9.3.16

Depois da euforia!

março 09, 2016 0 Comments




Depois da euforia já podem respirar tranquilas, já puderam vestir outra pele, por 1 dia, mostrar do que são feitas, quando vos permitem, soltando toda a inércia a que vos obrigam nos restantes dias do ano!


Será que conseguem ver o disparate que a celebração do dia da Mulher envolve? NÃO, claro que NÃO, "é o nosso dia", dirão muitas. Dia de quê, desculpem lá? Não quero ser má, nem revolucionária, mas sou das que nunca afasta os cabelos de um dos lados da cara, para tapar o outro. Eu gosto de ver com ambos os olhos, na mesma direcção, de contrário seria estrábica. Gosto de saber ao que vou, o que faço aqui, e sobretudo, gosto do que conquistei, desde que passei a ser A PESSOA MAIS IMPORTANTE DA MINHA VIDA.

Um dia,um miserável dia para ser, alegadamente, feliz e olhada? Não, obrigada!

Precisamos de ter importância diária, respeito e dedicação mútuos. Precisamos que nos vejam como indivíduos e que percebam, não só os nossos companheiros, o papel essencial que temos na condução desta sociedade apodrecida, adormecida, demasiado moralista, mas sem qualquer moralidade.

A mudança começará sempre em nós, e por nós, por isso de cada vez que nos destituímos da nossa intervenção e contribuição, passamos a ter apenas "isto", um dia para celebrar.

Não me levem a mal as mulheres que o fazem por puro divertimento e quebra de rotina, porque eu estou apenas a apontar, o dedo acusador, às que nada fazem, todos os dias das suas vidas. Perceber que  apenas se contentam com uma guia de marcha, assinada por alguém com mais PODER, mesmo que lhe tenha sido oferecido de bandeja, deixa-me triste, e desapontada.


Eu gosto de ser Mulher, gosto de tudo o que envolve o nosso Universo, e respeito-me, demasiado, para aceitar migalhas. O meu mundo será sempre o que eu fizer dele. Façam a vossa parte também, pelo bem de todas!

8.3.16

O "tal" dia...

março 08, 2016 0 Comments


O dia da Mulher! Ele vai chegando todos os anos no mesmo dia, e em apenas um que obviamente não bastará para que percebam todos, nós incluídas, que não é disso que se trata, que não estamos a celebrar um grupo corajoso que pagou caro o arrojo, estamos a banalizá-lo e a usá-lo como desculpa, sorteando uns quantos brindes e estando em lugares diferentes, para muitas apenas UM DIA POR ANO.


O dia da Mulher meus amigos não é "isto", não pode ser e recuso-me a celebrar o que me faz verdadeiramente pensar no que ainda não somos, no que ainda não temos e no que ainda não nos concedem, sim, porque se trata disso mesmo, temos que continuar à espera que generosamente nos permitam ser o que afinal até já deveríamos ser. Para mim é sempre algo triste ver que algumas mulheres preparam este dia apenas porque lhes é concedida uma ordem de soltura, agarrado-se à ilusão de que são o que sempre desejaram e recusam as grilhetas que lhes foram colocadas assim que se atreveram a responder "SIM", no suposto primeiro dia do resto das suas vidas.

Tão pouco que ainda se caminhou. Tão pouco que se fez por mudar o que já todos sabemos estar errado. Tão pouco que se olha para o que deve ser visto, diariamente. Não vos vou passar factos, nem números, apenas o desejo maior de que olhem um pouco mais por cada uma para que beneficiemos, as restantes, no colectivo, conseguindo o que já deveria ter chegado. Não vamos precisar de morrer nem de ser mortas. Não teremos que queimar nenhuma roupa interior para que nos considerem, mas teremos, rapidamente, que mudar o nosso próprio comportamento para que ensinemos aos outros como queremos e devemos ser tratadas. Devemos isso às mulheres que não têm voz, nem rosto, porque até estão cobertos. Devemos isso às nossas filhas e filhos para que se respeitem e amem da forma certa, porque quando recebemos alguém no coração, só poderemos desejar que tenha TUDO o que merecemos nós mesmos.

Hoje é o dia em que me sinto particularmente envergonhada por não ser mais, não ter mais e não conseguir que mais mulheres tenham o seu lugar na sociedade. Hoje é o dia em que gostaria de não ser celebrada, porque existe muito pouco ainda por celebrar. Hoje é o dia em que receio, ainda mais, que andemos para trás e passemos a aceitar o inaceitável.

7.3.16

As coisas que ainda tenho para fazer...

março 07, 2016 0 Comments


As coisas que ainda tenho para fazer são muitas e não parecem diminuir, porque a cada dia surgem mais umas quantas que me entusiasmam e movimentam por dentro. As coisas que ainda tenho para fazer dão-me a energia que necessito para manter esta certeza de que só fará sentido andar por aqui, desta forma. Não aceito pouco. Não quero experimentar apenas alguns sabores, quero e exijo-me,saber ao que sabem todos os outros, para que possa reconstruir-me de forma bem mais consistente.

Este mundo, tudo o que tem à volta, aqui, ali, para além do que consigo ver, mas até antecipo, dá-me uma alegria que recuso tirar dos lábios. É em cada parte dele que quero estar, mesmo que não o faça fisicamente, mas terei que encontrar forma de ir para lá do que tenho, no meu cá diário e que me deixa nesta revolução interior. Não me sei sossegar, não o bastante para apenas me sentar quieta, sem ter mais, sem ser mais, sem desejar muito mais.

As coisas que ainda tenho para fazer parecem agigantar-se, tal como o faço eu, comigo e com os que entram para ficar. Nunca fui de aceitar, de crer sem ver, de ir sem voltar e de padecer de males que não reconheço. Nunca fui de aceitar o que os outros levam e tomam como certo, porque eu quero os lados que o meu lado tem, quero que me oiçam até quando não falo e quero que me sintam como eu sei sentir.

As coisas que ainda tenho para fazer serão feitas, sou eu que me prometo de cada vez que acordo, quando me levanto e recomeço. As coisas que ainda tenho para fazer são tudo do que sou feita, em cada pedaço de corpo, de pele e de memória.

Algumas pessoas esperam uma vida inteira apenas pelo querer e pelo juntar de peças que lhes permitam voltar ao início. Eu esperarei mais metade da vida que ainda me resta, para conhecer o que tanto desejei e que sinto agora correr em mim, porque sei do que sou capaz para que o ainda tenho para fazer seja feito!

Sabes como te vejo?

março 07, 2016 0 Comments
The problem is not the intensity of your love, but of the quality of people you are loving.:



A forma como te vejo agora não é muito diferente da que imaginei e rapidamente percebi que serias muito mais do que talvez consiga entender. Sei que não me dou demasiado e que espero muito pouco, mesmo querendo tudo a que tenho direito, por isso querer ter-te neste preciso momento e lugar, tem-me virado e revirado o mundo, mas para melhor. Fazes-me pensar, fazes-me olhar-te, incluir-te e redobrar os cuidados, porque se te magoou, dói-me se te deixo perturbado, perco o chão e se te falho falho-me a mim duas vezes.

A forma como te vou vendo, que significa basicamente conhecer-te, deixa-me de alma cheia, com vontade  de te incluir ainda mais, de te arrebatar ao mundo e de ficar contigo a cada segundo, sempre e para sempre. Afinal podemos manter a esperança nas relações, porque existem pessoas que ainda vão sabendo o que querem, como e com quem. Podemos parar, alguns de nós, de temer que a outra metade nunca chegue, porque ela existe e é possível encontrá-la, ou no meu caso ser encontrada. Afinal o que por vezes romantizamos faz sentido, porque haverá algures pela nossa vida e ainda nesta, quem seja igualmente sonhador, quem nos queira ver felizes e completos. Afinal olhar e ver mesmo, sentindo quem nos começou a sentir, é um exercício natural e realista.

Já percebi que te tenho, que não posso duvidar que já fazes parte de mim e que estaremos ambos no nosso futuro. No entanto também antevejo algumas viagens, muita coordenação, ajustes e reajustes, mas sem duvidar de que é esta a forma e que tudo o que queremos para o outro sobrará para cada um, dando-nos o que por vezes receámos pedir, mas que nunca deixámos de desejar.

Agora já te vejo como és mesmo, o homem por quem esperei toda a minha vida!

Metade de ti nunca!

março 07, 2016 0 Comments



Só quero o que és e como és. Só quero TUDO o que tens, para que eu dê TUDO de mim também!

Que sensação boa esta que me passas e que é em tudo igual ao que sinto eu. Que bom é saber que também não esperas por metades, porque elas não te chegam, como te chegarei eu se for inteira. Que bem me sabe perceber que tenho o sabor que já esperavas ter há muito.

Metade de ti só quando chegaste e já nessa altura antecipava MUITO. Metade de ti, nem quando não estiveres TODO comigo, porque metade de ti nunca me bastará.

Gosto de saber que somos muito iguais, que desejamos o mesmo e com a mesma intensidade. Gosto de perceber aos poucos, pontos em comum, sonhos que se entrelaçam e vontades que nos preenchem só de as pensarmos. Gosto da forma como gostas de mim e de como me "arrastas" neste amor que continua a crescer, num descontrole controlado. Que bom perceber que te posso falar de mim, recebendo de volta o que achas do que fiz e do que planeio ainda fazer, já contigo por perto. Que bom não ter que me esconder de ti, nem sentir que preciso de me proteger, porque o teu cuidado chega quando preciso dele e até quando acho que não me faz falta. Nunca quis metades, nunca aceitei menos do que merecia, nunca me resignei com quem apenas colocou a ponta do pé e nunca duvidei que chegarias.

Metade de ti nunca, porque não me bastaria. Metade de mim também sei que não suportarias, porque a forma como me sentes vai bem para lá do que consigo entender. Estou pronta para ti TODO, com a enxurrada de mudanças que trarás e que já implementaste. Estou pronta para te dar o que me pedires. Estou pronta para te insuflar toda a felicidade que carregam os que amam como eu. 

Estou pronta para ti amor!

6.3.16

O que sou quando o consigo ser!

março 06, 2016 0 Comments
Love this pose for you. It would highlight your freckles, which would create a beautiful, textured black and white.:
Feelme/O que sou quando o consigo ser!


O que sou quando o consigo ser, é algo que ainda me intriga, porque a verdade é que na maioria das vezes, sou apenas a que quero que vejam, e acabo a ser o que precisam de mim, mas eu mesma, da forma que me conheço e sinto, essa quase nunca consegue brilhar, e deixa sempre, TANTO por dizer...

Encontrar o equilíbrio entre esta "multidão" que me cabe dentro, eu e todas as outras que construí, uma para cada situação, protegendo-me do que me importuna e arrisca expôr-me, já foi difícil, mas agora sai de forma demasiado natural. Não queria ter que me esconder, metade do meu tempo útil, mostrando apenas a parte que fica visível, mas que não leva as cores de que sou feita. Não queria manter-me assim, muito mais tempo, mas confesso que receio o que isso provocará nos outros, até porque trabalho, diáriamente, a tolerância, o entendimento do que são os outros, com todas as limitações e medos que carregam. Não queria que me continuassem a ver assim, sem TUDO o que tenho e que até as poderá mudar, mas refreio-me, tenho que o saber fazer.

O que sou quando o consigo ser, deixa-me mais quieta, mais exausta também, porque percebo que não tenho tudo para dar, o tempo todo. Quando me atrevo a sentir o que me vai dentro, passando-o aos que sei que aguentam, fico em paz comigo, a saber o que faço aqui e porque me fizeram desta maneira. Quando me consigo parar. Quando me consigo olhar e ver, a mim, sem qualquer artifício, também me dói um pouco, porque estar "nua", sem qualquer manto, mesmo que transparente, é um desafio, mas acabo fortalecida, e capaz de segurar tudo o que cair depois.

O que sou quando o consigo ser, acaba a trazer-me pessoas como tu, acrescentando-me os espaços que mantive vazios, e mudando o sentido que dou a tudo o que faço, na maioria das vezes, mecanicamente. Prometi-me fazê-lo mais vezes, tentando que eu saia, também mais vezes. Vamos ver quem resiste, a mim!

3.3.16

Amo-te, mas com mais calma!

março 03, 2016 0 Comments
"In lovers' religion, the neck is holy ground." - °dammy o'


O que significa amar com mais calma? Entendo bem a forma como pode ser feito, o mal é que sou como um tornado de classe 4, levo tudo à frente, não porque a minha função seja a de destruir, mas apenas a de passar com velocidade seguindo o percurso a que me obrigo. 

Amo-te com mais calma!  Ficou-me a martelar toda a noite, deixou-me apreensiva e acabei a repensar muita coisa, mas deveria ter tido mais cuidado para entender estas palavras, até porque elas ditaram o nosso final. Ninguém ama com mais calma no início de uma relação. A revolução, a tempestade e a queda de pedras acontece quando estamos a começar a viagem e ela só será avaliada e tranquilizada depois, muito depois. Ninguém ama com mais calma porque tudo o que nos deverá apetecer será dar e receber aos quilos e porque ninguém espera desacelerar quando o que temos que fazer é correr para chegar até ao outro.

Será que alguma vez te irias encaixar no que represento? Será que não te irias desgastar com tanto que gira à minha volta? Será que conseguirias mesmo não duvidar do que me esforço por passar? Será que a menina que viste antes, a que até poderias ter moldado lá atrás, se transformou na
mulher errada? A verdade é que não quero que me amem com mais calma, apenas com mais certezas e segurança. Não quero nada morno se posso escolher a temperatura. Não quero metades de nada, nem da que supostamente dizem pertencer-me, quero o todo de tudo o que a minha pessoa me deverá dar.

Talvez amar com mais calma signifique não amar o suficiente e na realidade foi assim que me amaste...