28.3.17

Os "nossos" fantasmas...

março 28, 2017 0 Comments
Alguns conseguem manter os seus fantasmas como se de uma colecção se tratasse. Carregam, na vida, tudo o que lhes proporcionam e na maioria das vezes, apenas sofrimento. Ter fantasmas, muitas das vezes, serve-lhes para que não se libertem do passado, porque a esse pelo menos já conhecem. Os nossos fantasmas, os meus e os teus, podem ser esfumados, esmagados e dissolvidos, mas há que se ter força e coragem.

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Feelme/Os "nossos" fantasmas...Tema:Relações!
Imagem retirada da internet

Algumas pessoas não assumem novas relações e encontram, em cada uma, erros, incapacidades e razões para continuarem a ter razão, afastando-se irremediavelmente. Têm obviamente fantasmas e por vezes nem se apercebem, porque por norma não se analisam, nem à forma como se relacionam com os outros.

Os nossos fantasmas podem ir crescendo multiplicando-se a velocidades estonteantes e nessas alturas percebemos, todos os que estão de fora, que os comportamentos são absurdos e incoerentes. Caramba, pareço uma profissional de saúde. A verdade é que lido com tanta gente danificada e em negação, que não tarda, estou com carteira profissional e começo a exercer.

"Quem não quiser ser lobo, não lhe vista a pele". 

É tão fácil, procurarmos o que carregam os outros, escondendo os nossos medos, fantasmas e traumas. Para o efeito apenas teremos que olhar para o lado. Nada mais fácil.

Sabem o que vos digo? Quem mantém fantasmas, agarrando-se a eles como se de uma segunda pele se tratasse, não vive e mais grave ainda, não deixa viver.

A solução é?

Tratem-se primeiro. Curem os vossos corações ocupados com lixo e só depois da remoção feita deverão tentar entrar na vida de alguém. Acho que é o mínimo e revela algum carácter. Concordam? Eu acho que iríamos agradecer todos.





27.3.17

Deixar ir...

março 27, 2017 0 Comments
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Feelme/Deixar ir...Tema:Sentimentos!

Quando acordas a saber que tens um milhão de tarefas por realizar, lugares para estar e pessoas para cuidares, deixas ir quem não te poderia acompanhar o passo!

De cada vez que decidem avaliar-te, nunca o fazem calçando os teus sapatos, apenas olham para as partes mais visíveis da tua vida e tecem considerações, baseados em porra nenhuma ou talvez nas suas vidinhas de merda. Hoje não estou azeda, estou dura e implacável com os que não mexem, um dedo que seja, para serem mais, é que sempre que acordo tenho mais e melhor para fazer, é tarefa que não termina e a terminar, já estaria eu engavetada, pronta para nunca mais ser nada nem ninguém.

Estou, cada vez mais, incrédula com a enorme displicência com que vivem TANTOS, mas TANTOS, que arrisco dizer que não estamos no mesmo mundo. Quem é que se pode atrever a queixar-se de uma vírgula fora de contexto, quando alguns não sabem nem como alimentar ou cuidar dos seus? Como se podem dar ao luxo de ter luxos emocionais, quando outros apenas se dão ao luxo de serem honestos, determinados, nunca desistindo do que  lhes cabe?

Já percebi que devo deixar ir, a cada segundo, todas as pessoas que não parecem cair para lado nenhum, porque eu tenho quedas que me magoam e me assustam. Já percebi que afinal até preciso de deixar ir quem me adoece a alma e me interrompe os sonhos que já sonhava bem antes de existirem na minha vida. Já sei que deixar ir, o número de pessoas que se foram, significa que um dia quero estar rodeada apenas das que interessam conhecer e manter.

Conhecem a sensação de ter as mãos demasiado cheias e completas? Certamente que sim, os que as enchem. Quando estamos assim, não sentimos vontade de largar nada para tocar quem não nos toca. Já provaram do sabor amargo que nos passa quem não consegue passar absolutamente nada, mas assim mesmo ainda nos rouba tempo e paciência? Caramba, tanta gente que nos deixa e fazia uma enorme falta. Tantos seres que ajudariam o mundo a ser mais natural e colorido e só nos vemos rodeados de seres cinzentos e vazios.

Sabem o que vos digo? Vou só ali ao fundo do quintal gritar alto e já volto!

Olhares que dispensamos uns aos outros!

março 27, 2017 0 Comments
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Feelme/Olhares que dispensamos uns aos outros!Tema:Sentimentos!

Nem sempre andamos atentos, o bastante, para nos oferecermos olhares verdadeiros. Nem sempre conseguimos ver para além das pessoas, julgando-as pelo que somos. Nem sempre somos bem sucedidos, porque gastamos precioso tempo a pensar, ao invés de perceber.

Quais são os olhares que dispensamos, uns aos outros? De que forma usamos os olhares que dispensamos uns aos outros, para nos vermos mesmo? Quando é que conseguimos olhar sem ideias preconceituosas, apenas tentando ver quem está à nossa frente?

Nem sempre andamos a passo com quem está a caminhar connosco, porque nos perdemos no que acreditamos ser a realidade de todos. As noites poderão tornar-se bem mais frias, se nos mantivermos de forma teimosa, no que só poderá ser insegurança. Os dias, esses, estender-se-ão tanto, que chegar ao fim de cada um passará a ser uma dura batalha.

Se cada um fizesse o que lhe cabe, tanto que conseguiríamos olhar e ver. Se os nossos sentimentos fossem envoltos em mais humanidade e respeito, tanto que ganharíamos e tanto que valeria a pena viver. Se soubéssemos amar, apenas amando, tanto seria o amor que se distribuiria.

Já me deixei de querer entender. Já não gasto energias a explicar. Já nem tento olhar de forma diferente, porque se for olhada como não sou, não tenho que pestanejar, duas vezes, a quem não vê um palmo à frente do nariz. Os olhares que dispenso aos outros vão sem avaliações e sem repreensões, porque depois, só depois de os ter visto é que posso perceber e aceitar ou rejeitar.

Eu vejo-te como sou e é por isso que te vejo uma pessoa grande, bonita, feliz e de bem com a vida. Se não fores de todo assim, já não será por culpa dos meus olhos!

26.3.17

São poucos...

março 26, 2017 0 Comments
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Feelme/São poucos...Tema:Relações!

São poucos, muito poucos os que sabem quem sou e o que carrego comigo. Pode até ser demasiado, mas é o que me basta para que baste a quem se cruzar comigo. São poucos e assim se manterão, porque não planeio abrir muito mais o livro, não porque precise de o esconder, mas porque o trabalho deverá ser feito por quem entender que me quer. São tão poucos os que me conhecem, mas assim nunca me sinto responsável pelos que parecem não conhecer nada. De tudo o que vou aprendendo, porque faço questão de aprender todos os dias, guardei a verdade que me acompanha, só nos conhece quem guarda tempo para o fazer.

São poucos os que planeio conhecer agora. Não porque esteja acima, e talvez até esteja mesmo, de alguns, mas porque o meu tempo é demasiado curto para TUDO o que tenho para fazer. São, cada vez, menos, poucos, pouquíssimos, os que me conseguirão roubar sorrisos, momentos meus e sonhos. São poucos os que amo e a esses amarei sempre, sem qualquer esforço ou exigência, porque amar é um direito que me assiste e que ninguém, nem nada impede. São poucos os que me tocam agora e com quem planeio tentar emoções, porque não pretendo agarrar ninguém ao colo. Agora é a minha vez. Que sejam fortes, sobretudo de braços e de coração. Que queiram sentir, sem reservas, porque o que levamos será apenas o que tentarmos.

São poucos os bons, mas proliferam os maus. Os inúteis. Os pequenos, Os adormecidos. Os que apenas se arrastam. São poucos os que nos fazem ter vontade de revolver o mundo, porque não têm mundo algum. São tão poucos os que dizem o que estamos desejosos de ouvir, que até o silêncio começa a ser um aliado, mesmo para mim.

São poucos, mas  "tu" estás entre os melhores. "Tu" e "tu" e "tu" também. São poucos mas valem tudo o que já sou.

A ironia da vida...

março 26, 2017 0 Comments
Woman Inside the Black Sedan at Daytime

Quando o tempo que deveria passar, passa, a ironia da vida junta-se ao que fomos, muitas das vezes apenas "palhaços" neste ENORME circo emocional e conseguimos ver o que parecia enublado antes. Quando estamos necessitados de tudo o que nos alimenta o coração, acabamos por cair em embustes totalmente desenhados por nós. Quando não estamos firmes em ambos os pés, somos levados a balançar por quem de outra forma nunca se fixaria em nós.

A ironia da vida é sabermos arrecadar tudo o que ela nos trás e aceitar. A ironia da vida é percebermos que os amores grandes, os que julgámos ser o da nossa vida, o seriam apenas por um momento. A ironia da vida é a nossa eterna impreparação para com os que aparentam saber bem mais do que nós, porque esses nunca desistem do que lhes faz bem e sugam a nossa felicidade para se alimentarem por mais algum tempo.

Mesmo que não tenhamos rótulos que nos avisem de perigos, vamos tendo o bom senso que cultivámos e tarde ou cedo ele acabará por se impor, recordando-nos do que até já sabíamos, mas precisávamos de ter vivido. Afinal de contas, nem tudo tem que ser sucessos e risos, as lágrimas e as quedas também nos ensinam muito sobre quem somos. Mesmo que chova uma semana inteira, nós sabemos que o sol virá e quando acontecer, iremos desforrar-nos de tudo o que nos impedimos de fazer, por comodismo, porque na verdade até à chuva se corre. Até à chuva se aprecia a beleza da natureza e até à chuva se faz amor. Mesmo que não existam manuais, a nossa intuição raramente falha, mas temos que saber provar de outras comidas e conseguir caminhar por outros caminhos, porque é isso que nos oferece a vida e a torna mais valiosa.

A maior ironia da vida é conseguirmos amar, muito, desesperadamente alguém, mas quando ela nos vira as costas viramo-nos para outro amor, porque ele poderá ser ainda MAIOR. A maior ironia da minha vida, até hoje, foi ter percebido que continuo a ser a mesma até depois de grandes quedas, porque há muito que me construí assim, forte, corajosa, determinada e pronta. Quem já estiver pronto também, que venha até mim!