2.9.16

Sei que tentei!

setembro 02, 2016 0 Comments
light & shadow | sadness & strength | solitude | black & white | emotive | www.republicofyou.com.au:


Sei que tentei, lutei, chorei, ri e cuidei, até que cuidar deixou de ser mais possível. Sei que tentei, com toda a minha ingenuidade, achando que o que era e passava bastava!

Acreditei que bastaria mostrar-te o amor que te tenho, mas, e uma vez mais, não percebi que neste mundo de tolos acabaremos todos eventualmente por também o ser. Acreditei em ti, achei que eras a luz nas minhas horas mais negras. Acreditei, bem dentro de mim, que sabias o que sei eu de nós. Acreditei, mas vou ter que parar e deixar-me ir, como todos os outros fazem, sem lutar, sem querer mais, sem procurar, porque nunca terei forma de te encontrar. Acreditei que te saberia amar, devagarinho, mas com toda a intensidade de quem não quer adiar, perder tempo, nem esperar.

Sei que tentei, e que em cada dia, todos os dias, soube e senti a dimensão do meu amor por ti. Sei que tentei e que mesmo assim não fui capaz. Não me pertencias, desististe cedo demais, mesmo antes de teres começado. Duvidaste de tudo e quem não acredita, não vê.

Vou regressar, quieta, sem muito alarido, ao lugar onde estava antes e nele não te tinha, nem sequer sabia de ti. Vou regressar para o que me segura, impedindo-me de me desmoronar, porque não estarás aqui para me levantar, nunca estiveste, mesmo quando caí mesmo e perdi as forças que me mantinham na dianteira. Hoje soube a dimensão do teu amor por mim, e ele é tão pequeno quanto a tua vontade de prosseguir, também tu desististe de lutar e entregaste-te ao que conheces, escolheste o vazio nos sentimentos, a segurança de quem não tem que entender nada, porque não precisa de nada.

Sei que tentei, mas também sei ver que falhei. Desisti, mas não me vou arrepender, porque algures, de alguma forma, existirá quem precise realmente do que tenho para dar. Sei que tentei, mas fui demasiado pequena.


1.9.16

Cuidas de mim se te pedir?

setembro 01, 2016 0 Comments
 :


Cuidas de mim? Sempre o quiseste fazer e de alguma forma até que conseguiste, porque querer muito alguém, incluindo-a no que é mais importante, é uma forma de cuidar. Cuidas de mim se te pedir? Olhas mesmo para mim se te olhar? Mantens-te atento ao que digo quando não falo e aos silêncios que por vezes deixo instalar-se entre nós? Consegues manter as águas calmas, afastando-nos da agitação que por vezes provocamos sem percebermos?


Não sei quem cuida de quem. Não sei se temos forma de o fazer, mesmo quando acreditamos que sim. Não sei como se deixa passar o que nos arrepia, num medo que parece bem real e que nos impede de cuidarmos de nós em primeiro lugar. A escuridão que se instala quando não sabemos o que fazer e como fazer para cuidarmos de quem tanto quer cuidar de nós. A mentira que se diz por não sabermos o que dizer, vai minando os momentos que já julgávamos apenas nossos e arranca-nos do sonho, atirando-nos violentamente para a realidade.

Cuidas de mim por favor? Não quero pedir, não quero ter que te mostrar que preciso, apenas quero que saibas como cuidar de mim até quando falho cuidar-te. Cuidas de mim se te pedir e quando achar que terei que o fazer para que estejas atento? Cuidas de mim? Prometo que também saberei como cuidar de ti.

A vida é isto!

setembro 01, 2016 0 Comments
the freedom of a swing in summer.for some reson.. this picture makes me so happy(::


Temos que viver a vida descomplicando sempre que nos sentirmos tentados a complicar. Precisamos de a entender e de a levar de forma mais ligeira, mesmo que séria. Devemo-nos encher de vida para melhor enfrentar a vida que nos entra porta dentro, implacável e determinada, tanto quanto precisamos de o ser. Nada é fácil neste nosso percurso. Nada é determinável, ou pré-estabelecido. Nada vem com modelos personalizados, teremos sempre que nos adaptar, mudando o que não nos servir. Mas também acabaremos a perceber que nada será tão difícil que não consigamos resistir.

A vida é um bem demasiado precioso para ser desvalorizado, descartado ou simplesmente posto em stand by, à espera do que muito provavelmente acabará por não chegar, pelo menos não como prevíamos, ou desejávamos, mas certamente que da forma certa e que se adaptará de forma perfeita em nós. Viver a vida todos os dias, começando e recomeçando, adaptando e mudando, é por si só um desafio que nos faz  acordar mais determinados e correr mais velozes. Isto obviamente para os que não desistem e para os que resistem de forma estóica a cada recuo. Estar na vida, nesta, a nossa, carrega olhares por vezes desfocados, medos infundados, mas muitos que se materializam, porque viver é deixar acontecer até o menos bom.

Não podemos desistir, cair sem levantar, ou olhar demasiado para trás. Temos que saber viver enquanto vivemos, fazendo o máximo que todos os momentos nos permitirem, porque apenas assim valerá a pena. A vida é isto!

31.8.16

É mais o que nos une...

agosto 31, 2016 0 Comments
HW:


Esta sou eu e isto é tudo o que sei. Escolhi viver assim, sendo quem reconheço de cada vez que me olho, não deixando que o coração controle a minha mente, impedindo-me de recuperar das quedas inevitáveis. Esta sou eu agora, desde que sou contigo e por ti. Sei que as forças por vezes quase ameaçam abandonar-me, mas também sei que preciso de todas elas para não ter que te dizer adeus. Alguns sonhos terão, em algum momento, que deixar de os ser e percebo, a cada dia mesmo com idas e vindas, que é mais o que nos une, do que aquilo que chega, ameaçador, para nos afastar.

Cada viagem tem um começo mais ou menos desconhecido, mas à medida que vamos continuando, devemos forçar-nos a saber o que esperar, a cada paragem, sempre que não seja possível continuar, mantendo-nos, firmes, até que chegue o próximo transporte e nos leve. Cada momento, até os que não conseguimos viver, vão, apagam-se e não conseguem ser recuperados. Cada palavra mal usada, ou em demasia, serve-nos para o propósito que lhe quisermos dar, e mesmo que saibamos, sem qualquer dúvida, tudo o que nos une, por vezes também entendemos que até nos pode separar.

Este novo encaixar, o unir de duas pessoas, em outras vidas, as que já existiam e as que vão acontecendo bem diante de nós, sem que as possamos evitar, vem sempre com umas quantas provas, bem duras por vezes e a testarem cada gostar que dizemos sentir. Se ao menos pudéssemos saltar etapas, "aterrando" no lugar que sentimos ser o certo e o único onde nos manteríamos, porque imaginarmo-nos de volta ao eu, depois do nós que nos encheu de tudo, pode ser demasiado doloroso e solitário. Não o quero, tal como não o desejas, até porque sabemos, ambos, que é bem mais o que nos une do que o que nos separa e é assim que queremos ficar, onde estamos já, aqui!