9.10.16

O meu esforço e o que conquisto!

outubro 09, 2016 0 Comments
Bailarina:


O meu esforço e a minha caminhada passam por conseguir ser muito mais do que sou hoje. O meu esforço será sempre o de entender os outros, distanciando-me de forma a não estar demasiado envolvida. O meu esforço terá que ser o de não querer incluir todos, mas não afastando ninguém. O meu esforço, hoje mais do que ontem, passa por não querer ser apenas eu, isolando-me até que ninguém nunca mais me consiga tocar.


Não sei tudo. Não sei como julgar o que não vivi. Não sei como responder a todas as perguntas e por isso terei, eventualmente, que me silenciar. Já aprendi a estar apenas onde for desejada e a não ter que me impôr a quem não pretende partilhar-se comigo. Não sei tudo, é um facto, e por isso terei que começar a saber quando desistir, dos que desistem, não tendo que me arrastar porque cada um travará as suas próprias batalhas.

O meu esforço passa por não querer carregar o mundo às costas. Isso até que consigo fazer, mas o resultado será afastar-me para sempre. Quem desejar perder-me, perder-me-à inevitavelmente.
A vida pode ser tudo o que desejarmos que seja, desde que o nosso desejo se possa impor. Mas para alguns desistir de si mesmos foi tudo o que aprenderam e irão repeti-lo, vezes sem conta, até que nada lhes reste, nem sequer as memórias.

O meu esforço, de cada vez que penso nisso, ainda continuará a ser trabalhar a incompreensão para com os que escolhem deixar de viver e apenas se arrastam, lentos e a sentirem uma pena ENORME do que não conseguem fazer. O meu esforço, de agora em diante, será o de nunca mais querer o que não puder ter, aceitando que quando o identificar deverei parar-me, LOGO.

Uma vez que não sei tudo, não esperem tudo de mim, afinal de contas continuo a ser o que já era antes, apenas humana!

Parece que estou numa missão!

outubro 09, 2016 0 Comments
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Parece que estou numa missão e que tenho uma linha a seguir, não podendo em nenhum momento desviar-me dela. Parece que cada vez mais pessoas vão dependendo do que vou soltando, de todas as palavras que por vezes nem parecem ser minhas. Parece que, e mais uma vez, passei para segundo plano, porque o que tenho para fazer tornou-se mais importante do que eu mesma. Parece que não posso apenas deitar-me e "dormir", lamentando o que não tive forma de conseguir, porque a minha missão passa por me levantar e provar aos outros que é possível.

É possível sobreviver a tudo o que nos derruba. É possível voltar a ver o que esperamos conseguir, não desistindo de encontrar quem nos ame pelo que somos, pousando o olhar sem se distraírem. É possível recomeçar, mesmo que seja duro voltar às mesmas palavras, à história que nos fez como somos agora. Esqueçam as repetições e repitam tantas vezes quantas sejam precisas para que não seja mais preciso repetir. É possível ter do nosso lado quem queira ficar e quem lute para nos ter, não recuando no primeiro impedimento. É possível sermos felizes sim e não o queiram ser sozinhos.

A minha missão, a que já entendi que me foi passada, não se compadece com os meus sofrimentos, até porque, supostamente, serei imunes a uns quantos. Se a minha missão for motivar a continuar, escrevendo o que precisam de ler, então que seja, porque na verdade não pareço conseguir parar-me, mesmo que já me vá parando várias vezes ao longo do dia.

Sabem como se sobrevive aos desamores? Amando mais. Querendo mais e percebendo que haverá quem seja mais, para nós. Sabem como se resiste ao sofrimento a que nos forçam por se verem incapazes de nos quererem? Entendendo que não seríamos a pessoa certa e que a outra, a que mudará tudo e apagará da nossa memória quem estando nunca esteve, chegará. Sabem como ficamos prontos para amar outra vez? Não marcando datas. Não parando de sorrir. Não desviando o olhar dos que nos forem olhando, porque de algum lado, algures num tempo que chegará porque assim estaria escrito, ele virá.

Se estou mesmo em missão, deixem que vos diga que amar é o único exercício que movimenta todos os músculos sem os danificar e que mesmo que deixe dores, elas apenas servirão para aumentar o prazer, o que sentirão quando voltarem a sentir. Confiem porque sei do que falo!

Quem perdeu?

outubro 09, 2016 0 Comments
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Quem perdeu? Certamente que fomos os dois, nem poderia ter sido de outra forma, mas a diferença ficará em qual de nós avançará primeiro e até sei que és tu. Os passos que deste para este lado, para o meu lado, foram demasiado pequenos e trouxeram pouco de ti e nada te ficou para reconstruir!

Não lamento nada do que sou, porque não me vejo de outra forma, nunca espero menos de mim, aliás, espero sempre tanto que me desgasto quando não sinto do lado contrário nem um milésimo do que vale a pena gastar com os outros, com os que respeitamos.

Um dia destes quem sabe não consigo que me expliques de forma a que entenda mesmo, o que andas a fazer da tua vida e onde te imaginas daqui por uma década. Pois, porque o tempo irá passar mais rapidamente do que esperas, um dia logo depois de outro e se não fizer sentido não terás respostas.

O que nos compra, a cada um?
O que estamos dispostos  a fazer para que o nosso "boneco" não se desmanche?
O que queremos realmente da vida e o que precisamos para sermos felizes?

Quem perdeu foi quem ainda não entendeu. Um de nós nem sabe para que lado caiu a bola da felicidade, e ainda está à procura, ou não. Talvez nem precise de ser feliz, talvez lhe baste respirar, caminhar, ou melhor, deambular pela vida, fingindo que sabe o que precisa, sorrindo sem vontade e nunca se dando, realmente, com medo que vejam o que tem dentro. Quem perdeu fomos nós, um por ter desistido e o outro por não ter sabido como manter!

8.10.16

Numa fracção de segundos!

outubro 08, 2016 0 Comments


Em apenas alguns segundos tudo o que acreditavas materializa-se e os dias ficam mais claros, abrindo-te o coração que já decidiras fechar!


Numa fracção de segundos, percebes que ainda tens MUITO para dar, que estás vivo e que és capaz de movimentar a vida de outra pessoa, dando-lhe o que já desistira de receber. Por vezes basta que te agarres, a ti, e à tua ideia de felicidade para que sejas realmente feliz e passes a mover-te de forma diferente.

O que vai também volta, como todos os que tiveram o coração despedaçado sabem, e o que hoje tanto nos magoava, amanhã poderá ser apenas uma lição de vida, mais uma, tendo a importância que finalmente lhe conseguimos dar.
O que desejas, deves verbalizar, pedindo para que sejas ouvido, nunca desistindo, não nas primeiras lombas, não se tiveres a certeza.

Que bom que é respirar de forma acelerada, sentindo que todo o teu corpo precisa de mais e quer o que lhe foi negado. Que bom é ter por quem acordar, prosseguindo ao longo do dia com mais certezas, dando passos na direcção certa e terminando-os mais confiante e de alma cheiaQue bom é ter quem adormeça connosco no pensamento, embarcando-nos num sonho que poderá ser o nosso, e estando ambos de forma palpável nos mesmos lugares, amando-se em pedaços que saberão como prolongar.

Numa fracção de segundos o mundo passa a girar ao contrário e o que juravas a pés juntos nunca fazer, torna-se tão ridículo e absurdo, que já nem te consegues recordar da razão pela qual terá começado. Numa fracção de segundos percebes que és humano o suficiente para mudares de ideias, perseguindo o que vale realmente a pena ser perseguido, e é apenas isso que passa a importar.
Numa fracção de segundos, voltas a ser tu.

Francisca!

outubro 08, 2016 0 Comments
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As mulheres com as quais me vou cruzando, têm-me permitido uma riqueza interior incrível, mesmo que elas não sejam, de forma alguma, interessantes o bastante para me enriquecerem. Parece um contra-senso, mas eu explico:

. Eu sinto que fico mais rica de cada vez que percebo os diferentes espécimes que povoam este  planeta.
. Passo a gostar, inevitavelmente, mais de mim quando olho para mulheres sem qualquer conteúdo e totalmente desprovidas de crescimento emocional.
. Não deixo de sentir alguma pena dos homens, porque nas situações em que elas estão em maioria, os pobres ficam sujeitos a demonstrações verdadeiramente demoníacas.
. Não consigo deixar de me abismar com a capacidade que têm de se desculpar de tudo o que
  provocam e de culparem tudo o que mexe pelo que não arranjam coragem para enfrentar.

A Francisca é uma mulher assim. Uma vítima das consequências, das escolhas dos outros, do mau tempo, do calor excessivo ou do frio de rachar. A Francisca nunca comete erros porque nunca os assume. Não vai porque não sabe como, mas fica a choramingar porque deveria ter ido.

Tantas Franciscas que vou encontrando. Tantas que se escondem nos medos que criaram sozinhas, porque não sabem como se faz, mas também não pretendem saber. O mundo congemina contra elas. As soluções que lhes apresentam nunca solucionam nada e continuam, hoje tal como no primeiro dia em que decidiram que nunca teriam que se assumir, às suas inúmeras fraquezas e que apenas irão ver crescer com a idade e com a inevitável fragilidade que ela provoca.

É por tudo isto que me sinto a cada dia mais completa, entendendo que a minha determinação está certa, porque faço acontecer o bom e o mau e não culpo ninguém pelo que escolhi...

A minha felicidade!

outubro 08, 2016 0 Comments
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Olá meu amor,

Não te escrevo muitas vezes, mas escrevo muitas vezes sobre ti. Já não sei o que é ter um dia no qual deixes de me cruzar o pensamento. Já foi de uma forma dolorosa, mas aos poucos, com muita determinação minha e imensa ajuda tua, passou a ser apenas um pensar, sem mágoas, sem atropelos, sem cobranças, apenas pensando e recordando.

Se a minha felicidade passasse por ti, eu não teria forma de ser feliz e na verdade, em alguns momentos deixei de o ser. Não sou totalmente feliz, porque numa das alas da minha vida, na que considero das mais importantes, na que me fazia acordar ansiosa pelo que viria, tu já não vens, tu já não estás e tu já não tens forma de me manter feliz.

Eu também sei, porque aprendi e porque estive atenta, que a nossa felicidade não deve em nenhuma circunstância passar apenas pelo outro, porque a acontecer rapidamente poderemos deixar de o ser. Eu tenho que ser feliz com o que sou, com o que crio e com a forma como me movimento. Mas e para tudo na vida há um mas, se não houver alguém que me partilhe e que faça valer a pena tudo o que construo, nunca serei inteiramente feliz.

A verdade é que não me fizeste feliz, não durante o tempo que achei merecer e não porque não tivesse feito por o merecer. Não fui feliz porque escolheste não me ver, mesmo quando me vias, bem perto de ti e a sentir inevitavelmente o que sentia. Não porque tiveste medo de que eu fosse demais e que te engolisse na minha capacidade de te querer feliz. Não porque te baseaste nas contas do mundo, do teu mundo, para me contabilizares. Não porque não sabias como o fazer e porque me cabia a mim entendê-lo.

A minha felicidade não passa por ti agora e mesmo no antes, não me conseguiste fazer feliz. Dizes, de forma altruísta que queres o melhor para mim, mas recusas o meu melhor. Dizes que tenho direito a mais, mas tu já foste o único mais que concebi. Dizes, ou melhor, dizias, que um dia ainda me irias ver sorrir e prosseguir, mas na verdade não estarás por perto, como falhaste estar, até quando estiveste.

Como a minha felicidade não passa por ti, deixei de me querer feliz por tua causa. Mas agora e porque posso, vou só ali ser feliz e já volto!

Até a uma outra vida,

L.C.