A meio caminho de casa, com mais de metade dum tempo e lugar que não previra, nem antecipara. A meio caminho de regressar para o que conheço, reconheço, mas mudo, renovo ou adapto, para que me mantenha como sou por dentro, inquieta, mas ainda assim numa quietude que me segura a cada dia mais.
A meio caminho de retomar os sabores, os sons e cada nascer e por do sol. A meio caminho de me regenerar o suficiente para agradecer, verdadeiramente, por tudo o que tenho e por cada uma das pessoas que fazem esta caminhada comigo. A meio caminho de acumular ainda mais caminhos que me permitam continuar a evoluir, conhecendo-me bem melhor e sabendo que já sei de quase tudo o que preciso, para fazer bem as coisas, fazendo-me cada vez mais e melhor no processo.
A meio caminho de regressar para a casa que transformei em lar, inteira, mas já limpa de alguns dos pedaços que me prendiam nem eu mesma sei ao quê. A meio caminho de casa, ansiosa, mas resistindo à ansiedade que poderia estragar o que ainda preciso de experienciar. A meio caminho de já saber o caminho que farei, igual geograficamente, mas tão diferente que quase duvido do que fiz e superei, superando-me. A meio caminho de mais feitos e de ainda mais sonhos. A meio caminho de casa, porque é para casa que preciso sempre de voltar. A meio caminho da casa que já não está vazia e onde cada parede respira da alma e do coração que coloco em tudo o que faço. A meio caminho de ter o meu caminho de volta!
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