5.2.17

Desejos!

fevereiro 05, 2017 0 Comments
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Desejos, tenho uns quantos, muitos por sinal e não abdico deles porque o estaria a fazer de mim mesma. Tenho desejos de amores estáveis e determinados. Desejos que passam por lugares com sentido e que me devolvam o que os sonhos roubam, noite após noite. Tenho desejos, intermináveis, de estar ao lado de quem já estive comigo e que mesmo não o conseguindo tocar, não paro de o sentir.


Se todos os desejos fossem concretizáveis, pensarão alguns, então seríamos naturalmente felizes e prontos para o resto que virá com a vida. Se bastasse termos desejos para sermos desejados, teríamos um por segundo. Se desejar-te, com toda a força de cada um dos meus desejos, fizesse com que me desejasses de volta, não iria querer desejar mais nada.

Eu sei que te desejei, tanto quanto tudo o que veio contigo. Eu sei que recebi, cada desejo sonhado, sentido e saboreado, como se mais nenhum precisasse de chegar. Eu sei que os meus desejos nunca foram impossíveis, até porque tu vieste na forma de um.

Os meus desejos continuam a incluir-te e não tenho que me esforçar para que façam sentido e se encaixem no conseguimos ser, eu e tu.

Parece-me que desejar-te é o que ainda vou fazendo bem, por isso, hoje, amanhã e até que cada desejo seja concretizado, continuarei, determinada, a desejar que os teus desejos também me incluam!

4.2.17

Será que sabes?

fevereiro 04, 2017 0 Comments
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- Será que sabes de que forma me ligas todos os botões e me enlouqueces antes mesmo de me tocares?

Sempre que ele me falava assim, eu acabava a morder os lábios. A minha respiração disparava e controlar-me tornava-se incontrolável. O João também sabia de que forma me enlouquecer, de desejo, e de antecipação. Ele conhecia-me melhor do que ninguém e por isso arrancava e deitava fora a minha necessidade de me esconder, de fingir que não sentia desta forma, tão intensa e deixava-me simplesmente nua, vulnerável e pronta.

- Hoje vais ser minha até me cansar de te respirar. Até que a tua pele te arda e até que as coxas se recusem a abrir-se para mim.

Fui violentamente empurrada para a cama. Vi-o, imponente, enorme, sobre mim e fechei os olhos. Eu sabia o que viria a seguir e tive um medo incontrolável de gritar, porque fazê-lo significaria ter-me perdido deste mundo.

Começou, de repente, a morder-me as pernas, as coxas, os tornozelos, mas mordia mesmo e era tão real quanto o sangue que acabara a escorrer-me, já nem sabia muito bem de onde. Se sentia prazer? Vou ter que responder que sim, porque na verdade o que o João me proporciona não se parece com nada que tenha jamais sentido. É novo, estranho, aparentemente perigoso, com um sabor a pecado, a loucura e a excesso contido. Eu não controlo nada, não consigo rever-me em nada, sou forçada a deixar-me ir. Nessas alturas paro de pensar, concentro-me apenas no que me passa, pela dor e pelo prazer. Por vezes nem o oiço, ou às suas instruções e é forçado a dirigir-me com as suas mãos poderosas, a levar-me para onde teremos os dois o que nunca sobra, o que nunca basta, mas o que vamos querer repetir.

Lamento, mas já me apaguei, quando voltar a mim talvez tente passar-vos o que aprendi a gostar, tanto quanto já gosto de o ter na minha vida!

3.2.17

Estamos ambos bem!

fevereiro 03, 2017 0 Comments


Estamos ambos bem! Aparentemente, mas ainda não nos conseguimos tirar da cabeça, nem eu a ti, nem tu a mim!

No nosso passado tu eras quem me deixava mais completa, a não precisar de mais nada nem ninguém, a ter o que o céu me desse. Sol, estrelas e todas as cores com as quais respirava de cada vez que te sonhava e via.

Estamos bem, dizemo-lo para nos ajudarmos e para que doa um pouco menos, como se a dor se pudesse medir, arrancar, ou deixar adormecer. Estamos bem, mas o que nos resta é ir olhando, um pelo outro, agora de longe, mas cuidando de corações que doem, tanto, que em dias mais frios e de cores mais cinzentas, parecem quase rebentar e espalhar toda a nossa dor pelo resto do mundo.

Não quero parecer perdida, nem perder-me de ti. Quero poder manter tudo o que já tive e foi tanto. Quero que me guardes no teu olhar e que consigas sorrir quando me voltares a ver. Talvez já esteja de mãos enlaçadas a um outro amor. Talvez já tenha continuado com a minha vida, mas mantendo-te dentro daquela que não tenho forma de arrancar.

Estamos ambos bem, vamos ficar, espero eu. Tudo o resto vai continuar como antes de nós, como durante tanto do amor que fizemos, dos corpos que tivemos e das palavras que jorrámos, incansáveis, um no outro. Hoje, amanhã, a vida não cessará de correr e eu e tu ficaremos bem!

2.2.17

Porquê? E porque não?

fevereiro 02, 2017 0 Comments
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Porquê? E porque não? São as perguntas que teremos que fazer a cada dia, sabendo que as respostas poderão sempre mudar tudo, em nós e nos outros!

Estou num processo de cura interior, porque quero libertar-me dos erros dos outros, daqueles que cometeram sobre mim, e dos que eu cometi por não os ver. Não sabendo quem eram. cada um dos que se cruzaram comigo, tive que aprender a perdoar incapacidades e a aceitar que também eu não poderia dominar tudo. Também eu estaria num processo de aprendizagem e que se agora o sei, foi porque que cresci e porque me aprendi a conhecer.

Porque foi que o teu suposto amor não me bastou?
Porque não conseguiste manter-me eu mesma, deixando-me livre, a amadurecer e a conseguir amar-te à medida que subia, que crescia e me fazia tua mulher?
Porque falhaste em olhar para mim vendo-me?
Porque esperei eu tanto tempo e porque não me demovi, mesmo quando me viraste as costas?

Deixei de te usar como desculpa. Porquê? Porque a cura é mais célere e menos amarga se for conduzida apenas por mim. Deixei de procurar as respostas que não me deste e que tanto pareciam fazer-me falta, mas na verdade não fazem. Porque não? Porque falta sinto apenas de ti e do que conseguiste dar-me quando te deste sem reservas. Do resto, do que te sobrou e me estendeste como uma esmola, não quis querer mais!