22.5.21

Estás numa relação contigo ou sem ti?

maio 22, 2021 0 Comments



Com tudo o que já aprendi, sei, com total convicção, que só faz sentido ficar numa relação se ela permitir o crescimento pessoal, comum e individual!

Não se trata de longevidade, porque o para sempre não importa a qualquer custo, na maioria das vezes emocional e irreparável, trata-se sim de crescimento. Mesmo que o "mercado" cá fora esteja uma trampa, é sempre melhor estar bem sem, do que mal com, saindo do que não deve ficar por motivo nenhum e sem uso a desculpas esfarrapadas, mesmo que a oferta amorosa nos assuste pela precariedade e mortes imediatas. Não se trata de nos anularmos para que o outro brilhe, quando até temos uma luz mais forte. Não se pode tratar de fuga ao que parece certo aos outros, porque se não o for para nós, nunca será para ninguém.

Uma relação são projectos comuns, mas também pessoais e intransmissíveis. Duas pessoas sê-lo-ão mas nunca o tempo todo e não para tudo o que o mundo exige. Apenas os amores que nos enchem e preenchem o coração com o que tanto sonhámos, merecem as adaptações e reajustes inevitáveis, todos os outros serão apenas uma passagem para o patamar seguinte.

Com o muito que fui aprendendo, percebi que mesmo não percebendo tudo sobre o amor, sei o que preciso que me faça sentir e sinto que só serei verdadeiramente amada enquanto me sentir livre.

Qual é a minha música?

maio 22, 2021 0 Comments


O poder que a música tem em mim ainda está para lá da minha compreensão, mas a verdade é que sem ela seria apenas uma pequena amostra do que sou realmente. Tenho uma música para cada estado de alma e uma que me acompanha em cada humor, na dor, nos fracassos e avanços que apenas eu pareço ser capaz de ver, mas que ainda assim me sabem a TUDO. Tenho a música na alma e ela avança corpo adentro abanando cada estrutura, da frágil à bem construída. Tenho a música nos pés e ela acaba sempre por subir até me invadir e nunca mais encontrar forma de sair. Tenho a música até nos momentos onde pareço não a conseguir ouvir, quando fica bem para lá do tempo como o conheço, mas que não avança nem recua, apenas permanece para que tenha as melodias certas.

A música já me salvou dos outros e até de mim, permitindo-me chorar até que me lavasse por dentro e rir bem alto, comigo e dos que acreditam saber quem sou. Gosto dos sons que me arrepiam pedaços de pele que nem me lembro de sentir e é tanto o que sinto quando a música certa toca, que o mundo se transforma e volta a parecer o lugar certo para estar e de onde partir.

Tanto que passei a amar, a saber escutar e a ver com atenção apenas por ter os sons das músicas que se encaixam onde mais nada parece poder. Tanto que resolvo e trato quando estou sarada, em paz comigo e a ouvir o que parece ter sido escrito por mim ou para mim. Tanto que finjo ser e fazer enquanto sorrio para as músicas que me fazem renascer de mortes acidentais e felizmente temporárias. Tanto que sou e ainda quero ser enquanto oiço, uma e outra vez, com o som no máximo a música da minha vida, pelo menos por um momento.

O poder que a música tem e que me faz amar-me em primeiro lugar, amando a pessoa que a minha reconhecer, é declaradamente maior do que tudo o que conheço e por isso recebo-a para que me reconstrua quando me quebrar e me impeça de partir. A música é o que me resta quando mais nada restar!

21.5.21

Para onde foi que olhei quando te vi?

maio 21, 2021 0 Comments


Para onde foi que olhei quando te vi e o que foi que vi quando me olhaste de volta?

Os acasos nunca o são de todo e disso nos apercebemos cada vez mais, se estivermos atentos. Tudo chega quando é suposto e nem um segundo antes, mas tudo o que já não pode permanecer também acaba por partir. As pessoas, os lugares, os momentos e até as coisas, serão nossas se realmente nos tiverem que pertencer e é tão mais simples entendê-lo quando passamos a dominar a dinâmica da vida.

Para que lugar precisámos de ir ou de estar, para que pudéssemos passar a estar juntos?

O melhor de nós é facilmente entendível por quem nos ama, mas duramente avaliado por quem não se envolve no que temos e que é único, porque como nós apenas nós mesmos. O pior de cada um facilmente perdoável por quem nunca se tornou um alvo, mas bem sofrido pelos que levam, dia sim e dia também, com os males e fantasmas de que padecemos. Estaremos para o outro se nos fizer sentido que ele esteja na mesma passada, de contrário.

Para onde te foste quando deixei de te ver, mas continuei a sentir? Ajudar-me-ia imenso saber.


20.5.21

Já estamos prontos!

maio 20, 2021 0 Comments


Estamos bem mais perto do que começámos por imaginar, mas que depressa passou para o sentir diário e inevitavelmente se tornou tudo o que já precisávamos.

Gostar de ti não era previsível, não enquanto a minha vida era supostamente controlada por mim, sem nunca deixar que nenhuma ponta solta me soltasse a vontade de voltar a querer mais do que tinha. Gostar de ti passou a fazer parte de mim e das minhas rotinas, mesmo que ainda tenha tentado afastar o que apenas nos aproximou. Gostar de ti recorda-me do quanto sabe bem ser gostada de volta.

A nossa viagem começou no dia em que nos dispusemos a recomeçar, mesmo sem sabermos que o fazíamos. Depois de cada início chegam os restantes dias e eles só poderão ser bons se formos céleres a afastar o que nos tornou descrentes. Ainda só estamos no começo do que certamente será bem mais do que sentimos hoje, mas que já se transformou no que acreditávamos ter abandonado lá atrás.

Estamos prontos, tu mais do que eu, mas mesmo com velocidades diferentes, sinto que chegaremos ao mesmo ao mesmo lugar!

19.5.21

Para onde partes mal chegas?

maio 19, 2021 0 Comments

jasminealley.com


Sempre em casa e sempre de partida!

Estou onde preciso de estar, mas rapidamente mudo o chip que me deixa demasiado confortável e preparo-me para mudar. Sou uma nómada inveterada, certamente que o fui numa outra vida e ela acabou, de alguma forma, colada nas seguintes. Estou onde fizer sentido, sem demasiado apego e desapegando-me gradualmente de tudo o resto, sobretudo das coisas, porque o mais importante serão sempre os que amo e eu mesma. Estou enquanto o que tenho para fazer não é feito, mas capaz de desejar e procurar por mais, porque a minha mente é demasiado irrequieta para se contentar com os "sempre" da vida.

Gosto da sensação de criação do novo, da arrumação mental e da colocação de objectos novos em lugares diferentes, mas sempre com propósito. Gosto do reconhecimento da área, mas mantendo sempre em mim e por mim o que já carrego e que me voltará a carregar para um novo lugar. Gosto dos sabores diferentes e inevitáveis, porque para cada lugar o seu despertar. Gosto de ver as caras novas e as que incrivelmente se parecem com alguém já conhecido ou visto. Gosto de gostar das coisas simples que chegarão com a minha chegada, mas gosto sobretudo da partida e dos recomeços.

Sempre com um mapa mental por perto e sempre pronta para nunca deixar de o estar, recebendo com gratidão o que me estiver a chamar.

18.5.21

Quais são os teus maiores erros?

maio 18, 2021 0 Comments



Existem erros que se pagam caro, mas já outros, servem apenas o seu propósito maior, o de nos ensinar a fazer melhores escolhas!

Somos o que pensamos e recebemos exactamente o que temos dentro, por isso e para os que o conseguem entender, será bom que mantenhamos por perto os melhores pensamentos e que descartemos os que apenas nos farão recuar após cada avanço. Somos o somatório de todas as experiências que acumulámos, sem demasiadas distracções, ou de contrário elas voltarão, numa repetição ainda mais amarga e dura.

Existem pessoas que nos ensinam muito sobre o amor ou a falta dele, aumentando a nossa capacidade de resistência e de discernimento perante os que devem ficar e os que nunca mais terão como sequer espreitar pelas frestas das janelas há muito fechadas. Existem momentos, que mesmo pequenos, definem todos os que se seguirão.

Somos sempre nós os melhores e mais importantes condutores do nosso destino, precisamos apenas de o entender e aceitar, aceitando e agradecendo pelo maior poder que nos foi conferido.

17.5.21

Quem desatamos a ser?

maio 17, 2021 0 Comments



Somos seres cheios de opinião e opinamos muito sobre o que nada sabemos, na maioria das vezes nem mesmo sobre nós!

As histórias carregam sempre duas versões, mas por norma e por nos ser mais conveniente, focamo-nos apenas numa, defraudando o argumento no seu todo. As pessoas que connosco se cruzam têm vida para além daquela que somos capazes de ver e o que vemos é sempre tão pouco, talvez porque tenha o tamanho da nossa própria capacidade de sentir e de entender.

Somos todos tão céleres a colocar perguntas, mas dificilmente esperamos pelas respostas e desatamos a embelezar os "bonecos" usando as cores que nos permitimos ver. Somos complexos e nem sempre generosos. Somos de sorriso aberto, mas franzimos demasiado o sobrolho, julgando sem nos preocuparmos com o ónus das provas, mas reclamando quando não nos fazem justiça. Somos ricos de exigências no que toca ao outro, mas pobres quando nos toca provar quem somos.

Andar por aqui poderia ser bem mais fácil e para isso apenas bastaria que facilitássemos o caminhar do outro, considerando que um dia bem que poderemos ser nós a pisar do mesmo chão.