Sabes que não estás fechada ao amor, até porque continuas a amar, mas acreditas cada vez menos que chegue e se consiga instalar!
O lugar de hoje seguramente que não será o de amanhã, tal como as pessoas que vão e que vêem, trazendo o que nem sempre nos preenche e levando o que por vezes tanto nos levou a conquistar. O que vivemos enquanto o fazemos connosco e o que nos fazem viver, com sabores doces e uns quantos tão amargos que nos selam o coração, seguramente que terá um propósito, mesmo que o acabemos a entender tarde de mais.
Sabes que o que tens não é certo, se o que dás não produz eco e te enche de silêncios ensurdecedores.
Os amores que viveste terão que servir de bitola para os que chegarem. Os beijos que te inundaram corpo e alma de sensações únicas e reais, jamais poderão ser replicados pelos que forem apenas e tão somente beijos. Os sons que usares, achando que os terás de volta, apenas te deixarão com ainda mais silêncios, mas os olhares sem gente dentro mostrar-te-ão o que terás que ver para permaneceres viva.
Sabes que fizeste tudo quando já mais nada se te impõe fazer.
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