Porque é que o amor dói? Não era suposto, mas a verdade é acontece na mesma proporção de todo o prazer que provoca e da energia com que nos inunda. Não sou especialista, nem pretendo, até porque não tive amores que bastassem para que me "licenciasse" e pudesse dar formação, no entanto já percebo melhor os seus contornos e de tanto procurar ser imune, desenvolvi uma vacina poderosíssima.
A ideia que fazemos do amor que nos chega é que dói, as dúvidas ensombram-nos e impedem-nos de ver o óbvio; o limitar de palavras, com receio de dizer em demasia, ou dizendo até o que não cabe, passa a exigir-nos uma tabela que ainda não dominamos; a projecção no outro de quem idealizámos e poderá nem existir, persegue-nos e provoca constantes avaliações de todo exactas. Claro que não estamos a falar duma ciência e quando a emoção está em primeiro plano, a razão perde-se e perdemo-nos nós do essencial.
Porque é que o amor dói? Porque não sabemos como desapegar e queremos possuir o que não nos pertence. A outra parte inteira não tem que nos completar ou reduzir a distância entre o que ainda nos falta, porque a acontecer a taxa de insucesso será ainda maior e a probabilidade de nos desiludirmos aumentará, mas a verdade é que acontece exactamente assim, na grande maioria das vezes. O amor dói quando entregamos ao outro a chave da nossa felicidade e esperamos, muitas vezes numa espera desesperante, que corresponda na íntegra ao que determinámos. O amor dói se não vivermos o presente e estivermos constantemente a tentar controlar cada segundo e pensamento. O amor dói mais quanto mais inseguros formos.
Recomendo doses reforçadas de auto-estima, tomadas várias vezes ao dia e sugiro avaliações periódicas fundamentadas, é que TUDO na vida nos dá sinais e alguns bem luminosos. Sejamos mais leves nos sentimentos e usemos de bom-senso para que possam
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