18.10.16

Evento!

outubro 18, 2016 0 Comments
Este sábado, dia 22, teremos um grande evento no Auditório do Instituto Português da Juventude em Moscavide!






A organização é do Adoro ser Mulher e contaremos com empresárias oradoras nacionais e internacionais:
. Dina Aguiar - Jornalista da RTP;
. Paula Saad, empresária da Guiné- Bissau;
. Elena Martinis, empresária do Brasil;
. Alzerina Gomes, empresária de Cabo-Verde a residir nos Estados Unidos;
. A host será a Ana Cláudia Vaz, mentora desta networking.

Os temas a debater serão:
. Vencer num meio profissional masculino;
. Emigrar e ter sucesso;
. Empreender num país com graves problemas políticos;
. Desigualdade do género

Estarão presentes diversos orgãos de comunicação social e o evento será emitido em Live Stream para todo o mundo.

A irreverência!

outubro 18, 2016 0 Comments
female cyborg - Google Search:



A irreverência física e emocional passa pela necessidade de dizer e parecer o que se é realmente, mesmo que choque e abane mundos pequenos. Até o consigo entender e aceitar, mas teremos que ser nós em todo o percurso, sem nunca nos defraudarmos, sem nos vendermos, ou sequer nos mutarmos para que nos possam olhar de forma diferente!

Estou a tentar lembrar-me dos meus momentos de irreverência e verifico que quase não existiram. Nunca tive a necessidade de "levantar a voz" de ser a que sabia tudo, a que iria não importa onde apenas para não ser formatada. Pensei e repensei sempre no que isso me custaria, no quanto poderia sair mais dorida do que vitoriosa. Fui acertando os passos ao longo do meu crescimento, como o faço ainda hoje e o que ganho será sempre a sensação de que me conheço melhor do que qualquer outra pessoa e que apenas eu poderei saber como e por onde irei de cada vez que o decidir!

A minha irreverência tem sido sempre continuar a ser sempre eu, e mesmo que vos pareça fácil, sê-lo-à para quem não me conhece, mas posso garantir-vos que tem sido o travar de duras batalhas. Sermos nós, não importa o que querem e dizem os outros, acarreta enormes momentos de solidão. Nem sempre nos conseguem acompanhar e a tentativa de nos formatarem está sempre presente.

Sou irreverente não porque tenha decidido destacar-me, mas porque adquiri uma identidade que me define e é com ela que quero fazer o meu percurso nesta vida. Sou irreverente porque apenas eu posso viver o que me cabe e mesmo que exista boa vontade, ninguém o poderá fazer por mim. Não porque não seja possível, mas porque eu não abdico das escolhas, dos olhares, dos toques e dos sabores a que tenho direito. O que é meu, para mim fica. Sou irreverente porque não partilho amores e porque os quero na minha dimensão, nesta, para que usufrua do que me trás e para que passe o que tenho.

Se a minha irreverência te afastou, então não era suposto teres-me conhecido!

17.10.16

Para que lado estou virada?

outubro 17, 2016 0 Comments
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Para que lado estou virada? Perguntaste tu e eu respondi, para o meu, para o que quero, para o que preciso, "hoje" muito mais do que em qualquer outra altura do meu passado, que quero exactamente lá, no passado, sem que se venha a misturar com o meu melhor presente, com o que tenho construído e que já não permito que seja mexido por mais nada nem ninguém a não ser eu mesma!

Não se trata de egoísmo, ou de apenas olhar para o meu umbigo, mas sim por ter compreendido que se eu estiver bem, todos os outros beneficiarão. O que eu já aprendi tem que ser ensinado. O que passei a sentir, bem dentro de mim, foi adquirido com muitas lágrimas, determinação, com alguma teimosia também, mas com uma enorme consciência de que sou a mais importante, e que atrás de mim, e da forma como vejo o mundo, apenas virão os melhores, todos os outros serão deixados pelo caminho.

Estou, cada vez mais, virada para o lado bom, para aquele em que se constrói em vez de destruir, para a paz, para o amor, para o respeito e amizade que me merecem os que fui encontrando, todos quantos passaram a fazer parte de mim, e por quem corro, salto, morro e mato.

Não sou uma pessoa fácil, mas sou " entendível", explico-me com clareza, e nunca cobro se não puder pagar. Sou mais do mesmo que espero dos que me importam, e continuo, dia a dia, a fazer crescer o meu reportório, a tratar de me superar, chegando mais longe e sentindo um orgulho imenso da mulher em que me tornei, até porque ainda só vou a meio...

Se quiseres saber para que lado estou virada, terás que estar por perto!

Já não me importa!

outubro 17, 2016 0 Comments
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Há muito que não tentavam forçar a que eu fosse outra pessoa, que pensasse como pensam quase todos e para que seguisse um  padrão e me enquadrasse. Mas, claro que os mas da vida acabam sempre a chegar e eis que conheço quem nunca me conseguiu conhecer. Eu não preciso de estar onde estão os outros, sou eu e é mais fácil que eu seja assim, que não fale de nada que não me apeteça, que não ande, quando quero estar quieta. É bom que me mantenha assim, porque de outra forma seria muito menos aturável, diria que impossível de aguentar!

Eu aprendi a aprender com os meus erros, percebi que a ter que os cometer, então que os reconheça e me permita corrigir ou seguir em frente.

Já não me acerto para se acertarem os outros. Favores, só para emprestar alguma coisa e mesmo assim, vou querer que venha de volta.
Já não procuro a melhor forma de deitar as palavras. Já não sorrio apenas para ser agradável, sou eu, desde que me levanto, até que volto, exausta, para o lugar onde continuarei a ser eu, à minha maneira, mas perfeitamente capaz de incluir e adaptar quem me chegue.
Já não permito que me afastem do lugar que conquistei, porque o fiz de vontade e consciente, é por isso que a minha segurança se vê e sente.

Percebi que tinham deixado de tentar, quando pararam de perguntar porquê, de cada vez que me olham e já entendem, sempre que conseguem apanhar os sons que largo, no momento certo, para quem os quiser ouvir.

Não sou apenas eu que importo, entendam por favor, mas sou a que tão somente deixou de se importar!

Os meus defeitos são...

outubro 17, 2016 0 Comments
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Os meus defeitos são... Aí vem bomba!

Tenho um enorme, sou exigente com os outros, tanto quanto sou comigo. Porque o considero um defeito? Porque ninguém está verdadeiramente disponível para mudar, porque no fundo querem apenas ser da mesma forma, sem que um dedo tenha que ser mexido. - "Se quiseres adapta-te, se não sai". Não resulta, claro, duas pessoas são isso mesmo, duas, com histórias distintas, com verdades que lhes fazem sentido, mas que precisam de saber partilhar, incluindo o outro e escrevendo uma nova história.

Os meus defeitos passam por já não aceitar o que não me interessa. Sei o que NÃO quero, simplesmente porque não me fará feliz. Favores? Até esses já se pagam, nem que seja com a alma. Sei que sou um pouco altiva e nada dada a condescendências. Isto vai mais ou menos assim, a minha responsabilidade como educadora, é em relação aos meus filhos, não com os filhos dos outros, sobretudo se já cresceram o suficiente para responderem por si mesmos. Estou no bom caminho no que toca à tolerância, mas espicacem-me lá a inteligência e vão ver um touro com cornos em pontas.

Se consigo acertar os ponteiros? Claro, desde que não me caiba a mim dar corda ao relógio, de todas as vezes, para os mais tecnológicos falo em mudar as pilhas, tenho que me modernizar, mas seja lá qual for o modelo em questão, ou se partilha, ou não adianta ter alguém a fazer peso.

O maior de todos, este tem direito a Óscar, sou DURA com as palavras, eu sei-o melhor do que ninguém, mas também sei que nunca ataco se não for atacada, nunca luto se não me declararem guerra e nunca tomo a iniciativa de enganar quem quer que seja. "O que vês é o que terás". Gostam, fine, não gostam, saiam da frente, não me ocupem espaço nem me roubem o ar.

Para os que vão enrugar o nariz eu vou fazer uma pergunta. Sabem quanto tempo leva a construir uma Mulher a sério? Décadas, e é por esse motivo que não pretendo andar a mostrar caminhos a quem os tem pela frente. Burrice? No thanks! Esse sim é um grande defeito, e ser burro é contar com a própria esperteza, substimando a alheia, onde é que eu já ouvi isto? Entre outras coisas, é não ter mãozinhas para gente "grande".

Aos que não estiverem prontos, eu deixo um conselho. Façam-se à vida, comprem uns cursos intensivos, programas de coaching, o que quer que se adapte ao vosso handicap e quando estiverem prontos, voltem, quem sabe não estou ainda à espera!

Orgulhosamente só!

outubro 17, 2016 0 Comments
Sara Noite:
Quem é que afinal fica nos meus momentos segurando as minhas mãos que sempre parecem firmes, que cuidam, acariciam, limpam e carregam todo o peso da vida?


Estou aqui quieta, a ouvir a música da Celine Dion "Because you loved me" e a pensar que bom que seria ter quem se importasse verdadeiramente, quem me permitisse parar de ser forte, quem me deixasse repousar corpo e mente e fizesse acontecer por mim, vendo o que sempre vi e que vendo soubesse para onde quero e preciso de ir. Quem é que me conhece para além do que mostro, sem me apelidar de dura e de demasiado determinada? Na verdade não há ninguém, porque ninguém viveu ao meu lado tempo suficiente para acompanhar o meu crescimento e ao contrário da canção, nunca ninguém foi a minha força quando fraquejei. Ninguém viu por mim quando ceguei, mostrando-me por onde ir e falando quando me silenciei, quando não consegui articular as palavras que me sarariam por dentro. O meu mundo, infelizmente, não é um lugar melhor por causa de alguém por quem tanto esperei, nos dias em que me apeteceu desistir de tudo e deixar-me ir. O meu mundo foi esculpido por mim e atingi o que parecia inatingível, enchendo-me de toda a força que precisava, porque amo quem um dia poderá dizer que teve tudo, que viu e acreditou porque me tinha por perto, porque acreditei sempre e fui a voz que lhes falhava.

Sou a que esteve sempre lá, mas por quem nunca ninguém esteve na totalidade. Sou a que usa a verdade, em todos os momentos, sabendo que nem sempre o fizeram comigo, julgando que não o sentiria e falhando em manter-me a acreditar. Não posso dizer que sou tudo "isto", que cheguei até aqui por alguém, porque me tenham mantido inteira, com um amor seguro e determinado, todos os dias da minha vida. Ninguém conseguiu ver o melhor de mim. Ninguém me acordou com a força que mantenho em mim e comigo todos dias. Ninguém me deu pelo que acreditar, mas eu fi-lo por mim e foi com as minhas mãos que toquei as estrelas que sempre soube não estarem assim tão distantes. Afinal sou abençoada porque me amei sempre e porque nunca deixei de me puxar para cima. Sou abençoada por me saber multiplicar para também conseguir que acreditem, os que são amados por mim, que tudo é possível e que nunca deixarei de estar aqui.


Não estou orgulhosamente só, porque a solidão é um lugar escuro e gosto de luz. A solidão não tem sons e não sei estar calada, sem ouvir as músicas que me restabelecem de dias mais penosos. A solidão é o contrário do que espero, porque estar só é não ter nem dar amor. Não posso estar orgulhosamente só porque amadurecer sem partilhar, sentir sem provocar e olhar sem ser olhada de volta, apenas esvazia tudo o que consegui encher e preencher.


Quem foi que produzi afinal para afastar os que pareço ser capaz de amar? Quantos mais caminhos, terei que percorrer para que consiga ser olhada por dentro? Onde estará a metade de mim, a que fiz por merecer? Quanta mais solidão terei que mastigar para poder deixar de estar só?