Estamos rodeados de pessoas más, de mal com a vida, amarguradas, incapazes de um olhar positivo sobre os outros, de se alegrarem com o sucesso alheio. Pessoas que destilam fel e que devem dar choque de tão negativas.
Cada vez que encontro umas quantas, e olhem que ainda as encontro, não consigo deixar de sentir pena e tristeza perante o que perdem, porque não conseguem ser felizes e fazem questão de "matar" tudo à sua volta. Mas o que ganham afinal? Nada vezes Nada, ZERO, mas insistem e prosseguem,como se de uma missão se tratasse. PUXA!
Hoje tive que intervir perante mais uma maldade, defender quem precisava, olhar por um semelhante, e o que ganhei? O prazer de ser eu, de não prejudicar, de cuidar de quem, espero um dia, também possa cuidar de mim.
Estamos a precisar, urgentemente, de lavagens a cérebros empobrecidos e de recordar que é aqui, neste planeta maravilhoso, que tudo se paga, por norma em dobro, acreditem ou não.
Existem pessoas más e eu gostava de saber como conseguem, porque eu não tenho um miligrama de maldade. Não invejo ninguém e não perco o meu precioso tempo a destilar o que quer que seja. Aliás, se tivesse esse talento, destilava sangria e bebia-a toda. Raio de gente pequena...
Já nada é igual. Agora sei, agora entendo, que ninguém tem que entrar para nos magoar e para que nos sejam testados os limites. Ele chegou e mostrou-me que tinha tudo o que alguma vez me faria falta. Ele chegou e deixei de precisar de chorar para adormecer. Ele chegou e eu soube que era o homem que precisava.
Quem está connosco. Quem pretende ficar para que tenhamos e sejamos mais, deverá acrescentar e ser bem mais do que somos já, apenas nós. Não precisamos de temer a vida no singular. Não devemos querer duplicar, quando ainda não sabemos o verdadeiro sentido do sermos nós, únicos e individuais. Não devemos procurar sons para fugir aos silêncios, porque eles também nos falam e dizem muito.
Já nada é igual, finalmente sosseguei-me. Aprendi a respeitar momentos sem palavras e eu mesma aprendi a não esperar pelos outros, porque as velocidades não serão as mesmas, a energia estará a diferentes níveis e talvez porque sim, porque terá que ser assim. Já nada é igual desde que ele me mostrou que posso, simplesmente, não pensar em nada e não me preocupar com nada. Já nada é igual desde que conheci quem possui a mesma força e clareza de mente. Com ele tudo é simples e natural. Com ele até os olhares fazem sentido e dizem o que o outro precisa de saber. Com ele posso continuar neste novo percurso, de paz e tranquilidade, sem ter que questionar tudo e todos.
Não quero voltar ao antes. Não quero ter que olhar para o que NÃO tinha. Não quero precisar de pedir para ter. Não quero ser apenas eu a querer.
Já nada é igual, nem voltará a ser, desta vez vou poder apenas viver e usufruir. Ele cuidará do resto!
Existem vícios bons, os que não envolvem químicos, álcool ou loucuras no geral. Existem vícios que passam pela partilha de palavras, de sons e imagens. Desejos e vícios em que dou o meu corpo que não podem tocar, nem ver, mas que conseguem antever e imaginar.
Hoje um dos meus vícios é escrever, o que faço compulsivamente, como que para expurgar a alma, limpando-me do karma que me acompanha, se é que ele existe. Escrever é o que necessito sempre de fazer, aqui, agora, hoje e todos os dias. Quando escrevo partilho sentimentos, mudo alguns mundos e aproximo outros tantos. É desta forma que viajo por diversos continentes, mesmo que apenas da minha cadeira, batendo furiosamente nas teclas do meu computador. Quero que as minhas palavras signifiquem algo, digam coisas, pequenas, grandes, importantes, supérfluas, minhas e vossas e que não permitam silêncios, porque esses sim é que nos desgastam.
Vícios que não nos corrompem nem maltratam. Vícios que nos deixam a sensação de trabalho bem feito. Vícios que conseguem alimentar o coração e a alma. Vícios que nos permitem continuar a sonhar, mesmo que a vida, por vezes, possa roçar o pesadelo. Vícios que nos trazem pessoas novas e que nos levantam do chão.
Existem vícios que devemos mesmo continuar a manter em nós!
Sobre o que falam quando conhecem alguém pela primeira vez? Como fica a vossa linguagem corporal e o que vos atrai de imediato no sexo oposto? O que precisa ele ou ela de ter para que as vossas cabeças se voltem e os olhos se fixem? Quero que se abram, pensando nos pormenores mesmo que pequenos.
Haverá certamente um ritual de encantamento e uma vontade de que seja assim ou assado. De que a voz seja firme ou sensual. Que nos envolva com palavras que façam sentido, mas que não sejam ensaiadas. Que entrem em nós com um corpo esculpido e membro pronto. Que o toque, o cheiro e o olhar faça sentido, nos desperte, nos aqueça e permita sonhar outra vez.
Certamente procuraremos todos o mesmo. A outra metade de nós, alguém que pare e que fique. Alguém que possamos encantar e com quem permanecer. "No matter what". É o que eu espero ainda conseguir encontrar. Se puder ser nesta vida por favor, tanto melhor!
Cada dia que passo sem ti, sinto que acabo mais pobre, mais sedenta do que tanto anseio, mas que o universo teima em não me proporcionar!
Estarei com as baterias mal reguladas ou apontadas para o lado errado? Muito provavelmente, mas não sei como te tirar de mim. Acordo todos os dias a pensar que hoje será o DIA, que hoje chegarei lá e que tu deixarás de ser apenas uma história, mas os dias vão e voltam sem ti.
Precisava que por uma vez, o mais fácil viesse até mim. Precisava de não ter que começar de novo. Precisava de ti, a quem já conheço, todas as manhas. Precisava de apenas ter os teus sons, palavras e toques. Precisava até dos teus respingos, humores, ciúmes infundados e medos. Precisava de parar de precisar de ti.
O tempo cura tudo! Pois claro que não, são apenas tretas e palavras ocas. O tempo passa sim, mas tal como os rios, mesmo com água renovada, continua a correr pelos mesmos sítios, uma e outra vez.
Hoje é mais umdia, neste sei que ainda aqui continuas e sei também que se entrasses pela porta que agora olho, o tempo voltaria para trás!
O amor e a falta dele, transforma-nos para melhor e para pior. Somos o reflexo de tudo o que construímos e do muito que nos faltar, para entendermos que apenas teremos o que formos capazes de doar.