2.6.21

Sou autêntica e não peço desculpa!

junho 02, 2021 0 Comments



A minha autenticidade é mantida a qualquer custo, porque já tentei, sem resultados e muito lá atrás na minha vida, ser mais padronizada, sendo como serão todos e não me destacando demasiado, para não chocar nem assustar. Ser único nem sempre é sinónimo de apreciação e reconhecimento colectivo, mas se desistirmos de mostrar o que carregamos dentro, sem abusos nem atropelos, deixamos de ser verdadeiros, tendo uma identidade própria.

Viver numa pele que não é nossa, deixa-nos confusos, sem rumo e sem saber exactamente para onde ir, o que dizer em determinadas circunstâncias e olhando sem ver, para não ver em demasia, mas não aceitar a nossa pele e não a reconhecer, desconecta-nos com a essência e afasta-nos de todos os objectivos.

A minha autenticidade é a cada dia mais exposta e vinculada à pessoa que me vou tornando, sem pedir desculpas e sem nunca me tornar na arrogante que apontam, por medo, porque tendemos sempre a temer o que não entendemos e afastamos.

Sou autêntica e não peço desculpa, não hoje e não mais!

Não abdiques de ti!

junho 02, 2021 0 Comments



Não tens que abdicar de nada para teres tudo!

Foi depois de ver uma entrevista com a actriz Glória Pires, que me apeteceu escrever sobre escolhas, imposições e remorsos. A sociedade exige demasiado das mães, esperando delas o que nem sempre conseguem dar e formatando-as (ou tentando) num modelo obsoleto e que já deu provas de não funcionar. Temos o exemplo duma mulher que deu à luz 4 filhos, que sempre esteve presente profissionalmente, sendo das actrizes mais solicitadas e requisitadas e que aprendeu a dar conta do recado, percebendo que apenas estando bem e realizada, seria melhor mãe e mulher.

Sou mãe de 3 e cedo percebi, mal decidi que passaríamos a ser apenas nós os 4, que o meu bem-estar emocional e equilíbrios, bastariam para que também eles se sentissem equilibrados e tranquilos. Nada como uma mãe cobradora, ansiosa e desesperada, para revolver toda uma casa, deitando, janela fora, a paz que nela deve reinar. Nada como uma mãe amarga, que atira pedras sempre que se recorda do que deveria ter feito, escudando-se nos outros, naqueles que não tiveram escolhas, nem foram consultados a quando de cada decisão, para percebermos que o mundo desata a girar ao contrário, matando cada semente de boa vontade.

Não temos que ser apenas uma coisa, ou um modelo de pessoa. Não precisamos de ouvir, de forma exaustiva, os que não nos servem de exemplo para nenhuma atitude produtiva. Não devemos baixar os braços perante os desafios, mas sim ergue-los bem alto para que todos possam perceber a força de que somos feitas.

Não tens que abdicar de nada para seres a melhor mulher que qualquer filho desejará ter por mãe

1.6.21

Tell me your secrets.

junho 01, 2021 0 Comments


Tell me your secrets. Teach me your words, and speak to me as if we could both do it, being just us, no hooks helding us down. Come to me again and every day, showing me how to be your person. Tell me what you already know because I promise to listen. 

Tell me your secrets and be ready to hear mine. Don´t get too scared, just listen for every dream I actually got to see happen. Tell me what you hope to get from me and show me the best way to reach for you. Don´t judge my choices and choose me. 

Tell me your secrets and feel free to ask for all I have been doing while waiting for you.

Escolhe seres tu e pronto!

junho 01, 2021 0 Comments



O que acontece quando já nada parece acontecer? Isto vale para as relações, as profissões, as reuniões familiares e para tudo o resto com iguais terminações. Quando deixa de acontecer, deixámos de querer, de investir, de ouvir e seguramente de dizer. Passamos ao estágio seguinte e abandonamos de vez o que nem deveria ter acontecido, mas haverá sempre quem defenda que tudo acontece quando era suposto e que viaja até nós com uma missão. Que seja, se for mais simples de aceitar!

O que acontece quando deixas de sentir e simplesmente contemplas, os outros, a vida a correr e os dias a passarem, sem pressa, ou tão velozes que já nem tens vontade de a acompanhar? Provavelmente estás morta e nem o percebeste, ou melhor ainda, precisas de virar a mesa e afastar todos quantos apenas fazem sombra ao sol, mas sem que se perceba o formato.

Um dia, do nada, ou tão simplesmente porque te foi dada a benesse de acordar, acordas para a vida e passas a dar-lhe a importância que merece, tu incluída. Um dia deixas de te rever nos quês e porquês dos que quase te abalroam enquanto pensam e deixas de pensar em grupo, sendo única, mesmo que sozinha. Um dia, quem sabe hoje, voltas a ser a pessoa mais importante da tua vida. 


De que forma te testas como nadadora?

junho 01, 2021 0 Comments



De que forma te testas como nadadora? Nadando, por mais tempo e a distâncias cada vez maiores. Se não te atirares à "água", usando de forma conveniente o teu corpo, nunca saberás o que já és e tudo o que aprendeste.

A força de que és feita é directamente proporcional à vontade que tiveste de te fortalecer, dia após dia, com muita tentativa e erro e por vezes sem ter ideia alguma da direcção ou do movimento, mas com vontade de te sentires convenientemente, sem distracções e usando com generosidade o teu tempo, porque apenas assim te fornecerás as respostas, e as perguntas são sempre inúmeras. O olhar que te dispensas, dispensando aos outros a atenção que merecem, é que te fornece as ferramentas para seres mais autónoma, capaz, crescida e pronta. A vontade de continuares a ter vontade da vida que te calhou, mas a qual podes melhorar a cada passada, é que te impulsiona para que descartes o que não está certo, nem te serve.

De que forma percebes que afinal nem percebeste nada do que te era dado, dos sons que supostamente te seriam dirigidos e dos percursos que não deveriam configurar no teu mapa mental? Sendo assertiva, determinada, consciente da tua importância, aquela que mais ninguém deverá superar.


31.5.21

Do que é feita a tua vida?

maio 31, 2021 0 Comments


A vida é feita de amores que chegam, mas partem e de dores que nem sempre aumentam, mas que perturbam o bastante para que não as queiramos repetir.

Já desisti de querer controlar o que os outros conseguem ver, o que carregam e o que estão dispostos a partilhar. Já não me demoro mais do que o necessário em lugares que não me falam ao coração e nem me disponho a ouvir o que nada me diz. Já sou muito mais tolerante, por muito que pareça um conta-censo, mas a verdade é que ao saber ler melhor nas entrelinhas, sei quando bater em retirada, deixando que as pessoas sejam apenas pessoas, com as falhas e as dúvidas que entenderem alimentar. Já não pretendo mudar ninguém, uso as energias em mim mesma.

A vida é o que somos capazes de imaginar, até quando a noite se abata sob o que parecia ser um sol brilhante e é por isso que me esforço por manter em alta cada vislumbre de felicidade, estando no lugar que me parecer certo, pelo tempo que durar. A vida é um vaivém constante de desafios e nunca sendo estática ou previsível, deixa-nos sem qualquer dúvida, com mais margem de manobra. A vida é isto, o que fazes agora e o que nunca te permites fazer.

30.5.21

Ser mulher é mesmo difícil?

maio 30, 2021 0 Comments



Tomamos tudo por garantido agora, achando que o que temos, mesmo que nos pareça pouco, foi sempre assim, mas a verdade é que o mundo galgou enormes barreiras de lá até então.

Nunca foi fácil ser mulher, não o é ainda e certamente que assim se manterá por muitas mais décadas, mas sabemos todos que já foi BEM mais difícil. Ser-se mulher nas mais diversas áreas, obrigava a cedências, a esconderijos forçados e a constantes anonimatos. Ser-se autora, por si só, não permitia notoriedade, as mulheres eram forçadas a usar pseudónimos e raramente lhes era atribuído qualquer crédito. Enquanto via um filme sobre a vida de Mary Shelley, a autora de "Frankenstein", senti-me o ser mais livre e pleno de benefícios de sempre. Hoje, e ainda que seja chamada de sexo fraco, mas que de fraca não tenho NADA, sei que tenho voz, posso fazer escolhas e lutar, sem armas mortíferas, pelos direitos que ainda pretendo ver melhorados, sendo ouvida e vista.

Andar por aqui já foi tão duro e desconsiderado. As mulheres podiam apenas sê-lo, se fossem a mulher de alguém, uma fazedora de criaturas, organizando e mantendo todos à sua volta felizes, exceto a si mesmas. Ninguém se importava com as dores e nada de importante ou relevante poderia sair das cabeças que apenas se desejavam bem arranjadas. 

Quando é que se tornou mais fácil e natural ser do género feminino? Em que momento se passou a poder almejar a mais e a não ter que dizer apenas o que soava a certo, mas sendo erradamente arrojada, cometendo erros, mas melhorando-os a cada etapa? Como foi que se sentiu a primeira mulher que pôde dizer "eu quero assim"?

Por quanto mais tempo vamos continuar a tomar TUDO por garantido, deixando de olhar para os degraus que nos puseram tão alto quanto fomos capazes de sonhar?