Não preciso de te ver para te querer!
Não preciso de te ver para te querer, posso bem usar cada um dos sentimentos que usei em cada amor passado para construir um novo.
Words can change the world
Não preciso de te ver para te querer, posso bem usar cada um dos sentimentos que usei em cada amor passado para construir um novo.
Querem saber o que me cansa?
Por vezes escolhemos acreditar que se nos encolhermos um pedacinho, se cedermos espaço e tempo ao outro, eles conseguirá encaixar-nos no seu mundo, vendo-nos verdadeiramente. Grande parte das vezes espartilhamo-nos, corpo e alma, esperando que a espera eventualmente termine e possamos simplesmente começar a ser quem afinal somos. Na maioria das vezes desculpamos o indesculpável, achando que se o fizermos o outro mudará algo que já não nos impeça de mudar constantemente para que nos aceite. Não raras vezes, fingimos não ver o que escancaram, descaradamente, escudando-se na importância que acreditam ter, mesmo que lhes afirmemos que o mundo não gira em torno de ninguém, apenas do sol e esse sim é vital à nossa sobrevivência.
O tempo passa e o amor com que me envolvo parece querer envolver, ainda mais, aqueles que amo verdadeiramente. O tempo que ficou lá atrás já me passa apenas sorrisos, porque escolho afastar os fantasmas que me sopravam os erros, as escolhas que deveriam ter sido feitas e os medos que pareciam tão reais. O tempo mostra-me que fiz EXACTAMENTE o que me cabia e da única forma possível. O tempo trás de volta os que estiveram sempre no meu tempo, muito antes de existirem e depois de perceber que teriam mesmo que ter chegado, de contrário não seria nem metade do que sinto hoje. O tempo deixa-me a dançar músicas de agora, mas que bem poderiam ter sido dançadas com quem tive. O tempo por vezes embrulha-se nas minhas noites, misturando a realidade que vivo com a quereria ter vivido antes, mas apenas para que durante o dia aceite que tudo o que tenho foi desejado por mim. O tempo acerta as horas, devolvendo a cada minuto a importância que terá para que já não me volte a atrasar. O tempo é este e está aqui, à espera que me acerte com ele e o viva de sorriso nos lábios. O tempo é e será sempre a minha maior arma de desenvolvimento!
Por vezes sinto pena dos que ainda não me conhecem, porque poderiam levar TANTO mais do que aquilo que pedem!
Sabes que já atingiste o nível de evolução que te eleva verdadeiramente, quando estás tão tranquila por dentro, que o exterior dos outros, os seus medos e paragens ininterruptas já não te importam. Sabes que a tua quietude interior é demasiado preciosa para que a roubem a troco de nada. Sabes que o que aprendeste é fruto do empenho que os outros se recusam e por isso mesmo recusas-lhes mais cedências. Sabes que tens que parar de te repetir, porque não te ouvem, não te entendem e não pretendem mudar. Sabes ver quem antes era difuso e deixas de ver até os que aparentemente serão bem visíveis. Sabes, porque o sentiste, que as dores não se carregam para sempre, mas que o sorriso, esse sim, pode estar no canto da boca, aquela da qual já apenas sai o que deve ser dito. Sabes tanto sobre ti, que deixas de querer saber do que são feitos os que ainda nada sabem, mesmo que tudo lhes seja demonstrado, uma e outra vez. Sabes quem és e o que precisas para que vás precisando cada vez menos de te explicar. Sabes bem o que consegues quando te dispões a fazer acontecer e é assim que tudo vai acontecendo, no tempo certo, quando te faz mesmo falta e nem 1 segundo antes. Sabes que tens o coração pronto porque já nada do passado te ensombra e porque recebes o hoje com a serenidade que te carrega para um futuro cheio de sol.
Quando a vida passava de forma acelerada, sentia-me presa, sem saída, sem querer pensar demasiado e não tinha tempo para processar emoções profundas, nem sequer dores ou anseios, porque quem precisava de mim continuaria a precisar, para se alimentar, para os assuntos da escola e para os sentimentos ao rubro, é que mesmo perante o caos, as necessidades continuavam lá. Não tinha tempo, mas precisava de escapes, de saídas, de gritos com sons que não assustam e foi assim que a escrita chegou e me curou. Ser brutalmente honesta sabe-me pela vida. Escrever sobre o que sinto e outros também sentirão, retira algum do poder que a maldade usa para me tentar enfraquecer.