Vazia, sem nada que valha a pena dizer. Sem saber como e para onde olhar. A falta de ti prova-me como estás em mim e porque já não terei forma de te tirar. Não quero deixar de funcionar, mas a verdade é que funciono melhor contigo por perto. Não quero sufocar-me no amor que te tenho, mas amo melhor se souber de ti e se te ouvir o tempo todo. Não quero estar sem as únicas partes do dia que me importam. Não quero e pronto!
A falta de ti faz-me derramar uma torrente de palavras, ou então secar tanto, que nem mover-me quero. Sentir a tua falta deveria ser bom, para me recordar do quanto estamos os dois para ficar. Mas sentir que não sinto se não estiveres, apaga-me a chama, derrete-me a alma e deixa-me a escorrer água em vez de sangue. Sei bem que não posso estar assim, que não posso parar-me, sufocando o que faço, porque o faço sempre, em primeiro lugar para mim e por mim. Sei que saber de ti me enche e preenche, mas vou ter que aprender a não te ter, quando não te tiver.
A falta de ti meu amor, parou todos os movimentos, gelou-me os membros, sobretudo as mãos, e impediu-me de pensar, de querer e de olhar para além de mim. Fiquei momentaneamente egoísta, sentei-me e recusei-me, a mim mesma.
Não me deixes, não com esta falta de ti!
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