Tremores daqueles que vão tão fundo que quase nos rasgam em mil pedaços até já não os sabermos juntar. Tremores que nos provam a nossa humanidade e o quanto somos vulneráveis aos ventos e às vontades. Tremores que chegam quando não queríamos, mesmo que soubéssemos que viriam. Tremores que quase nos retiram a fé nos outros, mas que também nos recordam do que continuamos a querer para nós.
Não adianta olhar para trás e procurar as brechas, o que ficou mal colado e o que não se soubemos dizer, atempadamente. Não adianta sequer acreditarmos que poderíamos ter feito melhor, porque certamente que fizemos o que era possível. Não adianta querermos que a noite volte, aquela, porque as que chegarão serão novas, com outros ares e luas diferentes. Não adianta perguntarmos porquê e decidirmos que nos iremos fechar aos sons, porque o amor que nos fazia falta, acaba sempre por chegar.
Os meus tremores pareciam-te infundados, mas não tiveste como os tirar, nem foste capaz de me assegurar que não deveriam ficar. Os meus tremores eram da falta que eu já sabia que iria ter de ti!
2 Comentários
Nostalgias
ResponderEliminarTrue!
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