Sei bem quem és!
Sei bem quem és, sempre soube, mas queria e precisava de saber quem serias comigo e por mim!
Words can change the world
Sei bem quem és, sempre soube, mas queria e precisava de saber quem serias comigo e por mim!
Já sabemos como nos alhear do mundo e ficar, no nosso mundo, saboreando cada sonho sonhado até à exaustão, porque o propósito é torná-los realidade. Já não sucumbimos aos alertas e constantes correntes de opinião, porque na verdade apenas opinam os que nada sabem, de nós, do amor, do que nos mantém juntos e nos segura com uma cola invisível, mas tão eficaz. Já temos em nós a parte do outro que se encaixa e encaixamo-nos por isso mesmo tão bem. Já fomos e voltámos vezes suficientes para não precisarmos de mais nenhuma viagem que não nos tenha. Já não subtraímos palavras, agora usamos e abusamos do que o outro precisa de ouvir e cada um tem que saber dizer para que nada se esfume demasiado rápido. Já fazemos contas ao tempo que passa demasiado veloz e mesmo sem termos que correr, apressamos os passos que nos dirigem à pessoa que nos muda o universo. Já somos maduros o suficiente para sabermos que uma vez encontrada a pessoa que reconhecemos, deixá-la ir será desistir de quem somos. Já estamos definitivamente prontos.
Qual é a fronteira que delimita o que quero e considero certo, da vontade e desejos de cada uma das pessoas a quem tanto amo?
"A história reza assim, dois irmãos, filhos dum pai que passava a vida bêbado, tornaram-se muito diferentes na vida adulta. Um deles tornou-se igualmente bêbado, mas o outro não tocava em álcool. Então um dia alguém perguntou a cada um - Porque razão bebes tanto? - Porque o meu pai era um bêbado. - Então e tu, porque razão não bebes álcool? - Porque o meu pai era um bêbado. "
Como é que nos mantemos num namoro constante para revitalizarmos a única coisa que nunca deve morrer? Como se acorda e adormece com a mesma vontade, a de termos e fazermos feliz a pessoa que nos deixa numa felicidade tola, TÃO mas necessária? Como se recordam as palavras do início, as que nos envolveram e abraçaram com uma força imensurável e capaz de afastar todos os males? Como é que se resiste à futurologia constante dos mal-amados, sendo que é quase sempre negativa e apocalíptica? Como se revitaliza o desejo de continuar a ter desejo de quem compartilha tudo, sobretudo o corpo que nos mantém vivos e no aviva o que nos levou ao outro a primeira vez? Como é que se aprende a amar de forma simples e se simplificam as atitudes e as expectativas? Como é que fazemos para sermos apenas nós os dois a fazer o que nos importa, parando de nos importar com os outros e sendo genuinamente felizes?
Só precisamos de resistir ao mundo e envelhecer juntos.
Faço escolhas mais acertadas e talvez por isso acerte mais vezes no que me deixa bem. Já nem preciso de escolher com cuidado as palavras, porque apenas uso as que me servem e não perturbam ninguém. Olho de forma tranquila para tudo o que me rodeia e rodeio-me apenas de motivação, boas energias e pessoas positivas, mesmo que estejam longe. Percebo do que me decido a aprender e aprendo com uma rapidez que nunca cessa de me surpreender. Estou verdadeiramente comigo, até quando a mente se enrola e rebola numa vontade em crescendo de apenas fazer o que faz sentido. Já não julgo os que sentem medos desmedidos, até porque também já lá estive, mas recuso deixar-me abraçar pelo que se tornou simples e claro. Há em mim uma mulher nova a cada acordar, talvez por isso as noites se estendam e recusem a terminar. Há uma sabedoria que apenas o tempo que me ofereço permite e é desta forma que me vou dando permissão para testar o que tanto adiei, escudando-me em desculpas infindáveis, mesmo correndo o risco de nunca me vir a desculpar, mas felizmente cheguei ao ponto e lugar onde tudo deixou simplesmente de passar e passei a melhor saber como cada pedaço saborear.