8.9.16

Alguém como tu!

setembro 08, 2016 0 Comments
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Acho que te procurei, não sei bem, mas certamente que terei procurado, não ficou muito claro, mas passou a fazer sentido até porque vieste até mimAlguém como tu foi capaz de mudar alguém como eu. Mas também foste tu que  tentaste encontrar e avivar um passado mais do que resolvido. Alguém como tu chegou e começou uma revolução que ainda se vai manter, mais algum tempo.

Quantas pessoas ficariam se as conseguíssemos reconhecer ou lhes déssemos uma oportunidade?
Que amores vingariam, se ousássemos olhá-los sem avaliações exageradas e esperando com a paciência necessária? Alguém como tu passou a fazer sentido no minuto seguinte a te ter visto realmente. Estavas-me destinado, eras quem teria que ter chegado e chegaste porque eu já estaria pronta para prosseguir.

Não estás aqui, mesmo após tanto trabalho, após esforços diários, navegando ambos de um entendimento constante, para o desentendimento total, porque tens tanto de obstinado quanto de inseguro. Não estiveste "aqui" de ânimo leve, porque a dada altura tiveste vontade de dar o salto de volta, fugindo do que ajudaste a criar e refugiando-te no mundo que é tão teu que parece não caber mais ninguém.

Se me querias? Não duvido, nunca o fiz. Se me conseguirias ter? Essa resposta caber-te-à a ti, porque não posso ter os dois papéis e não te posso convencer-te do que escolheste não acreditar. O que posso fazer? Continuar a amar-te da forma que já sentiste, na esperança de que me baste por hora e aguardando de forma paciente que passes ao patamar seguinte e que comeces a acreditar também em ti. Por onde deves começar? Pelo princípio, pelo que te levou a ver-me, por tudo o que já conseguiste querer antes, mantendo pelo menos o respeito que acredito merecer.


Queres saber se vou continuar à tua espera? Essa resposta já a tens!

Falhaste sim!

setembro 08, 2016 0 Comments
“I wish I could show you when you are lonely or in darkness the astonishing light of your own being.” -Hafiz:



Falhaste quantas vezes te permiti e saímos ambos diminuídos no final. Tu sem mim, eu a sentir que te perdoara demasiado e culpando-me por não te saber manter. Falhaste primeiro contigo, quando te impediste de cumprir todo o amor que dizias sentir por mim. Falhaste quando me fizeste amar-te para apenas me deixares com NADA.

Comigo nada pode ser de menos, aquilo que desejo consome e transforma. Comigo tiveste um medo, infundado, de não seres capaz, talvez por não o teres sido antes. Comigo o que foste superou as tuas expectativas e fez-te repensar cada pedacinho de vida desperdiçada.

Sabes que te teria mantido na luz, deixando-te brilhar, para que fosses o protagonista da história que há muito tentas escrever. Tanto que já sabes agora, mas que de pouco te tem servido, porque os teus caminhos, os tais que deverão ser seguros, conhecidos e percorridos vezes sem conta, servem para que até saibas o lugar de cada pedra, mas pouco mais.

Gostava de poder dizer que ainda te verei dar uma volta ao contrário, mas a minha maturidade sabe mais do que isso, tal como eu sei que te conheço melhor do que tu mesmo, e o prognóstico é que te mantenhas tal qual te conheci, no mesmo ponto, a olhar para o mesmo lado, a sonhar com as mesmas coisas, noite após noite, e a acordar com a mesma insatisfação instalada. Gostava de poder dizer que continuo a querer ajudar-te, mas a verdade é que desisti de ti no segundo imediato à tua retirada.
Gostava de dizer, porque seria bonito, que te quero ver bem, de pazes refeitas contigo e a teres o que tanto pareces procurar, mas nem isso me importa mais.

Falhaste com a sorte que te tinha sorrido, mas não me cabe a mim provar-to. Vou manter-me na luz que te recusaste e deixar que me vejam como consigo ser sempre e não vou dizer quem consigo ser, porque se não o viste antes, também já não o saberás agora.

Já te preferi e escolhi, mas...

setembro 08, 2016 0 Comments
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Já preferi e escolhi viver mais no seu mundo do que no meu sem ele. Já escolhi as palavras que o deixariam com algumas certezas, mas assim mesmo partiu e foi à procura do que dizia precisar. acreditei que ficaria com ele, não me importando com o mudar do mundo que criei, acreditando que se tornaria melhor e mais seguro apenas por estar comigo. sonhei, noite após noite, com o que seríamos os dois, julgando que éramos mesmo dois.


Se escolhi confiar, fi-lo sabendo que era dele que esperava o que ainda não me chegara. Se me mantive em pé, mesmo que a balançar, fi-lo por ter preferido vivê-lo, até com o pouco, do que não viver de todo. Não deveríamos ter tido dois lugares tão distintos, mesmo sendo pessoas que não se assemelham nas diferenças e que assim mesmo são tão iguais em tudo o resto. Não deveríamos ter insistido na impossibilidade do outro. Não poderíamos, em nenhum momento, ter esquecido o que nos uniu, partindo em mil pedaços o que nunca mais poderemos juntar. Não tínhamos o direito de diminuir o que já foi tão importante.

Sei o que já preferi. Sei que escolhas fiz quando o escolhi, mas também sei que não poderia manter-me no lugar que nunca foi meu, não por demasiado tempo. Agora prefiro que as suas escolhas sejam mais acertadas e que encontre o que até nem chegou a procurar.

Já te preferi a ti, mas escolhi a serenidade para os dois, a que nos lavará cada pedaço de mágoa que deixámos crescer. Escolhi, no que já parece uma eternidade, deixar-me escolher por ti e mesmo que não tenha valido por toda a viagem, teve paragens que vou guardar no meu sempre. Já te escolhi-te, antes, mas desta vez preferi aceitar a tua nova escolha!

7.9.16

Avanços, recuos e ajustes...

setembro 07, 2016 0 Comments
Resultado de imagem para casal com malas de viagem



Nem sempre o que planeamos acontece como desejávamos. Por vezes sentimos que os recuos são inevitáveis e que os ajustes terão que acontecer, mais cedo ou mais tarde. Eles acontecem se formos capazes de nos direccionar, saindo do ponto em que nos fixámos, erradamente. Ir e vir, escolher e decidir, continuar e parar, ao mesmo tempo ou em tempos que se atropelam, percebendo que para sermos parte da vida de alguém, teremos que saber encaixar a nossa, primeiro, é uma aprendizagem.

Diz-se de forma comum que as bagagens estão a tornar-se cada dia mais pesadas. Alguns arrastam-nas e querem vê-las pousadas no chão seguro mais próximo, sentindo que alguém os ajuda pelo menos alguns metros. Já outros recusam transportar o que quer que seja, entendendo que lhes caberá, sozinhos, tirar o que estiver a mais.

Avanços, o desejo de que aconteçam começa por ser grande e cheio de esperança, mas rapidamente percebemos que não temos o poder todo e que sozinhos, mesmo que achemos que bastaremos, a realidade prova-se outra e bem diferente.

Estar em pé e permanecer assim, até quando cair seja inevitável, é cada dia mais difícil, forçando-nos a um equilíbrio que não temos, porque não sabemos tudo. Manter a vontade, intacta, sem o desgaste que nos desgastará, inevitavelmente, não cedendo e construindo a cumplicidade que nos segurará, um ao outro, torna-se uma tarefa demasiado penosa para muitos.

Ainda vou sendo surpreendida por casos bem-sucedidos, com gente que começou, caminhou, persistiu e venceu, mas que percebem não estar nada concluído e mantendo-se fiéis ao que os fez começar.

Que não se desista dos avanços e que os ajustes mais difíceis  não sirvam desculpa para os sucessivos recuos, os que sempre virão até que parar deixe de ser sequer pensado. Que se mantenham os sonhos, até quando dormir se torne tarefa de gigantes. Que o amor prevaleça e o amanhã seja o resultado de um hoje bem construído.