15.9.16

Se não me conhecer!

setembro 15, 2016 0 Comments




Se não souber de onde devo beber para que a minha luz não se apague. Se não me conhecer melhor do que todos os outros, sabendo ao que sabe cada sabor, o novo, o que já provei e todos os que apenas provarei quando estiver realmente pronta, parte de mim apenas deambulará por aqui, à espera.

Muito do que poderá acontecer não passará só e apenas por mim, por vezes a luz ficará mais ténue e quase que se apagará, mas eu sei que nunca deixarei, nem por um minuto, que exista outro que me conheça assim, como me conheço eu, e que possa decidir por mim, levando-me, mesmo que para os lugares certos, se eu não souber que devo e tenho que ir.

Os dias serão como os fizer, mesmo que com ajustes, com avanços e recuos, mas sempre comigo ao comando, porque apenas eu poderei saber do que acontece em mim. Os dias até poderão ser mais duros para quem sente que sabe do que fala, mas a minha voz terá sempre que soar a mim, em cada timbre que também escuto com atenção, nas variações, nos tremores, nos medos e nas dúvidas que se instalam, inevitavelmente, quando a tristeza e a dor são mais poderosas do que tudo o que arrisquei escolher.

Se não me conhecer, o que disser, o que fizer, o que procurar e conseguir, nunca será da forma que reconhecem os outros, porque o que faz de mim esta mulher que estranha porque se entranha, não é o exterior, não são os olhares, nem tão pouco os lábios, são todos os pedaços que se juntam naturalmente.

14.9.16

Deixar-te ir? Não mesmo!

setembro 14, 2016 0 Comments
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Deixar-te ir? Como é que poderias viver sem as perguntas absurdas que te faço e sem os meus esgares de incredulidade quando me largas um elogio do nada? Não terias como, mesmo que o tentasses e se o fizesses os teus dias ficariam cinzentos. Adoro as tuas gargalhadas quando abro os olhos de espanto perante a tua capacidade de dizeres o que sentes e pensas.

- Mulher tu és boa, fico louco só de te imaginar.

Por norma este tipo de saída faria com que a minha boca se abrisse de espanto, a mesma que tu fecharias com um beijo quente, seguido de um - pareces uma menina às vezes. Fazes-me sentir que não sei nada e que lido mal com o meu lado de mulher demasiado sensual para o meu gosto, com uma pele que te enlouquece e te cola a mim como uma lapa.

- Do que tens medo afinal? Que fique louco de tanto de desejar? JÁ ESTOU! Não tenho como me comportar de forma normal porque não o és, ainda não percebeste?

Não dão por aí workshops do género, "Aceite-se como é" - Não? É que eu preciso de parar de tentar ficar invisível, até porque contigo nem sequer resulta. Quando não me podes olhar, mexes-me, passas-me as mãos suaves e determinadas até que não me consiga controlar mais.

- Caramba, pára de te sentires mal contigo, és fantástica, atreve-te, vais ver que te libertas e depois, ui, já te estou a imaginar solta, mulher e cheia de desejo de mim.

- PAROU. Sossega, CREDO!

Preciso de alguém...

setembro 14, 2016 0 Comments
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Vi assim escrito algures, "A pessoa que te ama será a única a conseguir ver lágrimas nos teus olhos enquanto todos os outros vêem sorrisos". Não será assim que todos quereremos ser amados? A outra metade de nós deverá ter a capacidade de nos ver por dentro, de ser o que mais nenhum outro consegue, de estar connosco mesmo que ausente, de dar sem condições e acabar a receber em dobro. Pedir até que sei como, mas já receber...

O que queremos, falo por mim, é ter do lado e em todas as frentes, quem saiba quem sou, percebendo o que poderá receber, em todas as fases da nossa caminhada conjunta. Eu não espero menos do que entrega e confiança. Entendo que lutar por quem queremos, fazendo o que for preciso, não poderá ser um sacrifício, nem uma batalha perdida. Dar como se espera receber, é uma regra básica e igualmente fácil de entender. Praticar a entrega, para que o outro se nos entregue incondicionalmente. Olhar de frente, sem fugir ao que nos assusta, perguntando para ser respondido. Sonhar em conjunto, antecipando momentos e lugares que poderão partilhar, em sabores que apenas conseguem os que falam a mesma língua. Ter um ser que se me assemelhe, não pode ser uma utopia. Eu vou continuar a acreditar e a esperar que me encontre.

"Preciso de alguém assim" - direi eu, mas a verdade é que precisamos todos, certo?

Sou para ti como esperavas!

setembro 14, 2016 0 Comments
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Sou para ti como tanto esperaste. Sou o homem que te irá cuidar sempre, que lutará se preciso for para que nada de mal te suceda, sem medir perigos e sem sequer se importar com o que irão dizer, porque tudo gira sempre e só em torno de ti. Sou quem sabe como acordas e o que precisas para que o dia te corra bem. A forma como cantas e encantas no duche, o teu jeitinho quando me olhas a pedir um abraço e me apertas tão forte, receando que desapareça da vida que conheces e da única onde queres estar.

Foi comigo que aprendeste a beijar de boca aberta, sem medo de gemer porque até as pernas te tremiam. Permiti-te as descargas eléctricas que te confirmavam que só comigo poderias ser uma mulher completa e descontraída, a mesma que eu amei no exacto segundo em que me olhaste, com aquele ar de menina-mulher, da mulher que eu agora tenho na cama, no coração e na alma. Adoro ver-te dormir, serena e minha. Gosto das lágrimas que deixas rolar nos filmes lamechas, as gargalhadas verdadeiras e a tua obsessão por chocolate.

Sou para ti como esperavas, o homem que te ama como nunca achou possível e que deseja poder continuar a lembrá-lo por todos os anos que ainda anseia partilhar contigo.



E depois de um amor?

setembro 14, 2016 0 Comments
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Depois de um amor como se curam as dores que nos marcam o coração como ferros de gado? Como se recupera a força que se deixou escapar pelas mãos, quando se poderia ter evitado entrar por onde não haveria saída? O que se faz para que um amor não desgaste todos os outros e para que ainda haja forma de recomeçar?

Depois de um amor virá outro se o conseguirmos aceitar e se não nos permitirmos apagar, deixando de sonhar. Se continuarmos a olhar para o outro lado de nós, aquele que importa realmente, talvez se torne mais fácil recomeçar. Já não falo de recomeços amorosos, mas daqueles que nos levam a nós e que nos deixam a fazer o que fazíamos antes, quando éramos dois e quando pensávamos aos pares.

Nunca sabemos quem irá irromper pela nossa porta, aquela que nos guardava, mantendo-nos seguros, por vezes apagados, mas a sabermos onde estávamos e porquê. Nunca entendemos porque baixamos as defesas com uns e não com outros. Nunca parecemos aceitar bem que afinal estávamos enganados e que apenas nos pusemos a mastigar mais do que podíamos engolir.

Há quem escolha não ter o que o faria realmente feliz, mas o amor tem disto mesmo, vem como uma onda gigante e não nos ensina uma forma de a contornar. A tal da felicidade não tem a mesma conotação para todos. O que uns consideram ser fundamental ao seu bem-estar emocional, arrecadando com o amor todas as energias que lhes permitirão continuar, outros escolhem a fuga e nem sempre será um sinal de fraqueza, por vezes é a alternativa que resta para que permaneçam vivos!