27.9.24

Quem?

setembro 27, 2024 0 Comments


Quem é que não gosta de ser gostado? Quem é que fica insensível perante palavras que nos levantam a moral e sobem o ego? Quem é que pode dizer que não precisa de ser a pessoa especial de alguém?

Os dias ficam sempre um pouco mais plenos, doces e revigorantes, se o que nos disserem souber a verdades inegáveis. Os sentimentos que juntamos às emoções de que somos feitos, fazem de nós pessoas mais tranquilas e naturalmente desejáveis. Os olhares que nos olham dentro e as promessas sem palavras, mas tão audíveis e seguras, asseguram-nos de que estivemos à espera por um motivo maior.

Quem é que não precisa de saber que faz falta e que serve, num encaixe perfeito, a quem nos escolhe sem reservas? Quem é que alguma vez poderá desistir de acreditar no amor se o conseguir ver, sem camuflagens, no olhar de alguém?

21.9.24

Deveria ser fácil amar!

setembro 21, 2024 0 Comments


Será expectável que saibamos de onde nos surgirá um novo amor, e a contecer quem é que nos garantiria que a paixão, envolta em muitos desejos de um futuro comum, seria verdadeiramente real quando esbarrássemos no, ou na tal? 

Deveria ser-nos permitido um pequeno espreitar do que nos espera enquanto esperamos por quem nos deixará de coração acelerado. Deveria, em todas as etapas, ser possível antecipar cada emoção, bem como todas as voltas e reviravoltas que acabaremos por dar por nos dar-mos tanto. Deveria acontecer, pelo menos uma vez na vida de cada um de nós, um amor maior do que alguma vez conseguiremos ser, porque apenas assim TUDO valeria mesmo a pena. Deveria ser fácil amar, logo de início, quem já nos tivesse escolhido amar.

Será expectável que saibamos distinguir o desejo do interesse que sentem os que apenas nos desejam sentir? Será realista que nos mantenhamos apenas no topo da realidade que nos salvaria de inúmeros males de alma, ou será tão simplesmente natural que nos deixemos ir, aproveitando a viagem? Será que conseguiremos sair ilesos de uns quantos desamores, por termos sido, algures, num passado agora longínquo, verdadeiramente amados?

Deveria ser fácil amar!

20.9.24

E se de repente fizer sentido?

setembro 20, 2024 0 Comments



E se de repente descobrires que tens o poder de reescrever toda a tua história, incluindo novas personagens, mudando os cenários e adaptando o roteiro? E se na força de tudo o que quase te derrubou, descobrires do que és verdadeiramente feita e fizeres ainda melhor? E se os "ses" implesmente deixarem de existir e te virares para os lados que mudarão cada um dos que, teimosamente, mantiveste escondidos? E se um dia, não do nada, alguém te voltar a recordar do quanto és especial e acreditares?

Vou percebendo, verdadeiramente e cada dia mais, que temos o que somos e que emanamos, sem qualquer margem para dúvida, o que passarmos a carregar. Talvez por isso tenha deixado de querer por metades e sobretudo a não querer ou permitir que me queiram por menos do que sou. Sinto que estou ainda mais madura e segura de que conseguirei ir onde desejar, ultrapassando qualquer desafio, por mais duro ou estranho. Vou percebendo de que forma sou vista e sentida e vou-me permitindo sentir de novas formas, ouvindo palavras que ninguém usara antes, evitando-me as desnecessárias repetições.

E se de repente perceberes que o teu "esforço" para que te entendam quando te ouvem, não acontece com quem aconteceu na tua vida? E se te deixares ir, vivendo e saboreando o que, a não ser muito mais, será uma deliciosa coleção de emoções a recordar? E se já tiveres encontrado quem te procurava?

14.9.24

E se?

setembro 14, 2024 0 Comments


Como seria uma relação sem os "ses" que me vergaram? Para onde poderia verdadeiramente olhar, sem receio do que pudesse ver e sendo olhada em todo o processo? Ao que me saberiam os beijos nos quais tivesse mesmo sido beijada, eu, por mim e comigo em cada um?

Saber quem sou, o que quero e preciso, nem sempre se afigura fácil para os que comigo se cruzam, talvez porque não entendam o quanto demorei até chegar "aqui". Saber o que tenho que repetir, até à exaustão se necessário for, torna-me mais segura e confiante, afinal de contas já são uns quantos anos a cuidar do que tenho dentro. Saber que nunca saberei tudo o que move os outros, ao invés de me derrotar, afasta-me das energias que não me servem e que fariam de mim alguém que não serviria aos seus.

Como teria sido a relação na qual me entreguei, como sempre faço, se tivesse existido o mínimo para ser considerada e que palavras teria ouvido, se me tivessem sido dirigidas?

11.9.24

O som das nossas vozes!

setembro 11, 2024 0 Comments

 


A tua voz sempre mexeu comigo, tal como a minha sempre te levou para lugares de desejo e sonho. O teu olhar, bem fixo no meu, de alguma forma sempre me desnudou, deixando-me sem defesas, ou sem qualquer vontade de me defender. A tua história sempre me intrigou, mas a minha nunca te deixou indiferente. Dizias que o nós teria que ter acontecido, ou de contrário tudo permaneceria num contínuo rodopiar sem direcção. A tua voz foi o que me acompanhou até quando não estiveste fisicamente e a minha entrou-te tão dentro, que a reconhecerias em qualquer outro mundo ou planeta, palavras tuas.

Nunca seremos indiferentes a quem nos parece destinado, tal como amais conseguiremos fugir do que antecipadamente nos entregaram, mesmo que demore. Reconheci-te de uma outra vida e percebi, no mesmo segundo, que te tinha reencontrado, não no momento certo, como se tal existisse, mas quando me fazias falta.

A tua voz foi, tantas vezes, a minha companhia ao acordar, porque me recordava de cada variação, emoção e sentimento e sempre que me deitava, pronta para me permitir estar pronta para ti. A minha voz colou-se a cada um dos sons que usaste para me "enfeitiçar" e é assim que permaneço, consciente de que nunca mais voltarei a ter uma outra que se assemelhe. 

8.9.24

Fui ao meu baú!

setembro 08, 2024 0 Comments



Fui ao meu baú e vasculhei todas as emoções que tive a felicidade de viver. Percebi o que já sabia, porque sempre soube que era muito coração, mas envolto nas razões que encontro para continuar a conseguir viver comigo. Fui espreitar o meu passado amoroso e não consegui deixar de sentir vontade de ter toda aquela vontade outra vez. A verdade é que já fui TÃO amada enquanto amava, que é seguramente por isso que assim permaneço crente em amores reais, verdadeiros e cuidadores. Já tive quilómetros de palavras que nunca soaram a divagações. Já fiz planos mentais enquanto me impedia de apenas reagir e já adormeci TÃO confiante em mim e em quem amava, que as forças redobraram, ampliando a mulher que sei ser hoje. Já fui inocente, por algumas horas, enquanto tentava, em vão, esquecer o mundo e apenas ser e sentir. Já fui a pessoa mais importante da vida de alguém, porque soube de que forma dar importância a quem mudava os meus dias. Fui ao meu baú amoroso e não conseguia parar de sorrir, sentindo a alma mais quente pela certeza de ter dado e sentido TUDO o que me cabia. Fui lá atrás, mas apenas para me assegurar de que a palavra amor esteve sempre ao meu lado e que JAMAIS descurei, nem por breves segundos, quem me trouxe o que hoje ainda permanece.

Sei ser eu comigo. Sei usufruir da minha companhia e sei como sentir o que nunca me inibo de passar. Mas sou capaz de repetir cada palavra pronunciada com sentimento e verdade, recordando cada emoção e sentimento e colocando-os nos tempos e momentos certos, porque foi por eles que mudei TODA a minha via emocional. Fui moldada pelo amor que senti quando quase tinha desistido de o voltar a encontrar e é por ele que agradeço, todos os dias, não apenas pelo que me fez sentir, mas pelo que aprendi enquanto me doava.

Fui ao baú das memórias e percebi quando nasceu a vontade de colocar por palavras o que julgava já não conseguir conter dentro. O meu primeiro livro foi escrito à velocidade de todos os sentimentos que estavam engarrafados e que alguém despertou, libertando-me. Fui ao meu passado emocional, permitindo-me o que faço questão de manter guardado, mas apenas para me certificar do que mereço voltar a ter o que já me pertenceu. Tenho uns quantos agradecimentos a fazer ao homem que me trouxe de volta ao que sempre fui, e mesmo que não o saiba, sabe o quanto foi amado e TODO o amor que me ofereceu enquanto e pelo tempo que sonhou comigo. Recuei uns quantos anos, tantos quantos usei para crescer emocionalmente e  voltei a sentir todas as emoções que num dia frio de Dezembro me aqueceram a alma, devolvendo-a ao lugar onde se encontra ainda hoje.

Já fui MUITO feliz, mas soube-o sempre!

1.9.24

O Adeus que me coube!

setembro 01, 2024 0 Comments



O Adeus é um lugar solitário. A sensação do nunca mais, do fim e de outros começos, fazem-nos sentir falhados, pequenos e insuficientes. O Adeus, mesmo que inevitável, deixa-nos com a sensação de inevitabilidade e falta de controlo. O Adeus, quando acontece e até quando não o desejavas, leva partes de ti que nunca mais terás como recuperar. O Adeus tem um sabor do definitivo que gostarias de ter sentido se não tivesse terminado.

De quantos Adeus precisas para saberes que os sonhos que arriscaste sonhar nunca chegarão a acontecer? De quantas mais palavras amargas e impregnadas do azedume que nunca usas contigo ou na vida que escolheste viver, sempre contigo na dianteira, ainda precisas, para saberes que sempre soubeste o suficiente? De quantos dos toques que não te eram dirigidos coseguiste sentir, sozinha, o que NUNCA te pertenceu? De quanto mais desamor precisas para parares de precisar do NADA?

O Adeus que deverá ser decidido por ti, vai continuar a ser um lugar solitário, tal como foi toda a viagem que fizeste sem que o roteiro alguma vez tivesse sido escolhido por ti. Mas o Adeus, ainda assim, vai libertar-te da dor que te auto-infligiste e por isso acabarás contigo de volta.