Tal como comentava hoje com uma boa amiga, o pior do mundo virá sempre dos mal-amados, porque eles são uma espécie de bactéria sem qualquer antivírus conhecido ou por inventar. Os mal-amados arrasam tudo e todos à sua passagem. Não gostam de nada e culpam o tempo, o mundo, os outros, mas nunca a si mesmos pelo desamor instituído. Os mal-amados, como se percebe, nunca foram amados e por consequência não sabem amar.
Como se identificam então, para que possamos fugir deles a sete pés? Pois, esta é a parte irónica da coisa, é que na verdade estamos rodeados deles por todos os cantos da nossa vida. Estão em maioria e governam até os governantes. Têm posições de destaque e por isso estamos todos sujeitos às suas garras invisíveis. Nunca têm soluções, apenas problemas e mesmo que tentassem com toda a força que devem possuir, jamais teriam forma de dar uma resposta que fosse, a uma pergunta mais complexa. Para eles tudo tem uma dimensão gigantesca e até os rios correm ao contrário.
Fujam dos mal-amados e fujam de vocês mesmos se apresentarem algum sintoma estranho. Não queiram ter do vosso lado quem nem saiba dar nome ao que aparentemente diz sentir e mais ainda do que fugir, não queiram sequer chegar perto de um ou de uma, porque certamente acabarão contaminados pela negatividade instalada, é que para se ser mal-amado já se calcorreou muitos quilómetros e dificilmente os conseguirão bater.
Se já vivem com um, resta-me desejar-vos muito boa sorte, uma dose reforçada de paciência e sorrisos aos magotes para combaterem a capa negra que os envolve!
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