Já alguma vez quiseste alguém mais do que a ti mesma, mas apenas para perceber que nunca serias tão importante quanto a importância que davas? Já alguma vez sentiste que mesmo dizendo tudo, jamais ouvirias o que te mudaria os dias? Já alguma vez tiveste a certeza de que encontraras quem te manteria o coração no lugar certo, mas sem que pudesses aquecer o coração que o teu escolhera? Já alguma vez choraste tanto que te sentiste secar por dentro?
O amor não contempla dúvidas prolongadas, nem tentativas repetidas até à exaustão. Ter o coração ocupado com quem nos remove a paz e gela as extremidades, não justifica o que possamos sentir, até porque nunca o poderemos fazer sozinhos. O amor chega quando bem entende e por vezes só entendemos, mais tarde, o motivo pelo qual nos reaqueceu cada membro entorpecido. O amor que sei poder dar nunca me foi dado da mesma forma, não ainda e seguramente que não enquanto continuar a escolher quem não me escolheu. O amor, esse estágio compreensivelmente sonhado, apenas toca uns quantos, e desejá-lo com todas as forças que sei ter, jamais me fará chegar como sou na verdade, não para quem me inundar de mentiras.
Já alguma vez sonhaste com um fim anunciado, acordando com a sensação de que tua luta inglória terminara?
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