9.4.20

Quando é que partimos emocionalmente?

abril 09, 2020 0 Comments

Quando é que partimos emocionalmente? Quando é que quebramos os laços que nos uniam à nossa pessoa importante e simplesmente escolhemos deixar de estar? Quando é que nos "sentamos" e reescrevemos a história, com novas personagens e outros lugares?
Por vezes não encontramos coerência nas decisões dos outros, talvez porque colidam com as nossas, mas tudo terá sempre um motivo, quanto mais não seja a falta dele. Por vezes recusamo-nos a ver o óbvio, porque esperamos e precisamos de mais e porque acreditamos já ter encontrado a pele que se cola à nossa. Por vezes dói demasiado querer demasiado, sobretudo quando parecemos sufocar quando a única intenção era amar.
Quando é que desistimos de estar e viajamos para o lado contrário daquele onde já fomos tão felizes?

Sempre que respirava antes, era por ti!

abril 09, 2020 0 Comments

Sempre que respiro, de forma a sentir-me verdadeiramente, não evito pensar em tudo o que deixei por fazer, sendo uma outra pessoa, a que nunca reconheceria hoje. Sempre que respiro e oiço o som que me vem de dentro, ligo-me mais à minha essência e corrijo o que já sei estar errado. Sempre que me forço a continuar, penso em como seria parar, parando-me, sobretudo de querer desalmadamente quem nunca mais me quererá de volta. Sempre e de cada vez que respiro e me foco no que me mantém verdadeiramente viva, regresso à vida como terá que fazer sentido.
Sempre que o tempo corre a meu favor, agradeço por ter forma de o contar, contando-me o que nunca deverei esquecer. Sempre que o momento me permite escutar-me, oiço com atenção o que apenas a mim me caberá dizer e digo-me tudo, até o que me abana e acorda.
Sempre que respirava antes, era por ti, hoje respiro apenas por quem é verdadeiramente importante e assim se manterá!

8.4.20

Cuidado com o que pensas...

abril 08, 2020 0 Comments

Se sentes tudo o que pensas, convém que uses com cuidado cada pensamento, afastando os que não servem e inundando-te dos que te elevam e curam até de ti!
A minha história, o passado que me "arrastou" até aqui, ao momento no qual já tenho controlo, controlando-me diariamente, foi fruto de tudo o que permiti aos outros, enquanto me roubava o direito a ser exactamente como deveria. Não é o mundo que nos faz sentir de uma forma ou de outra, somos nós mesmos ao escolhermos sentir o que pensamos. Não é egoísmo afastarmo-nos dos cáusticos, dos cinzentos e dos maledicentes, é pura sobrevivência e determinação.
Se a tua história precisa de novas variáveis e se já identificaste as mudanças que terão que acontecer, começa, hoje ainda, sem barulhos e sem procurar validação externa. Acredita no teu potencial, sente-te quando te ouves e ouve-te com respeito, porque deves-te isso mesmo.

Mesmo que já não perguntes, ainda te respondo...

abril 08, 2020 0 Comments

Mesmo que já não me perguntes, continuo a responder que ainda te amo. Muito provavelmente amarei sempre, desta forma que apenas se encaixa em ti, até quando um dia amar um outro. Já não penso, não a toda a hora, no que pensarás de mim, mas continuo a perguntar-me sobre o que farás e a quem amarás agora.
Uma vez no meu coração e nunca mais dele voltarão a sair, apenas sofrerão ajustes e arrumações, mas quem foi verdadeiramente importante e me moveu o músculo mais poderoso do corpo, permanecerá e será recordado. Gosto de manter as boas memórias e os sabores doces. Gosto de voltar a sentir na pele, mesmo que sem toque, quem já me tocou. Gosto de perceber que amei e fui amada por alguma razão, ter terminado foi apenas uma condicionante.
Mesmo que já não sonhe contigo a cada noite, por norma acordo pronta a deixar-te partir de vez, mas apenas para te voltar a receber. Mesmo que diga que já não temos mais nada para dizer, continuo à espera que me digas o que preciso para te arrumar.

7.4.20

A quem é que contas tudo?

abril 07, 2020 0 Comments

A quem é que contas tudo o que sentes, quando estás a sentir medo e de cada vez que as dúvidas te ensombram? Em quem confias o bastante para confiares os teus segredos? Para quem te voltas quando o mundo parece demasiado vasto para que te incluas? De onde te vem a determinação, mesmo que te sintas a fraquejar?
Por vezes o mais simples será vivermos no conforto da negação, negando-nos o direito a mudar o que não está certo, nem nos serve. Teremos todos formas distintas de lidar com o a dor, a insegurança e as questões que apenas saberemos responder mais tarde. Por vezes a melhor reacção será a inacção, porque se nos impedirmos de aceitar o que não é de todo bonito, pelo menos adiaremos o que até poderá ser inadiável, mas enquanto o pau vai e vem...
A quem é que dizes TUDO, sem filtros e sem recear que o que possam ouvir mude a forma como te julgavam conhecer?

O despertador rouba-me os últimos minutos de ti!

abril 07, 2020 0 Comments

O despertador rouba-me os últimos minutos de ti. Acordo devagar e movo-me sem muita convicção. Estou deitada e olho o tecto na esperança de me levantar, quem sabe, contigo ao meu lado. O dia continua cinzento e não ajuda nada a que me encha de cores para melhor sobreviver à tua falta. Lá fora está apenas a chuva e a rotina que já não passa por te ter. Vou fazendo tudo de forma mecânica e até o duche quente falha aquecer-me por dentro. O chá ainda me espera enquanto arrefece, arrefecendo-me o ânimo. O cão olha-me de orelhas caídas porque me sente e sabe do que estou a saber agora; estou inevitavelmente sem ti e sem vontade de muito mais do que faço.
O despertador já me lançou de novo para a realidade que gostava de afastar. Não o culpo, mas mantemos uma relação difícil, precisava de poder estar mais uns momentos no único lugar onde te tenho e conduzo o nosso destino. Já não olho para o telemóvel na esperança duma mensagem, há muito que os teus silêncios se instalaram. Sou a mesma aos olhos dos que não me conseguem ver, mas por dentro o vazio alastra e ameaça consumir-me. Quem é que disse que o amor não dói? Quem é que ainda consegue repetir que o tempo cura tudo? Quem é que tem exactamente o amor pelo qual esperou?
O despertador presenteou-me com uma música suave, mas não suavizou nada e apenas me "gritou" que estou de volta, mais um dia, ao que sou enquanto deixaste de o ser comigo. Posso escolher sorrir enquanto coloco a roupa que me fará ser apetecível, mas deixei de ter vontade de outra pessoa. Posso dizer, repetidamente, que amanhã já estarei mais perto de aceitar que não voltarás, mas quando o despertador dá o sinal de prosseguir, prossigo sem saber onde estarei quando finalmente deixar de te incluir, nem que seja em sonhos.

6.4.20

Sozinha outra vez!

abril 06, 2020 0 Comments

Sozinha outra vez, naturalmente, sem demasiados embaraços ou sequer dúvidas. Sozinha como terei começado um dia, mas nunca mais só, porque me tenho, sei quem sou e o que me devo para me dar continuamente o que preciso. Sozinha outra vez, porque ainda não sei quem poderá entrar e que a acontecer, me deixe confortável o bastante para o continuar a querer. Sozinha até que reconheça quem poderá estar ao meu lado, sendo verdadeiramente a pessoa que me arrancará os momentos de demasiada introspecção. Sozinha até que perceba o que me falta, se é que me falta alguma coisa. Sozinha, mas sem querer, do nada, e por desespero, deixar de o estar e depois me arrepender. Sozinha agora, mas porque não vislumbro outra condição, até quando me permito pensá-la. Sozinha até que deixe de o estar eventualmente, mas estando certa da diferença para melhor.
Escolher estar sozinha, tal como se escolhe sentir a felicidade inundar-nos, é um estado de espírito, uma decisão bem pensada, a única possível!