13.2.20

Mesmo sendo mãe, não posso fazer tudo...

fevereiro 13, 2020 0 Comments


Não te posso tirar os medos, não por completo. Não posso estar sempre por perto, mesmo que o meu coração nunca te deixe. Não posso certificar-te de que tudo correrá bem, mas estarei aqui para te receber se falhares, ou se te falharem, sobretudo no cumprir de expectativas. Não posso dizer-te o que nem eu sei e é tanto o que fica por dizer, até quando acho que disse o bastante. Não posso forçar-te a viver a vida que todos antecipam para ti, por amor, por cuidado e porque te querem grande e realizado. Não posso escolher o que nem tu ainda entendes por escolha, mas posso, como fazem todas as mães, empurrar-te de mansinho para o caminho contrário. Já fizemos muitos, sempre juntos e desejosa de te ter mostrado o que levarás contigo quando não estiver. Não posso amar-te mais, se o fizesse rebentaria este coração pequenino que encolhe sempre que uma das crias parte. Não te posso tirar os medos todos, mas alguns ficarão sem qualquer dúvida para trás, porque nem que seja

12.2.20

São tantos os que ouvem, mas não escutam!

fevereiro 12, 2020 0 Comments


São tantos os que ouvem, mas não escutam, que falar começou a ser mais valorizado, pelo menos para mim. Não temos que nos repetir, vezes sem conta, para que os outros encontrem sentido nas palavras. Não devemos martelar cérebros apagados, achando que o muito derrubará o pouco, o pequeno e o indefinido. Não devemos achar que nos cabe, apenas a nós, ensinar quem se recusa a aprender.

São tantos os que já aparentam ter todas as ferramentas, mas que no entanto permanecem vazios e sem perceber que elas nunca serão apenas académicas, terão que já ter sido derramadas, vividas e presenciadas vezes suficientes para que as possam replicar. Já não julgo tanto quanto fazia antes, estou bem mais conformada com o percurso dos outros, mesmo que seja demasiado lento, mas avalio e uso as palavras que EU escuto, porque soube de que forma as ouvir, de quem e quando.

11.2.20

Já lá estive!

fevereiro 11, 2020 0 Comments

Já lá estive. Há muito que cheguei ao lugar onde o que parecia importar aos outros, sobre mim, me importava, mas rapidamente me vim embora. Já lá estive, nos momentos em que tinha que me partilhar e esperar para que o tempo dos outros corresse, mas agora uso o meu da forma que me deixa bem. Já lá estive e não gostei, porque não me reconhecia e porque apenas recebia o que não fazia questão de passar. Gosto mais de estar "aqui", porque sou eu e porque de cada vez que falo, oiço as palavras que fazem sentido à mulher que me tornei. Já lá estive, enquanto sonhava aos solavancos, em noites interrompidas por desejos mal satisfeitos e NUNCA sonhava acordada com receio de que os meus sonhos colidissem com os dos outros. Já lá estive, mas estava sozinha e nunca podia esperar que esperassem por mim e seguissem o meu ritmo frenético. Já lá estive, mas voltei para o único lugar que me importa e passei a importar-me verdadeiramente comigo.

Fazemos sempre falta a alguém!

fevereiro 11, 2020 0 Comments


Fazemos sempre falta a alguém, mas na maioria das vezes não fazemos falta alguma. Precisamos de ter noção da nossa finitude e do "uso" que nos pretendem dar. Se estivermos conscientes de quem nos rodeia, pessoal ou profissionalmente, os tombos emocionais serão menores e bem mais fáceis de contornar. Temos sempre algo que importa a alguém, mas certamente que momentos haverá em que não teremos coisa alguma, nem sequer para nós, porque nos consumimos com as necessidades dos outros. Porque perdemos precioso tempo a entender o que ninguém consegue. Porque temos as expectativas demasiado altas. Porque não acreditamos o bastante em nós.
Fazemos falta enquanto estamos, mas nunca seremos insubstituíveis. Fazemos falta se já tivermos em nós o que nos completa e sobra para os outros. Faremos falta, grande parte do tempo, se soubermos como dar uns passos atrás e esperar pelo momento no qual precisarão verdadeiramente de nós.

10.2.20

Insiders Cetaphil

fevereiro 10, 2020 0 Comments



Acabadinhos de chegar e desejosa de os testar para vos passar todos os detalhes. As mulheres, nós, buscam cremes suaves, de excelente absorção e que não sejam gordurosos. A vida é feita a correr, e por isso mesmo os produtos precisam de nos acompanhar. Em breve estarei de volta!

Levaste tudo de mim, mas um dia peço-me de volta...

fevereiro 10, 2020 0 Comments


Levaste tudo contigo e já nem as noites me restam. Levaste-me os dias que correm demasiado devagar, porque é nas noites que te reencontro. Levaste os sabores de tudo o que gostava e já nem pareço capaz de gostar de mim. Regresso à mesma hora para reviver os mesmos olhares onde sempre me perdi e apenas para te voltar a perder. Levaste tudo contigo e agora sobrevivo, respirando o ar que me mantém viva, mas que já não me permite viver. Recordo cada palavra dita enquanto posso dizer tudo, lá, no sonhos onde me ouves e voltas a amar. Beijo-te até que os lábios me doam, tanto quanto me dói tudo o resto, mas sendo correspondida. Entrego-te o corpo e sacio-o dos dias vazios, enquanto te recordo do que significa fazer amor comigo. Levaste a minha vontade de voltar a ter vontade de alguém e já não me deixo tocar, com medo das certezas que virão com o toque errado. Levaste-me numa viagem da qual não pareço ser capaz de voltar, mas queria tanto outra para começar. Levaste tudo de mim, mas um dia peço-me de volta...


Qual de nós arrisca mais?

fevereiro 10, 2020 0 Comments


Qual de nós se arrisca a recordar do passado, sem cobranças, sem qualquer receio de voltar a sentir o que nos juntou? Qual de nós tem o que sempre pediu, mas percebe que não tem quem importa? Qual de nós percebe que o futuro já não será o mesmo, mas que mesmo assim terá tudo valido a pena? Qual de nós, se não ambos, recusa aceitar que fez o suficiente para que estar sozinho agora não doa? Qual de nós vai ceder e voltar a repetir, uma e outra vez, que ama como amar deve ser? Qual de nós acorda a cada noite, sempre à mesma hora, apenas para ter a certeza que o outro não está? Qual de nós vai ser quem muda o hoje, usando o ontem longínquo para ter quem ama amanhã? Qual de nós é corajoso o bastante para corajosamente recuperar quem sempre fez sentido?