Amar sem reservas!
Sue Amado
junho 10, 2015
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Amar sem reservas é cada dia mais difícil sobretudo se as temos nas nossas vidas, deixando que vão surgindo sem muito controle!
Temos algumas reservas quanto às pessoas de bem com a vida, as bem dispostas crónicas, as que sabem rir de si mesmas, sentindo prazeres que aos outros passam ao lado. Temos sempre reservas quando uma mão amiga se aproxima do nada e nos diz que veio para nos fazer bem, alimentando-se apenas do que nos alimenta. Temos reservas quanto a amores desprendidos, dados apenas porque sim, por aqueles que nos mostram o outro lado de nós e nos conseguem reinventar, trazendo ao de cima o que guardáramos perante tantas reservas.
Estamos a tornar-nos seres com ambos os pés atrás, dos que duvidam do mundo inteiro, tentando estar constantemente protegidos, sobretudo das dores, das desilusões e dos desamores. É lógico que acabamos a perder mais do que ganhamos, e que ao iniciarmos algo, seja de que natureza for, cheios de reservas, já nos estamos a condenar ao fracasso.
Há que reaprender, começando a ensinar os mais novos, os que ainda não estão "marcados", aqueles cujas histórias ainda não passam pelo pior do ser humano, a aceitar que existem pessoas boas, SIM, que não usam os outros, que não se escondem num qualquer canto à espera dos mais incautos. Ainda existe quem apenas tente, diariamente, ser feliz, usufruindo do que lhe é oferecido, com a plena noção de que o tempo rapidamente se esvai, e nos deixa apenas com memórias, sem pele sem toque.
Quero que as minhas experiências sejam maioritariamente boas, ladeadas de tudo o que soube construir e acabou a dar frutos. Quero ser capaz de olhar os outros, sem reservas, acreditando que se sou leal, se tenho bom carácter e se não tenho qualquer intenção de magoar deliberadamente, quem quer que seja, então também existirão seres iguais a mim, e o universo saberá como as trazer.
Já não tenho tempo para perder tempo. Já não desculpo, porque posso, quem não se melhora, quem não consegue dar-se e quem apenas destapa pequenas pontas com receio do que ficará à vista. Já não me quero magoar com dores alheias. Desisti de amar quem não pode ser amado e vou continuar como sempre fiz, a ser quem respeito, dando, aos que me rodeiam o melhor de mim,a cada percurso, sem cobertas, sem refúgios, sendo tão livre quanto fiz por merecer.
Quem vier por bem, será bem vindo, sem reservas!