6.11.16

Rendo-me. Aceito!

novembro 06, 2016 0 Comments




Rendo-me. Aceito! Não sei nada da vida, estou demasiado crua. Não entendo os sentimentos e a forma como irrompem. Como de repente, num segundo, se diz o que o outro esperava ouvir, se toca no único lugar que poderia ligar todos os botões que se interligam em milhares de circuitos e depois, depois o céu revolve-se, as nuvens juntam-se, troveja, violentamente e a chuva cai impiedosa, acordando-nos, molhando-nos o corpo e a alma, recordando-nos que é aqui, neste pedaço de Universo, que tudo a que temos direito chegará.


Rendo-me, afinal a minha aparente segurança, o controlo que acreditava ter, a redoma onde me fechei, nada, mas mesmo nada me consegue proteger de mim mesma. Eu senti, tal como tu, que afinal existem metades de nós. Num qualquer lugar, está alguém que nos completa e todas as palavras que usamos chegam sonoras, com sentido, a quem as precisava de ouvir.

Senti-te, o teu tom entrou tão dentro de mim que acabei a fazer amor contigo. Tive-te de mansinho. Senti cada pedaço de toda a vida que já te acompanha, que não conheço, que não partilhei, mas que faz de ti a pessoa que acabei a ter.


Não sei nada, nem mesmo eu, a que tanto se esforça por controlar, por ordenar que as águas corram sempre no mesmo sentido. Não sei quem ainda me poderá fazer crescer mais e entender, a cada dia, que sozinha não sou a mulher que preciso, porque estes últimos anos da minha vida tão pouco vivida, e estou a contá-los sim, estão a ser de revelação. Cada um tem servido para me entender um pouco mais por dentro. O que gosto, como quero, do que preciso, que corpo me acompanha e de que forma o ligo.


Fizeste-me sentir tão mulher, mas tão vulnerável que me apeteceu pedir-te colo. Desejei poder estar onde me tocasses, no lugar onde o teu olhar acompanharia a voz que me fez estremecer e fraquejar das pernas. Não sei quem és, não vou procurar, estou oficialmente assustada, comigo e com a necessidade que afinal tinha de que viesses. Vou parar agora, porque de ti e por ti as palavras não se esgotam. Não me vou alongar, vou sair de mansinho, sendo cobarde e cheia de receio de quem és!

Feelme, sente-me!

novembro 06, 2016 0 Comments

Feelme, sente-me! Nunca o título do meu blog fez tanto sentido! Tive quem me conseguiu sentir, quem olhou para mim e me viu, por dentro, por fora, como sou e sobretudo no que me posso tornar. Não foi o que sempre pedi? Fui amada com cuidado e com desejo também. Tive-o inteiro, tive o seu cheiro até se entranhar para custar a sair. As suas mãos procuraram cada pedaço do corpo que diz gostar e senti-me mais mulher em poucas horas, do que em 5 décadas de existência. Até eu mesma percebi de que forma posso ser e querer mais. Ri de felicidade e de algum embaraço perante a falta de amadurecimento no que toca ao amor e aos sentimentos que realmente importam. Saí dele tão preenchida que pareço não ter espaço nem sequer para pensar, no entanto e sobretudo agora, muito terá que ser verdadeiramente pensado, analisado e percebido, porque não me vou dar mais tempo para continuar a caminhar no percurso proporcionalmente inverso ao da minha felicidade.

Sente-me - Foi o que me pediste e eu permiti que sentíssemos os dois.

Quando paramos de avaliar, de analisar sentimentos e as pessoas que os carregam, tornamo-nos mais livres para usufruir. O prazer vem na proporção do que fazemos por merecer. O prazer recorda-nos, a casa segundo, porque razão estamos aqui. O prazer é deixar que os corpos se reconheçam, sem medos.

Hoje senti-te como és e fui eu mesma como sou e sem qualquer dúvida ou receio. Hoje assegurei-te, com cada estremecer do meu corpo, de que estiveste à altura!

5.11.16

Amar demais!

novembro 05, 2016 0 Comments


Amar demais! Rebobinei o programa da SIC para ver a última parte na qual dois bloggers já notáveis, que por acaso até são um casal, falavam sobre este tema. Quando e como se ama demais? É interessante de analisar e uma verdade que todos nós, algures na nossa vida, já amámos bem mais quem apenas nos devolveu migalhas. Teríamos consciência? Acredito que sim que o sabemos, por algumas palavras, por gestos e pela falta de envolvimento, que estava a ser uma relação unilateral, que nos magoava na maioria das vezes, mas que escolhemos camuflar.


Quando se ama demais, nunca termina bem, nunca nos deixa de alma cheia e de coração preenchido e é no mínimo triste. Já não tenho como amar demasiado agora. Já sei que o que não me deixa feliz, não serve. Claro que existirão obstáculos, ajustes e muita cumplicidade será necessária para começar de novo, para saber do outro e de que forma se pode encaixar em nós, mas isso não significa que tenhamos que nos anular, que deixar de ver e que aceitar tudo.

Qual será a solução para evitarmos cair em situações destas? Simples, comecemos sempre por nós primeiro, gostemos muito de nós e cuidemos do nosso coração para que possa ser cuidado e respeitado pelo outro. Assim nada poderá correr mal!

Quando se diz tudo...

novembro 05, 2016 0 Comments
♡pM♥:


Se dizes tudo e quando consegues dizer tudo, acordas um dia e percebes. Acabou, o tempo que te tinham oferecido foi resgatado. No início sentiste que te falhava a sanidade, que te doia por dentro e que te rasgavam a pele e a carne. Tiveste dias que passaram sem que soubesses como e para onde. Lutaste com todas as tuas forças para sobreviver, mas também desististe umas quantas, de viver.


Nunca fujas das palavras. Nunca deixes nada pendurado. Nunca adies. Nunca te massacres nem culpes. Quando dizes tudo, nada mais fica por dizer. O que decidires fazer contigo e com o que aprendeste, será a tua maior lição. Quando te permites alguns silêncios, chegas lá, entendes ao que vieram e porque não poderiam ficar. Quando se diz tudo, de repente, tão rapidamente quanto cai a chuva, o teu lugar e a tua missão tornam-se mais definidos.

Amar tem um poder hercúleo, sou eu que o digo e repito, todos os dias e a cada dia que me sento e cumpro o que me foi confiado. Amar é o que nos trás por aqui, mas deverá ser com a pessoa certa, a que nos aceita como somos, respeitando o que fazemos, valorizando-os mais do que todos os outros. Sermos amados acontecerá quando percebermos que o teremos que fazer a nós primeiro, nunca aceitando que nos cortem pela metade e que nos imponham medos dos quais nem se querem libertar. Seremos amados quando não tivermos que abdicar do que nos reveste o corpo, porque resultará apenas durante um curto período.

Quando estás atento, percebes a razão pela qual tudo te acontece. Acredita em mim, existirá sempre alguma. Quando chegas "", terás que te forçar a aprender e a não repetir, apenas assim terás os dados para o resto do jogo.

Não tenho nenhum amor na minha vida, não agora. Não tenho quem me ame ou seja capaz sequer de saber como se faz. Não ainda. Não tenho ninguém, porque ainda não chegou quem me sinta. Quem me leia. Quem me oiça quando não falo. Quem respire de forma compassada, ou acelerada, seguindo a minha respiração. Quem não duvide de mim. Quem perceba porque sou assim, diferente, teimosa, estranha, mas genuína. Não tenho nenhum amor, agora, porque não estava pronta para ser amada como mereço. Mas agora que disse tudo e que senti tudo da única forma possível, sei que ele virá, sem que o apresse, ou rejeite. Eu disse tudo e voltei a ser generosamente livre e eu!

Vou enumerar!

novembro 05, 2016 0 Comments

Vou enumerar ponto por ponto o que acho de ti. O que tens que me faz sentir tão viva que até duvido da minha sanidade:

. Intenso quanto o é o sol, para o qual não podemos olhar, mas que nos aquece até quando não se
  mostra.

. De palavra fácil, usas todas as que o alfabeto tem e verte-las sobre mim, nunca deixando que os
  silêncios se instalem.

. Queres porque precisas e procuras o que te deixa feliz, lutando feroz por ti, mas arrastando quem
  amas.

. Sonhador de alma cheia, esperando que quem reconheceste seja a outra metade, a que dizes já ter
  tido antes.

. De riso natural, quase de menino, consegues ser refinado, conhecendo e reconhecendo o que me 
  deixa a querer e a precisar de mais.

. Defensor e protector do que é teu, abraças com o corpo todo o desejo que te provoco, nunca
  desarmando e derramando o que farias, como e quando.

. Ainda não tive ninguém que se assemelhe, nunca me quiseram cuidar tanto que não me importasse
  de me manter como me sinto, uma menina.

. Sinto vontade de fugir de ti 3 vezes por segundo e sinto desejo de te pertencer outras tantas.

. Não poderia terminar a lista, não ainda, porque só mostraste o começo do que se adivinha tão poderoso que receio apagar-me e ser absorvida por ti.

Vou resumir porque te deixei entrar e porque razão as defesas se baixaram sem que o questionasse:


Foste tu e és tu! 

Significa sempre muito!

novembro 05, 2016 0 Comments
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Significa sempre muito, termos no nosso percurso a pessoa que escolhemos. Ela terá o que precisamos, e trará consigo o que nos mudará os dias, o que fará tudo parar de resvalar e simplesmente encaixar-se.

A pessoa que escolhermos deverá ter o que já tivermos decidido, muito antes de a conhecermos, e apenas virá para nos dar razão, fazendo-nos reconhecer cada sinal e cada olhar. Quem vimos e reconhecemos, deixar-nos-á a desejar o que ainda virá e que certamente será muito. Nem sempre iremos ter certezas, nem perceber o que não nos dizem, mas saberemos como sentir de que forma nos desejam. Temos que nos parar com os "não faço", "não deixo" e "não consigo", porque no final de cada certeza que teremos, de uma forma ou de outra, estaremos mais prontos, um pouco mais à frente e mais capazes de retomar os "sim" da vida.

És a minha pessoa, quem insisto em manter no meu lugar, a pele que arrepia a minha, os sons que quero ouvir e que apagam todos os outros. Sei que és tu porque já mais ninguém me importa e  nem os vejo. Sei que és tu porque ainda aqui estou, à tua espera, a querer que o dia em que me irás chamar chegue e sabendo que chegará, quando já não precisaremos, de arrumar mais nada.

És a minha pessoa porque é contigo que sinto tudo o que me faz a mulher que quero, a que poderá entregar-se sem qualquer ponta de medo, confiando que me darás o que tens, na medida certa, todos os dias da vida que ainda vamos partilhar.

A pessoa que escolhi és tu claramente e se o vejo, já o saberás também!

4.11.16

Por onde andas agora?

novembro 04, 2016 0 Comments
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Disseram-me que te encontraste, que estás feliz e que finalmente tens ao teu lado  quem te completa. No entanto permite-me duvidar, talvez porque me dê mais jeito, ou porque te conheça tão bem que precise de te ver e de te sentir para ter a certeza que é verdade, que o teu novo amor te completa e te dá tudo o que te dei e mais do que me decidi recusar. Não tenho do que reclamar, a decisão foi minha já sei. Era exactamente isso que me diriam se me atrevesse a verbalizar a saudade e a vontade que tenho de ti agora, porque se voltasse ao passado não iria querer parar, não teria desistido de ti e não estaria quase a perder-me de ódio de mim.

Por onde andas? Como é ela? Tenho medo de saber e um desejo quase insuportável de a ver, de a comparar e de perceber. Queria perceber se te faz rir, se te cuida e se o colo está disponível para quando ficas mais sensível, quase uma criança. Será que geme como eu quando fazem amor? Será que lhe sussurras as mesmas palavras e lhe agarras ambas as mãos para que não te fuja, olhando-a nos olhos tão dentro quanto me olhavas a mim? Por onde andas agora e que rotinas mudaste, ou será que usas das mesmas que tinhas comigo? Que lugar te ocupo na mente? Será que nos comparas? Será que te enganas nos nomes, ou escolheste um carinhoso que não te comprometa? Por onde andas desde que deixaste de andar comigo? O que foi que te ensinei e o que conseguiste aprender com tudo o que te dei?

Seguiste em frente. Escolheste recomeçar, mas preciso de saber se estás mesmo onde e com quem te move...