Desculpa, mas não podia ter ficado, porque não te iria fazer feliz. Não tinha o que procuravas e julgavas ter encontrado em mim!
Sei que te deixo furiosa sempre que digo que se pode amar tanto, que deixar ir será a maior prova, mas é o que sinto, foi o que aprendi e percebi que não te servia nem bastava;
Sei que te desiludi, que procurei o mais fácil para mim, e que nunca estive como o estiveste tu. Mas mesmo sabendo que fui eu, não torna mais fácil o caminho, nem consigo deixar de sentir arrancar-me a alma de cada vez que te imagino nos braços de outro, a seres tocada nos pedaços de corpo que já foram meus, a cobrir-te a boca que me dizia, tantas vezes - amo-te homem da minha vida - beijando-me de forma tão sôfrega, que largar-te era morrer mais um pouco;
Sei que vais continuar. Que te vais reerguer, tu és assim, forte e determinada. Mesmo que te doa, não paras demasiado para que te pares completamente;
Sei que um dia me vou cruzar com a tua felicidade e ser tremendamente infeliz, mas fui eu que escolhi e fui eu que te perdi.
Desculpa, perdoa-me como só tu sabes. Não te posso pedir mais nada, mesmo que me apeteça gritar-te que venhas até mim e me arrastes para o único lugar onde serei feliz, ao teu lado. Sabes, a cobardia tem duas faces, a que decide, demasiado rápido, em fuga e a que se recusa estender a mão com medo de a ver recusada. Desculpa meu amor e por favor, não sejas já demasiado feliz sem mim. Deixa-me sonhar-te mas um pouco, deixa-me crescer no egoísmo de te saber sozinha, mais um pouco, até que me acorde, verdadeiramente, do maior erro da minha vida!
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