Histórias que de que somos todos feitos!
Sue Amado
outubro 10, 2016
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Histórias, existem muitas e até nos contam algumas, desde a infância. A mais comum é a da felicidade eterna, a procura e o desejo da mesma. Ainda agora comecei e já me estou a rir. Perdoem-me, mas na realidade tenho que admitir que estou cada vez mais azeda. Já fui acusada disso mesmo por duas vezes a semana passada. Não é forçosamente mau, até porque na terra onde nasci existe um fruto que se chama azedinha e garanto-vos que é deliciosamente azedo.
Mas voltemos à felicidade. Tal nunca será possível, mesmo que o desejemos, com toda a nossa boa vontade, para quem largámos, para a pessoa que ficou pelo caminho, isso é utópico, não existe. Quando duas pessoas se amam, apenas serão felizes juntas, a felicidade de uma sem a outra é guturalmente impraticável, a não ser que fossemos irracionais. Se uma entende que é capaz de desejar a maior felicidade à outra, numa nova relação, num novo caminho, longe do que sentia antes, então ou já não ama, ou não sabe o que é amar e por consequência nunca amou.
Sejamos honestos quando estivermos a lidar com sentimentos. Todos somos dignos de respeito, por isso não usemos nomes que não existem para o que já foi inventado. Ir-se directo ao assunto ajuda bem mais o que fica para trás e é tão simples. "Não te quero". Três preciosas letrinhas e que não obrigam a mais nenhuma explicação.
A cada dia que passa vou tropeçando em mais pessoas mentalmente desarranjadas. Parecemos estar perante uma nova patologia, talvez originada pela mudança brusca das condições climáticas, porque na verdade é tão extrema que ninguém encontra equivalência ou sequer entendimento. Não estou a fazer sentido? Às tantas já fui contagiada e não tarda começo também a contar histórias. Só não podem é ser da Carochinha, serão de amores mesmo, daqueles que não sendo até são e que mesmo não estando, estarão. Ok desisto, estou oficialmente infectada...