23.1.17

Paz de espírito!

janeiro 23, 2017 0 Comments
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Paz de espírito! A tal que tanto procurava, mesmo sem saber que me fazia falta. Lutava, comigo mesma antes, para me sossegar, para não correr tanto e para olhar mais para mim e por mim, mas agora consigo-o e sem qualquer esforço. Supostamente também não deveria estar sempre lá, no lugar que me permitisse conforto, sossego, calma, sabedoria e tranquilidade, porque as águas deverão ser agitadas, mas eu já tive os mares revoltos. Eu já fui o furacão em eterna ameaça de erupção. Eu já fui o fogo que ardia e que se via mesmo. O que mudou? Boa pergunta, nem eu mesma sei, mas que me sabe bem, isso é um facto. A minha nova versão é pacificadora e não encontra, NENHUMA razão para se exacerbar ou querer mais dos outros. A minha nova versão já deixou de me surpreender, porque não me adianta querer perceber o que afinal me deixa bem e em paz.


Certamente que nem tudo serão apenas coisas boas e com o meu novo EU veio também a que desistiu de procurar e de conciliar. É bem mais fácil deixar que cada pessoa seja o que acredita ser realmente, mas deixando-as ir. PLEASE, não me queiram empurrar, convencer ou confrontar, porque de mim terão apenas indiferença e desapego. Tornei-me um pouco mais cinzenta, mas sem me apagar, talvez porque consiga agora ver a verdadeira face dos outros.

Paz de espírito, tenho porque percebi que não possuo nada nem ninguém. Sou apenas eu e da forma que me tiver construído.

Tanto que este ano já me ofereceu e roubou, e em tão poucos dias, que ao olhar em meu redor consigo apenas perceber a quantidade de pessoas que ainda irá tomar, por falta de coragem. Por incapacidade de crescer e por medo de uma solidão que já se instalou, apenas ainda não perceberam porque o barulho à sua volta ainda é grande. Um dia, do nada, ou do tudo que não fizeram, chegará o inevitável silêncio e ele vai doer, muito. Mas pronto, cada um que se cuide como puder e souber. Eu estou onde preciso e é apenas isso que me importa!

22.1.17

Sou mulher!

janeiro 22, 2017 0 Comments



Por vezes esqueço-me, ou faço por não me lembrar que sou mulher, mas vão com calma e sem confusões. esqueço-me que para estar neste mundo tão dúbio, movido a não sei muito bem o quê, porque espera de nós sempre a perfeição, tenho que vestir saias e calças. Tenho que ter pelo na venta, mas retirar os que são dispensáveis e pouco agradáveis à vista. Pedem-me, tal como a tantas outras, que produza muito e bem, que esteja sempre em alta, de cabelos no lugar, unhas a condizer com a roupa, pintura leve, mas que se destaque. Pedem-me que trabalhe 24 horas se preciso for, cuidando de todos à minha volta e nunca me descurando. Pedem-me, mesmo que subtilmente, que nunca aparente a idade que o meu bilhete de identidade regista, que esteja fresca, bela e sorridente, quando por vezes me apetece cair para o lado e morrer umas horas.

Tenho a  certeza que se pensasse mesmo a sério sobre o assunto, me cansaria até de respirar, porque não há quem aguente estar sempre em cima, parecer e ser a melhor. Não faz bem correr a toda a hora, ter que estar primeiro quando os outros se arrojam. Ganhar menos e trabalhar bem mais.

Continuo a aprender a melhor forma de me enquadrar sem me perder pelo caminho, sou mulher e por isso nunca vou desistir de sorrir como forma de me restaurar e acreditar que farei a diferença, que estou aqui porque é preciso e que a única forma de ser bem-sucedida é neste género, o feminino, o meu, nesta encarnação pelo menos!

21.1.17

I will always love you!

janeiro 21, 2017 0 Comments
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Estava a ouvir no carro a lendária música da Whitney Houston, "I will always love you" e inevitavelmente pensei em ti. Bem, na verdade apenas vieste mais rapidamente à ideia porque nunca sais dos meus pensamentos, nem de mim, apenas saíste da minha vida e das minhas escolhas. Vai-me restando o consolo, algum, o de saber que não sou nem serei a única pessoa que ama e amou sem retorno. As pessoas por vezes não se reconhecem e é tão somente isso!

Metade de mim grita-me que deveria ter lutado por ti, que te deveria ter arrancado do marasmo emocional em que sempre viveste, mas não me quis impor demasiado. Quis-te por inteiro. Quis ser a tua primeira escolha e não entendi a tua incapacidade de decidir, de lutar e de te entregares a um amor maior do que a tua compreensão. Assustei-te, deixei-te desarmado perante o "fogo" da minha vontade de ti. Acredita que nem eu mesma me sabia capaz de amar assim, com esta intensidade. Foste a minha descoberta, a minha revelação, a minha outra metade, o que mais desejei sem ter procurado e o que acabei a não ter.

"I will always love you", já é um facto e já não dói, mas corrói. Não dói, mas impede-me de continuar e de desejar um outro amor que me sei capaz de dar. Eu também espero e desejo que a vida te trate bem e que tenhas tudo o que desejas, mas que te dê sobretudo Amor, um Amor que te permita entender o que sempre senti por ti, que te ensine algo sobre o querer, o desejar e o ter do outro lado quem importa mais do que nós mesmos.

Eu sei que é por te amar sempre e desta forma, que desejo, sinceramente, que possas, um dia, vir a sentir a melhor sensação do mundo, a que tudo faz girar, a que nos dá forças onde por vezes não existem. O amor mudou a minha vida e o meu rumo. O amor mudou-me a mim. Uma vez que já sei que te amarei sempre e para sempre, vou esperar que um dia, ainda na vida que te falta viver, consigas encontrar alguém a quem possas amar como te amam a ti. Eu!

Engraçado!

janeiro 21, 2017 0 Comments
O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.- Aristóteles:



Não deixa de ser engraçado, agora e para mim, quando analiso alguns comportamentos e percebo que estou a anos-luz de muitas almas!

Tanta gente ainda zangada com a vida, transpirando uma arrogância e azedume inexplicáveis. Eu já fui essa gente. Eu já cheguei a destilar impaciências e a exigir que me deixassem em paz, a ser o que sabia ser melhor. Não deixa, realmente, de ser engraçado perceber que não preciso de "gritar" para ser ouvida, é MUITO mais fácil deixar ir, largar da mão e manter-me no meu espaço, disponível para quem quiser usufruir do que tenho.

Engraçado o meu grau de tranquilidade neste momento. Engraçado, como acordo e adormeço tão Zen, talvez exausta pela energia do meu cão. Engraçado como nem metade do que me afligia chega a beliscar-me. Engraçado, como deixei, de vez, de perguntar o que nunca me foi respondido.

Tomei consciência da minha mortalidade. Percebi que as minhas forças irão, eventualmente, falhar. Aceitei que apenas terei o que for capaz de construir no agora e que comigo apenas permanecerão os que me reconhecerem. Larguei as dúvidas, as que pairavam pelo meu excesso de exigência. Estou, finalmente, a usufruir de mim, a entender porque e como me movo e a não correr quando afinal posso caminhar, solta, tranquila e em paz.

Não deixa de ser engraçado perceber o que afinal sempre soube, mas andei a fazer o percurso ao contrário. Levei mais algum tempo, mas finalmente cheguei!