele manteve o controlo, tocando-a e beijando-a para a obrigar a continuar, para acelerar os seus movimentos, para fazer pequenos círculos.

- Já não vai demorar muito mais disse-lhe.

Quero que contraias os músculos com força. Tenta espremer os dedos. Quase imediatamente ela começou a vir-se, sentiu que o sangue que voltara à cabeça a deixara tonta, sentiu a sala à roda e fechou os olhos. Quando os abriu ela olhava-a sorrindo.

- Ainda não acabou. Anda cá. Mas parece que já não precisas de mim.

Desta vez foi Ana quem o empurrou e começou a despir com sofreguidão.

- Deita-te, aqui já.

Artur nem queria acreditar, parecia ter despertado o vulcão. Era sempre tão comedida, limitando-se a deixá-lo comandar. Mas foi ela que o despiu quase arrancando os botões da camisa. Artur puxou-a pelos cabelos e beijou-a louco e esfomeado.

- Agora quero entrar em ti. – Agarrando-a pelas ancas penetrou-a sem qualquer cuidado, ouvindo-a gemer e gritar.
- Estou a magoar-te?

- Não. – Mentiu, sentindo todo o corpo latejar. Queria vir-se uma e outra vez, sentir o peso do seu corpo que quase a esmagava e roubava o ar, mas era assim que precisava dele. Arranhava-lhe as costas, mordia-lhe os ombros e gemia alto não se importando com os vizinhos.


- Mas conta afinal, porque dizes que foi mau demais?
- Acho que por esta altura já tivemos tanto um do outro que o Artur decidiu que mais alguém no percurso seria bem - vindo.

- Desculpa?

- Sim Andreia, ele achou que se estivéssemos os três juntos o nosso prazer iria aumentar, porque já nos conhecemos, porque gostava de me ver tocar-te e beijar-te, estas palavras são dele.
- E o que disseste?

- Que era louco, que o amava e que isso significava não o querer partilhar com ninguém, nem mesmo contigo.
- Ele sabe que já estivemos as duas?

- Não. Achas?
- E o que queres fazer?

- Já fiz, terminei e não dei qualquer possibilidade de reconciliação. Cada um de vocês me pertencia em separado, não permito que te toque, nem tu a ele…




2 comentários:

  1. Gostei! Gosto do modo como escreves, sem preconceitos, sem "entraves"! Continua!

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