6.3.17

Deixei de precisar!

março 06, 2017 0 Comments
Person Walking on Gray Concrete Cement While Raining
Feelme/Deixei de precisar!Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet

Deixei de precisar de ti. Deixei de te imaginar. Deixei de te sonhar, over and over again, sobre como seria ter-te, porque já te tive, já fui a tua mulher, num tempo só nosso, sem pressões e de forma tão natural que me senti de volta a casa!
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O tempo não muda nada quando o que é suposto fazermos continua à nossa espera, a permitir-nos intervir, participar, querer e correr atrás do que achamos certo. Até poderá nem ser, mas sem tentar...

Interessante o poder da mente. Os truques que ela usa para nos levar a acreditar no que queremos e precisamos. Sonhei-te e vi-te sempre maior, com os contornos da face bem definidos, mas com os sons a desvanecerem-se, receando que quando chegasse até a ti, já não te tivesse.

Estavas ansioso, desconfortável, quase não me conseguias olhar nos olhos, por isso dei-te tempo, fui a veterana, superei-me a aconchegar-te e acabei a ter-te. CARAMBA, já o merecia, já precisava de te entender e de entender a minha necessidade de ti. Necessidade de encaixar e aceitar porque foste e és tu quem me mudou e continua a mudar os percursos.

Deixei, finalmente, de precisar de te imaginar, já sei que és real, que não te sonhei, que o que senti, algures, num tempo que acabou a passar, veloz e impiedoso fazia sentido e tinha uma razão de ser. Não sei de onde te reconheço. Porque estás assim, implantado em mim. O que me recordas que me deixa de sorriso nos lábios, a desejar que te mantenhas por perto o tempo suficiente para te mostrar, e para te provar, que apenas comigo a tua vida entrará no percurso pré-definido, porque depois meu amor, já não precisarás de procurar mais.

Agora que me tiveste e sabes do que falo, pára de fugir e arrisca, eu vou fazer com que valha a pena!

Não sei...

março 06, 2017 0 Comments
Person in Hoodie Sitting on Grass Watching Mountain
Feelme/Não sei...Tema:Sentimentos!
Imagem retirada da internet

Não sei do que são feitas as pessoas hoje. Não sei o que buscam e o que as alimenta, mas certamente que a fazê-lo, buscam muito pouco e nãos e alimentam de coisa alguma. Falo, obviamente, de sentimentos. Não sei como se acorda e adormece sozinho, sozinho de sons, de calor na alma e de emoções que apenas quem amamos nos passa. Não sei que planos fazem para a idade maior e com quem se vêem quando lá chegarem. Não sei e assusta-me, por eles, pela quantidade de "fantasmas" que iremos ter a deambular pelo mundo dos que vivem mesmo.

Somos cada vez mais, em algumas partes do globo, naquelas em que o alimento para o estômago é o primordial e onde amar é uma palavra cara, um bem luxuoso. Mas somos cada vez menos, em população, do lado de cá, nos chamados países desenvolvidos, e em emoções que temos gratuitamente e que esbanjamos tal como fazemos à água que para os outros representa ouro, diamantes, e todos os metais preciosos de que me lembrar. Estamos a cada dia mais pequenos e miseráveis. Queremos apenas os prazeres momentâneos e depois deles, depois dos "olá", dos beijos a fugir e do sexo com prazer unilateral, regressamos à nossa condição de insatisfeitos passivos. Somos miseravelmente infelizes, mas não mexemos um dedo para o deixarmos de ser. Somos, salvo seja, eu não entro nessa equação. Eu não ando "aqui" para ver andar os outros. Eu busco a minha felicidade nas coisas mais pequenas e nos momentos mais naturais. Eu mudo o que não me acrescenta. Eu luto pelo pedaço de vida que me pertence.

Não sei quem possa não poder nada, desistindo antes mesmo de ter começado...

5.3.17

Não entendi então!

março 05, 2017 0 Comments



Não entendi então, mas acabei a perceber, o que senti, da primeira vez que te vi. Quando me pareceste bem maior, com um brilho que não existira antes e com um sorriso tão aberto que me senti estremecer por dentro. Soube, logo ali, que era a ti que queria e que só poderia ser tão bom quanto receara admitir!

O toque já não foi igual aos outros, não enquanto teimava fugir, evitando-te, porque a verdade é que tudo o que me dizias fazia eco, fazia sentido e fazia-me bem. Desta vez o teu olhar mexeu comigo de uma forma que forçou tudo o resto a encaixar-se e toda eu te senti como eras na verdade, como te mantiveras, mês após mês, determinado a provar-me que estava enganada.

Por vezes, mesmo fazendo os mesmos caminhos, acabamos a não ver o que afinal até nos faria voltar a cabeça, e absorver cada nova imagem, conseguindo a sensação de estar onde deveríamos, a sentir o que não encontráramos antes, a parecer começar de novo, como se tivéssemos renascido e vendo o nosso reflexo, do outro lado.

Não entendi então, mas senti-te assim, porque te reconheci e porque soube o que teria que fazer para me resolver e poder continuar. Já me resta menos uma vida, e só não me vou já, porque ainda tenho mãos para segurar e gente a quem conduzir. Mas o sorriso está pacificado, já estou de volta ao que construí na anterior, livre e mais leve.

O "trabalho" agora é teu e ou me reconheces também e te resolves, ou então ainda me irás carregar mais algum tempo. Tanto quanto for necessário para que me aceites e feches o ciclo. Ficarei à tua espera, no lugar de sempre, no momento em que depois de todas as voltas terem sido dadas, só restará o único caminho que te trará até a mim e saberás como o encontrar!