On e off!
Sue Amado
fevereiro 09, 2017
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Uma das ENORMES vantagens que a idade nos trás, é a experiência que acumulamos ao ponto de a conseguirmos partilhar com os outros. Sempre fui das acérrimas defensoras da inexistência de um botão de On e Off. Segundo eu mesma, não era possível termos um mecanismo que simplesmente desligasse os nossos sentimentos, assim, à velocidade de um clicque, mas na realidade estive sempre enganada. Estou a perceber, a cada dia que passa, que existem apenas botões que foram mal distribuídos, algumas pessoas receberam inclusive modelos mais avançados do que os restantes mortais e por consequência, hoje estão a amar "loucamente", mas amanhã decidem que é demasiado trabalhoso e OFF, desligam o botão.
Estou aqui em protesto, porque assim que me apercebi da existência destes maravilhosos modelitos, tentei de imediato requisitar um, mas o diabo é que, ou se enganam, consecutivamente, na minha morada, ou eu estou "aqui" para atestar que ALGUMAS pessoas, nunca serão capazes de desligar o que sentem, só porque não lhes dá muito jeito. É óbvio que protestar não me adianta porra nenhuma, porque se assim fosse, que maravilhoso mundo teríamos, mas pelo menos registo o meu profundo desagrado por tão grande "distinção".
Fazer ON é fácil e conveniente, este estado é na maioria das vezes escolhido e até se decide quando e onde. A teia é bem montada e os mais incautos são apanhados nos planos mais mirabolantes e depois lixam-se, na maioria das vezes, com F. Não vou usar a palavra porque até sou das que não sofre com a falta de vocabulário alternativo. Já fazer OFF... ui e que jeito que me dava.
Vou ter que vos confessar que a minha razão para tudo isto é bem mais fútil do que alego. Na verdade sonhei que estava numa loja de malas e a minha preferida era uma Hérmes maravilhosa, mania das grandezas, mas incrivelmente e até no sonho, só podia chegar a uma Parfois. Procurei alternativas, mas nem a sonhar consegui movimentar-me em conformidade, só me vinha à mente um botão de OFF para poder mudar o cenário, no entanto a alternativa teve que passar mesmo pelo acordar para a realidade, a minha!