Amei-te de forma desenfreada, porque te reconheci como a única mulher que poderia ser minha e quis-te tanto, que até me deixei morrer.
Esmeralda, tal como o nome e como a pedra, de um verde que os teus olhos carregavam e que os meus não podiam deixar de ver. Tu foste e serás sempre a outra metade de mim, quem eu amarei enquanto o amor existir, nos outros e pelos outros. Amei-te e desisti de ti por te querer mais do que a mim mesmo. Amei-te e decidi que não poderia deixar de lutar por ti, mas só até enquanto o sangue do meu sangue não se derramasse por mim.
Esmeralda minha cigana linda, mulher que me fez desejar manter todos os amores que o amor conquista. Por ti ando por aqui, como Entidade de Luz, a unir os que arriscam ter quem nunca poderá deixar de lhes pertencer. Sou o protector dos que trabalham incansavelmente, dos que lutam porque amam o que sonham e sonham conquistar o que os fará amar ainda mais, tal como sempre te amei a ti.
Ver-te dançar e sorrir com cada sorriso teu, era o que me mantinha vivo e a amar-te como muitos já serão capazes de fazer. Não morri, não morremos, mantivémo-nos muito para além do tempo como se conhece, porque por ti passei a tocar os que sabem amar incondicionalmente. Os que trabalham afincadamente, sobretudo com as palavras, para que outros possam sentir o que deixaram adormecer.
Por ti meu amor, toquei a alma e as mãos de uma mulher que teria que escrever sobre nós, oferecendo-nos a história que a nossa história criou. Por ti meu amor, levanto a taça de um vinho doce e dou a provar a quem nem gostava de beber, o sabor do amor numa forma e formato que apenas conseguem os que prestam mesmo atenção.
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