31.10.17

Maturidade procura-se!

outubro 31, 2017 0 Comments
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Ter maturidade. Tal como muitas outras características inatas, ou se consegue, ou jamais se chegará lá, quando muito, chega-se tarde demais! A maturidade não vem apenas com a idade, vem com a capacidade de nos vermos e conhecermos realmente. Existirão muito bons mortais, por este mundo fora, que jamais entenderão o que isso significa. Alguns até acharão que se fala de uma palavra abstracta, algo que deverá ser legendado para que se perceba o enredo.

Onde andam os alegados homens maduros? O que será preciso fazer para que saibam mais do que aquilo que vêem na televisão (com legendas). Para que consigam pensar sem paralisar quaisquer dos músculos faciais e para que se mantenham inteiros se tiverem que juntar umas quantas palavras com sentido? Vá lá, não pode ser assim tão difícil, afinal estamos a falar da conservação da espécie, não nos deixem voltar ao Adão e Eva, porque depois já não haverá dentadas na maçã, desta vez acredito que alguém iria ter que a engolir inteira.

E já agora, para que a culpa não morra solteira, onde andam as mulheres maduras? O que é feito das que sabem, exactamente o que querem e como se devem comportar nas escolhas, decidindo quando parar ou prosseguir. Tanto que já deveríamos ter evoluído e sei que o conseguimos, porque eu faço-o diariamente, mas tanto que ainda recuamos a cada passada. É totalmente contra producente.

A maturidade, sobretudo emocional, dá uma trabalheira que até cansa as pedras da calçada, mas sem ela e sem todo o trabalho que envolve atingi-la, nada do que dizemos terá impacto positivo e tudo o que fazemos nunca será suficiente. Por isso ter maturidade é agora uma qualidade tão rara, quanto raras se tornaram algumas espécies. O problema agudiza-se e a possibilidade de chegarmos a quem a tem, uma verdadeira lotaria...

Nunca nada é igual!

outubro 31, 2017 0 Comments
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Não conseguimos que nenhum dia seja como o anterior e talvez por isso fiquemos sem saber o que esperar do próximo, porque nunca é igual!

Hoje senti-te mais longe de mim do que o habitual. Não porque me pensasses menos, mas simplesmente porque o dia não o permitiu. Falámos de forma breve porque estivemos numa correria profissional que sempre acaba a protelar a emocional. Vencedores e vencidos, o inevitável percurso da vida. Gosto de ti, digo-o sempre que posso e repito-o quantas vezes me perguntares. Gostar de ti parece ser o que faço melhor, ultimamente, tu reconheces que sim e eu fico mais completa por sentir que te passo o que sou, nem mais nem menos.

As minhas rotinas, a existirem, começam e terminam contigo. Tens-me "oferecido" as partes de ti que já vou encaixando, ensinando-me a ser mais espontânea,  a desejar ser desejada e a não me esconder nem do que sinto, nem de mim. Hoje o dia foi desigual, é assim  que me chamas, dizes que sou diferente de tudo e de todas as mulheres que já conheceste. Espero que isso seja realmente bom.

Nunca é igual e talvez por isso mesmo tenha sentido mais falta de ti, mas enquanto sinto, confirmo-me o que já sei desde que soube de ti, porque algumas pessoas estão-nos mesmo reservadas. Nunca é igual o amor que damos, porque com ele e dele virá quem veio até nós, pelo seu próprio pé, depois de nos ter reconhecido. Nunca é igual, por isso não há que ter medo quando se recomeçar, porque a não ser igual, até poderá ser muito melhor!

Amar são palavras...

outubro 31, 2017 0 Comments


És sempre tu que dizes que amar são palavras, e eu acrescento que é tudo o resto que nos permite continuar. Mas para que o tudo chegue, precisamos de saber do outro. Precisamos de antecipar cada desejo e de o satisfazer, porque dar é receber duas vezes. És sempre tu o mais calmo, o mais doce e o que espera, pacientemente, para que esteja pronta, mas já estou, já fiquei...

Está tudo a correr ao contrário, mas bem desta vez. Desacelerámos. Passámos a passar pelos silêncios como forma de nos sentirmos, mas apenas e só quando estamos juntos e nos podemos olhar. Sempre que não te sinto, a vontade de ouvir a tua voz parece querer consumir-me, mas basta que me lembro que estás aí, desse lado, mas comigo e que te posso ter, para que a espera não me enlouqueça. Parecemos ter tanto para dizer e tão pouco que precise de ser dito. Estamos a cimentar um caminho que terá que passar por nós, mas sendo mulher, quero mais de ti, até os segredos, porque com eles virás tu, inteiro e como és realmente.

Vou passar a fazer perguntas. Vou começar pelos teus começos, até que chegues ao agora e ao nós. Vou querer aprender com o que não te correu bem, para ser mais e melhor. Vou procurar a tua felicidade para preencher a minha. Vou fazer bem o trabalho de casa e esperar que o resultado nos seja favorável.

Amar são palavras e é sobretudo isso que amo em ti!

30.10.17

Pedi e tive!

outubro 30, 2017 0 Comments
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Feelme/Pedi e tive!Tema:Desafio a duas mãos!

Fiz o percurso até onde certamente já me esperavas, a pensar em tudo o que tivemos antes. Sinto como que se o tempo tivesse galgado décadas e de repente, do nada, a idade, que não sentia, se apoderasse  de mim. Por vezes envelhecemos em dias, sobretudo quando cada um deles no testa até ao limite.

Já estamos bem para lá do início. Agora somos, tu e eu, pessoas novas, renovadas, e espero que mais capazes de enfrentar o que ainda virá e certamente que será muito. Os caminhos que me mostraste. Os lugares novos e os tempos que nunca colidiram, passaram a ser meus e a fazer parte do que sou já.

Estou a ver-te. Caramba, és mesmo um homem bonito. Conheço cada traço, porque sempre que adormecias, de sorrio nos lábios que não beijava apenas para não te acordar, percorria com os olhos a pele que enlouquece a minha, os olhos que parecem ler-me a alma. Os cabelos onde passo as mãos e sinto envolver-me em seda. Estás ali, de pé, à espera e eu quero tanto tocar-te.

Desta vez não houve palavras, não para além das que sempre nos dissémos. Desta vez os corpos falaram bem mais do que nós e deram-nos o que já quase nos enlouquecia a ambos. Os teus beijos são como os lembro e carregam tudo, mas mesmo tudo o que vou continuar a precisar. O teu abraço forte, que parece partir-me ao meio, é a confirmação de que me sentes e desejas. O respirar acelerado que se junta ao meu e nos impede de ouvir o que está à nossa volta, confirmam qualquer pergunta. Desta vez o amor foi mais violento, mas de outra forma nenhum sairia saciado. Não sei quanto tempo estiveste dentro de mim, não contei, mas senti cada espasmo e arrepiei-me em lugares que nem me lembrava de ter.

- Ainda duvidas de que é a ti que quero?
- Não querida, não agora, não depois de te voltar a ter.

Tive-te como te imaginei todos estes dias e pedi que me aceitasses, porque se não o fizesse, não teria forma de regressar ao que já era...

Gosto do teu sabor!

outubro 30, 2017 0 Comments
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Feelme/Gosto do teu sabor!Tema:Sentimentos!

Gosto do teu sabor, porque gosto de pessoas genuínas, naturais e empenhadas em ter um sabor memorável. Gosto do teu sabor porque se embrulha no meu, passando-me o que sentes, sonhas e desejas de quem te tem. Gosto do teu sabor porque não é igual a mais nenhum. Carrega todas as tuas vidas. Cada lugar por onde passaste e todas as pessoas que fizeram de ti o que és hoje.

A cada dia que passa, percebemos que algumas pessoas que chegaram até nós, simplesmente teriam que o ter feito, porque depois de as sentirmos e vermos, nada voltará a ser igual, ou a avançar da mesma forma. Trazem-nos o que ainda não tínhamos. São capazes de nos entender sem palavras.  Carregam-nos sem que o peso se torne insuportável e escolhem escolher-nos sem qualquer esforço.

Gosto do teu sabor e já sei que o meu te sabe igualmente bem. Gosto de gostar de ti assim, sem mesmo saber responder às inúmeras perguntas. Gosto de te imaginar para lá de cada dia, esperando que nunca deixes de estar. Gostar de ti fez-me querer recomeçar!

O que eu era capaz de fazer para te ter...

outubro 30, 2017 0 Comments
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Feelme/O que eu era capaz de fazer para te ter...Tema:Sentimentos!

O que eu era capaz de fazer só para te ter, agora, neste preciso momento!

Sinto todo o meu corpo revolto num misto de sensações, de desejos e de vontade de te ter outra vez. Não quero ficar apenas eu, quero poder sair de uma vida, a previsível, e ter a outra, aquela onde do outro lado estarás tu. Quero deitar-me ao teu lado nas noites quentes, aspirando contigo o mesmo ar e respirando descompassada a proximidade me enlouquece.

Não me queria preocupar em ter que procurar outro que não tu, eu sei que és a pessoa que escolhi algures numa vida passada, e a quem já amei por muitas mais, e é por isso que ainda mexes comigo e controlas todos os segundos do meu tempo. Volta, por favor. Quero sentir-te. Quero ter-te. Quero beijar os teus lábios, chupá-los sôfrega, ser abraçada por ti e sentir-me reconfortada de um dia difícil. Quero saber-te na outra ponta do meu tempo. Contigo por perto tudo se encaixará na perfeição, tudo o que eu fizer servirá para algo, para bem mais do que para mim e para o que me reservei. Não sei resistir-te, desistir de ti ou parar de te sonhar. Vou continuar a ter-te como o meu único desejo, porque nunca precisei de ninguém tanto quanto de ti.

Vou deitar-me, agora, de mansinho, e enrolar-me quieta à espera que apareças de novo e me sorrias como só tu sabes. Estou aqui, vem por favor!

29.10.17

A chuva que quase deixei entrar...

outubro 29, 2017 0 Comments
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Feelme/A chuva que quase deixei entrar...Tema:Desafio a duas mãos!

Já tinha começado a chover,  mas apenas quando os pingos se tornaram grossos e ruidosos e começaram a bater, violentamente no pára-brisas, me lembrei de que ainda não tinha saído do carro. Não sei por onde andei, eu com os meus pensamentos, tantas horas. Olho para o relógio, são agora 21 horas, sinto-me vazia, não me consigo lembrar se comi hoje. Escolho sair, e em menos-de-nada estou tão molhada pelo cansaço que se acumulou, que de mim escorre muito mais do que água. O som estridente da quase tempestade permite-me gritar, bem alto e sem que arrisque ser ouvida...

Descomprimi, sinto que os músculos relaxaram, tanto, que duvido até dos movimentos. Como é que posso mover-me, mesmo que seja dando um passo de cada vez e chegar a casa? Que sentido faz tudo isto afinal? Do que está a adiantar tanta dor?

Não sei o que pensas e se pensas sequer em mim. Não sei se estás tão magoado e distante, que não vais querer ouvir e saber de mim. Não sei no que te transformei quando parti metade dos teus sonhos comigo. Não pareço saber nada, ultimamente, nem mesmo de mim. Mas sei, isso consigo, que não passo de uma tonta, burra e inconsequente. Pareço não ter aprendido nada, ou apenas o que não me serve para coisa alguma agora. Não sei quem sou se não o puder ser contigo. Não quero deixar de querer tudo o que já quis antes, quando eras tu a razão pela qual já tudo fazia sentido.

Já estou em casa, gelada para lá do suportável, deixei cair tudo das mãos e agarrei, desesperada, o telemóvel que estava no bolso das calças, não sei se acabou molhado, nem como marquei os números, mas tinha que ouvir a tua voz, ou ia acabar tão partida que já não serviria para coisa alguma.

- Sim?
- Rui, sou eu, não desligues por favor, preciso tanto de ti e não estou a aguentar mais. Ajuda-me homem da minha vida, porque se não tiver não quero ter mais nada.

O silêncio, o teu, gelou-me bem mais do que o frio da noite e o medo envolveu-me numa nuvem tão densa que fiquei sem saber o que dizer mais.

- Minha querida, estou aqui e apenas a respirar fundo. Vou ter contigo agora, já...