1.1.18

Qual é a melhor parte de mim?

janeiro 01, 2018 0 Comments
P I N T E R E S T @lindsayfuce--    #love #couple #fashion


Se o melhor de ti for eu, e se o melhor de mim fores tu, então o melhor de nós estará irremediavelmente comprometido, porque ninguém deverá ter poder para subtrair o que precisamos para não cair.

Qual é a melhor parte de mim? Seguramente que todas as partes que junto, com todo o cuidado, parecendo-me por vezes peças infindáveis de imensos puzzles, mas que já vou dominando melhor e que resultam no todo de que sou feita. O melhor de mim sou eu de cada vez que acerto nas escolhas e até quando erro, por me ter distraído, porque sou sempre fiel ao que tanto me esforço por criar. O melhor de mim surge, sempre que o melhor de cada um dos outros, os que se cruzam comigo, me dão um pouco mais. O melhor de mim acontece sempre que percebo o que não resulta se me desviar, e porque vou acertando as rotas e regressando a "casa".

Qual é a melhor parte de mim? É a que te faz sentir mais vivo e te atiça a vontade de seres diferente, vivo e pronto. Talvez não tenha apenas uma e talvez nem servisse a ninguém se assim fosse, prefiro acreditar que o conjunto engrandece o particular. O melhor de mim faz-te, seguramente feliz e quando o melhor de ti, que és tu mesmo em pedaços irregulares, vem, seguro até mim, as nossas melhores partes respondem, sem qualquer dúvida, à minha pergunta.

Por onde andam os amores bem-sucedidos?

janeiro 01, 2018 0 Comments


Por onde andam os que parecem ter-se reconhecido, imediatamente após se terem conhecido? Como ficou aquele amor onde ambos, de forma inusitada, parecem ter tropeçado um no outro? Para que lugar seguiram os que até chegaram a dar as mãos, aceitando que só faria sentido se fossem dois, mas apenas para as soltarem de seguida?

São tantos os amores que terminam à velocidade que começam. São imensas as pessoas que não querem gastar tempo a dar tempo ao que lhes concederia tempo de qualidade. São, cada vez mais, os que recuam perante a mais pequena adversidade, porque não estão preparados para não serem apenas eles, em cada decisão e também na solidão a que se vetaram. São tão visíveis os que já desistiram. Os que não dormem bem e comem ainda pior. Parecem feitos de uma massa própria que brilha no escuro, mas não de uma cor que se queira seguir ou que nos ilumine. Têm a cabeça baixa e os olhos não pousam, confiantes, nos olhos que os querem ver. São cinzentos, mesmo que com roupas coloridas. Falam as mesmas coisas e repetem o que cansa, rapidamente. Usam os "se" e os "mas" com uma frequência que nos fará desatar a correr, a nós os que sabem o que podem fazer por aqui. São tantos, cada vez mais, os que ficam de alma tão vazia que nada, mas mesmo nada os poderá salvar...

Por onde andam os amores bem-sucedidos? Precisávamos de os conseguir ver, para conseguirmos acreditar!

31.12.17

As saudades apertam, sobretudo nestas datas...

dezembro 31, 2017 0 Comments
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Quando abres mão de quem te quis como sempre desejaste, em alturas como esta, em que todos parecem festejar alguma coisa, tu festejas as mágoas que te começam a corroer, sem parar!

As saudades apertam, sobretudo nestas datas, se deixaste palavras por usar, acções por explicar e outros beijos, dentro de todos os que conseguiste dar, mas que ficaram a faltar. As saudades, de quem te fazia acordar pronto e adormecer tranquilo, apertam, mas apenas porque estamos numa altura em que todas as outras, as que deixaste arrastar, te cobram a cobardia e a ousadia de achares que voltarias, de alguma forma, a ter o que tiveste antes. Ela era o brilho no olhar que todos conseguiam ver. Ela era cada um dos risos que vinham em catadupa, enquanto rias sem saber do quê. Ela era a tua esperança num futuro menos cinzento, cheio de um vai vem infinito, mas que te manteria vivo. Ela era o corpo que o teu reconhecia e que se encaixava, sem qualquer esforço, mesmo que tivesses que te esforçar por não a deixares de satisfazer. Ela era a bebida que escolhias com todo o requinte e que te aquecia por dentro, adoçando-te a boca com que a cobririas. Ela era a que te dizia o que te custava ouvir, mas que assim mesmo sabias ser a verdade e por isso a aceitavas. Ela era quem tinhas, mas não tens mais...

As saudades só existem porque representam o que perdemos e as perdas são assim, duras de suportar, não importa quanto tempo passe. As saudades apertam, sobretudo nestas datas, porque a solidão e a visão de um mundo a fingir te afligem ainda mais. As saudades apertam quando era real e genuíno o amor que te dispensavam e assim mesmo recusaste vê-lo. As saudades apertam para quem irá continuar a ter saudades de tudo e é assim que te sentes hoje. É assim que te continuas a lembrar de mim. É assim que percebes o que já perdeste. É assim que passas a saber, porque o sabor amargo se apodera de ti, que depois de abrires mão da felicidade, poderás nunca mais voltar a ser feliz.

Lamento se estejas a sentir saudades de mim, mas isso apenas significa que me perdeste...

30.12.17

Será que sabes que o melhor está para vir?

dezembro 30, 2017 0 Comments
Brilliant Digital Art by François Baranger


O melhor do ano que termina é o que está logo ali, na esquina de mais uma porção de vida por viver. Melhor do que sonhá-lo, é saber que vai mesmo acontecer, e que agora falta apenas mais um dia para que o que queríamos iniciar, se inicie mesmo. O melhor de todos os dias que tivémos e que até sabíamos quantos seriam, foi perceber que nos seria dada mais uma oportunidade. Melhor do que todos os votos e desejos de reinícios, é finalmente poder reiniciar.

Será que sabes que o melhor ainda está para vir? Eu sei que só pode, e que só assim fará sentido continuar. O melhor de mim e do que andei a semear, está já ali, bem mais perto da mão que estiquei para o poder tocar. O melhor do que aprendi está prontinho para ser ensinado, a quem quiser aprender. O melhor de cada um dos planos que planeei, é saber que já, já, estarão aqui...

O melhor de mim, ano após ano, és tu, e tu e ainda tu, aqueles que me esforço por tornar grandes, generosos e de visão ampla, porque me pertencem e porque são minha responsabilidade. O melhor de mim é dado de forma genuína, mas cuidado com o pior também, porque cresço tanto, que me transformo no gigante Adamastor, mas não permaneço apenas entre dois oceanos, percorro-os a todos, indo e vindo, à velocidade que precisar para contornar cada obstáculo. O melhor de mim são os sorrisos que sempre coloco em cada canto dos lábios que serão beijados, hoje e no ano que se avizinha, pela boca certa, a que se encaixa, perfeita, na minha. O melhor de mim é continuar a acreditar que depois de mais um ano, mais um me será reservado, para que seja o que não tive tempo, sim, tempo, porque apenas ele me impedirá de chegar onde já me vi antes, e porque quando chegar, todos os outros anos se tornarão tão suaves quanto é o passar dos meus dedos pelas teclas já quase sem letras, mas que uso sem olhar, porque sei exactamente as que preciso de usar.

Será que sabes que o melhor ainda está para vir? Espero que sim, é que ele, o Ano Novo, vai chegar, mesmo que não estejas pronto!


Se estás aqui, comigo, não estás bem...

dezembro 30, 2017 0 Comments
ncmy-clhz:


Se estás aqui. Se o teu olhar não se move, não se levanta e não brilha, então ele não é a tua pessoa certa. Se já o entendeste, não te atrases, não permitas que te roube as cores com que te vestias antes.

Como pode alguém deixar-te assim, sem partes de ti e sem que te esforces para as recuperares? Como foi que embarcaste nesta viagem, se as chances de te perderes eram bem maiores do que qualquer amor que uses como desculpa? Como permitiste que não te desse nem sequer metade, quando te esforçavas pelo tudo que tens?

Se estás aqui e não em casa, não nos braços de quem te amaria, como eu, e te faria a mulher mais feliz deste e de outros mundos, então vais ter que te parar. Se estás aqui, comigo, a ver-te vazia e sem que nada possa fazer ou acrescentar, então estás errada e precisas de te mudar.

Gostava de te poder dizer o contrário do que já sabes, mas certamente que não o faria, porque para mim e desde que te conheço, sei que és tão importante quanto o ar que partilho. Gostava que levantasses os olhos e me visses, quem sabe não deixarias que te abraçasse e levasse qualquer das dores de que padeces agora. Gostava tanto de te poder levar para casa. Gostava que conseguisses amar-me como te amo já. Gostava de tanto, mas só posso ficar aqui, envolto no teu silêncio e quem sabe a espera não termina, para mim...



29.12.17

Não sei se és tonto, ou louco!

dezembro 29, 2017 0 Comments
Floresta Llwyth


Quando escolhes não escolher nada. Quando decides que decidir te dará demasiado trabalho. Quando não ligas porque ligando terias que falar de ti. Quando te enganas, sempre e de cada vez que te tentas convencer da mentira, a que manténs viva para não teres que mudar, uma vírgula, ao que já conheces, acabas por pagar um preço demasiado alto, mas ainda assim finges não perceber.

Não sei quem terás enganado mais. Não sei, e muito provavelmente, nunca saberei, em quem pensas quando, finalmente, paras para pensar. Não sei o que te dão as noites, as que tens sozinho porque acompanhado terias que dar mais de ti e ainda não sabes como o fazer. Não sei se és um tonto ou apenas um louco incurável. Não sei com quem falas e se falas de ti, mesmo de ti, com tudo o que sentes e sabes que tens. Não sei como acordas, mas arrisco dizer que o sabor é quase sempre amargo.

Alguém te magoou, por norma é assim que acontece, mas não serás o único, o que te distinguirá será a forma de te curares. Alguém te arrancou os sonhos que construíste, sozinho, porque se o tivesses feito a dois, não estarias aqui, agora, sem saber o que ser e fazer. Alguém te enganou enquanto te enganavas a ti mesmo, porque não ver o óbvio não te poderá desculpar. Alguém te quebrou as defesas e passaste a querer atacar quem chegasse, mesmo que para te fazer bem. Alguém pagou por tudo do que padeces.

Não sei se és tonto, ou louco, por desperdiçares um amor como o meu. Não sei do que tiveste medo, porque antes de mim não havia nada que te enchesse ou preenchesse. Não sei porque receaste ver-me por dentro, ou talvez até saiba, porque quem tem a alma cheia não aceita luzes de pouca intensidade. Não sei porque vieste até mim se não estavas pronto...

28.12.17

A nossa princesa!

dezembro 28, 2017 0 Comments
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Agora já não sou a única a reinar neste nosso reino de amor. Agora e de há um tempo para cá, tenho uma princesa que nos veio enriquecer ainda mais. Agora sou sogra de alguém, mas sem o peso que a palavra comporta, porque é apenas uma palavra e eu sou bem mais. Agora tenho uma menina-mulher em casa e pela primeira vez sei o que significa partilhar de forma feminina e estou a gostar de tudo.

A nossa princesa faz anos hoje, 21, e espero ver muitos mais do que ainda será feita, com a felicidade que merece e fazendo o meu primogénito igualmente feliz!

Esta viagem está a ser carregada de aprendizagem e algum deslumbre perante o que afinal até aprendem de mim, os 3 homens da minha vida. Vou percebendo do que padecem os amores com esta maravilhosa idade, os vinte. Vou percebendo o cuidado que o meu filho mais velho coloca no amor que está a aprender a direccionar, porque amar é realmente difícil, pela viagem constante, pela impossibilidade de continuarmos a ser apenas nós e por tudo o que terá que representar quem representa tudo para nós.

Há muito que não sei sobre ela, ainda, mas muito que já consegui saber pela forma como se movimenta. É uma acelerada crónica, com uma energia que nos esgota. É uma trabalhadora incansável e responde ao que lhe é pedido, com a maturidade de quem ainda não pode ser demasiado madura. É atenta e repara em cada um de nós, porque somos realmente diferentes, com outras movimentações às quais se tem que adaptar, patinando em terreno novo.

A nossa princesa já faz parte de nós e mesmo que não lho diga sempre, e deveria, sendo eu a mulher das palavras, vou tentando que saiba que já gosto muito de a ter connosco. Gosto do que dá a uma das pessoas mais importantes da minha vida e gosto de saber, que dia-a-dia, receberá de igual forma, de cada um de nós.

Parabéns Ana Maria!